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73 chapters
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Júlia— Um flor.  — Franzo o cenho quando ele exibe uma linda rosa amarela.Uma… flor? Isso me diz muito sobre esse homem quebrado. Embora David Bennett não perceba isso, ele é romântico não assumido. O que me leva a perguntar: por que Monique o deixaria? O que aconteceu entre eles que a fez se afastar dele assim?— Ela é linda, David! — digo e aspiro o perfume delicado do botão de rosa, que ele me estende.— Mãe? David? venham! Tem panquecas com calda de chocolate! — Alex grita animado e não seguramos os risos.— Por favor, Senhorita Ricci! — E lá está o cavalheiro David outra vez.Droga, acho que estou apaixonada por esse homem!***Próximo da hora do evento beneficente…Olho pela terceira vez para o vestido longo de um vermelho profund
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Bennett— Pronta para ser exibida, Senhorita Ricci? — inquiro quando o veículo para na frente de um prédio de vidros espelhados e através da janela de vidro escuro do carro fito a onda de flashes à medida que os convidados se aproximam das dezenas de batentes. Em resposta Júlia solta uma respiração nervosa, que resolvo ignorar e saio do carro em seguida para abrir a porta do seu lado. Portanto, encontro o seu olhar um tanto repreensivo quando lhe estendo a minha mão. — Sua função é sorrir, Júlia. Não precisa dizer nada, apenas sorria.Eu sei, estou agindo feito um idiota, mas simplesmente não consigo me controlar. Pela primeira vez a estou exibindo de verdade e para um público bem maior do que eu almejava. Contudo, a coisa piora ainda mais quando percebo os olhares masculinos a devorarem inteira e instintivamente levo uma mão possessiva para a base da sua coluna. E quando colocamos os nossos pés no primeiro batente somos obrigados a parar, fazer algumas poses e sorrir.— Senhor Bunnet
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Bennett— Eu não…— Não fique preocupado, a Júlia é e sempre será sua linda garota.— Acontece que eu não estou preocupado! — minto, tentando manter a calma.— Ah, você não está? — Ela zomba e eu levo as minhas mãos para dentro dos bolsos das minhas calças, para fechá-las rigidamente em punhos, como se isso pudesse acalmar a fera louca dentro de mim.— É claro que não! — ralho com fingido desdém, mas ela acha graça.— Então você não se importará com o próximo leilão, certo? — Diminuo os olhos, encarando-a especulativo.— Com o próximo leilão? O que tem no próximo leilão… — Não consigo terminar a minha frase, pois logo escuto a voz animada de Mary no microfone.— Senhores e Senhoras? — A voz da minha madrasta se espalha por todo o salão, trazendo o silêncio a curiosidade dos seus convidados. — A pedido de minha linda filha decidimos iniciar o primeiro leilão dessa noite de um modo bem diferente e inusitado, porém, divertido.— Que merda você fez, Lina? — rosno entre dentes, recebendo u
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Júlia… Eu te amo! … Eu te amo, David Bennett!As palavras escaparam de minha boca no auge de um orgasmo que parecia querer me partir ao meio e depois, uma quietude incomoda se alojou entre nós. Embora as nossas respirações fosse o único ruído que eu conseguia ouvir, Bennett continuava com a sua cabeça enfiada no vão entre o meu pescoço e a minha clavícula.— David? — O chamo com um fio de voz, mas ele não diz nada e começo a me arrepender de ter me declarado para ele assim. — David, você não precisa dizer o mesmo só porque eu…De repente ele me ergue nos seus braços e confusa penso que tudo não passou de um susto. Portanto, mais calma apoio a minha cabeça no seu peitoral e deixo que ele me leve para o seu quarto e para a sua cama, mas ele não faz. Para a minha surpresa David para de frente a porta do meu quarto e ainda em silêncio ele me põe no chão. Só então procuro os seus olhos, mas eles não me dizem nada.O silêncio do seu olhar é ainda mais doloroso do que o silêncio dos seus l
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JúliaPor favor, deixe-me tirá-lo dessa escuridão! Peço mentalmente e um fio de esperança percorre todo o meu ser quando percebo as suas retinas se quebrantarem, mas logo elas se congelam de novo e eu penso que é o nosso fim.— Quando eu voltar não quero vê-la aqui. Eu sinto muito se você entendeu tudo errado, Senhorita Ricci. — Dessa vez as lágrimas inundam os meus olhos, mas não permito que elas caiam e molhem o meu rosto.Não faça isso, Júlia. Não chore na frente dele.Respiro fundo quando David se aproxima de uma mala que está largada em um canto de parede. Ele segura na sua alça e me dá as costas para sair da casa. Entretanto, tento só mais uma vez fazê-lo desistir de ir.— Se eu sair da sua vida será para nunca mais voltar, David Bennett. — Faço-lhe uma
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Júlia— O David tem os seus problemas, filho e nós sabemos que nada nunca é para sempre, certo? — Agacho-me para olhar nos seus olhos.— Você está triste, mamãe.— Não! — minto e amplio o meu sorriso, porque eu quero que ele saiba que estou bem.— Eu nunca vou perdoá-lo por isso! — Alex retruca e sai correndo.— Alex… — Penso em ir atrás dele, mas Melissa segura no meu braço, impedindo-me de ir ao seu encontro.— Dê um tempo para ele, Júlia.Suspiro alto.— Como você está?— Arrasada. — Solto um suspiro cansado. — Eu me apaixonei por ele, Mel. — Um nó sufoca a minha garganta. — E acreditei que ele também se apaixonaria por mim. — Engulo com dificuldade. — Esses últimos dias ele estava tã
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Bennett— Para o aeroporto, Mateo! — ordeno, entrando no carro em seguida e quando o veículo entra em movimento, faço questão de erguer a tela de proteção para ficar completamente sozinho.… Olhe para mim, Júlia. Eu segurei a lâmina dessa vez. Não a Mara, mas eu mesmo a enfiei em minhas próprias carnes e sangrei quando proferi cada uma daquelas palavras.… Você achou mesmo que um homem como eu teria algum interesse em você? Acreditou de verdade que conquistaria o meu coração com essa história ridícula de amor? Pois quero que saiba que eu não amo você e que você cometeu o grave erro de se apaixonar por mim!E lá estava a dor em seus olhos. Eu a machuquei. Sabia que faria isso a qualquer momento e por isso deveria mantê-la longe de mim, mas não fiz. … A Mara sempre soube disso. Ela sempre soube que sou a porra de homem condenado. Que sou vazio e escuro por dentro, mas você não acreditou em mim!… VOCÊ É A DROGA DE UM COVARDE, DAVID BENNETT!Revoltado, esmurro violentamente o estofado
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Bennett— Olhe para mim, porra! — ordeno cheio de raiva, mas ela não me olha, continua perdida no tempo. — Eu preciso que você me diga por que fez isso comigo? — sibilo baixo demais. — Qual foi o meu pecado? Por que você simplesmente não me matou de uma vez? FALA COMIGO, PORRA! — Perco a paciência e respiro fundo. Contudo, não contenho algumas lágrimas silenciosas. — Era isso que você queria? — pergunto seco e trêmulo, sem esconder a minha vulnerabilidade. — Queria me ver assim derrotado? Pois olhe bem para mim, Davis, porque eu estou bem aqui na sua frente completamente derrotado. Por Deus, eu amo tanto aquela mulher! E estou sangrando por ela, mas não consigo me entregar para o amor que ela me oferece — Rio, secando as lágrimas. — Você deve estar muito feliz, não é? ESTÁ SATISFEITA COM A DERROTA DO SEU FILHO? FALA COMIGO, POXA!Angustiado, levo as minhas mãos para o meu rosto e choro compulsivamente igual a uma criança. Entretanto, paro de chorar abruptamente quando sinto um toque s
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JúliaAlguns dias depois…— Oh amiga, não aguento mais ver você assim! — Melissa lamenta, entrando no meu quarto sem eu esperar e imediatamente seco as minhas lágrimas, soltando um sopro alto pela boca.— Eu estou bem, Mel — digo apenas para tranquilizá-la, mas sei de que ela não está convencida disso.— Não, você não está nada bem. Pensa que eu não vejo? Você fica escondida dentro desse quarto e chorando pelos cantos. Você precisa sair dessa, Júlia senão por você, faça pelo Alex. — Minha amiga me aconselha e me abraça, e eu engulo uma nova onda de choro.— E falando nele, como ele está? — Procuro saber.— O Alex não é bobo, Júlia. Ele sabe que você está sofrendo por causa daquele homem. Ele sente a sua falta. — Puxo a respiração. — Estávamos conversando sobre a escola. — A olho com curiosidade.— Escola? — Mel abre um sorriso doce.— Alex quer voltar para a escola, Júlia e eu acho que já está na hora. Isso fará bem para ele. Você sabe, sair de casa, conhecer novas crianças, brincar…
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JúliaNo dia seguinte…— Como podem ver, essa casa tem divisórias independentes do térreo e do primeiro andar como me pediu. — Charles, um jovem e experiente corretor fala à medida que abre as enormes portas de madeira e vidros transparentes, e logo uma comprida e ampla sala acoplada a uma cozinha igualmente grande entra no meu campo de visão.— Uau! — Melissa sibila abismada, enquanto seus olhos deslumbrados percorrem todo o espaço. E afoito, Alex corre por todos os cômodos.— Aqui embaixo vocês podem contar com uma ampla e bem iluminada sala de visitas e uma cozinha igualmente ampla e iluminada. E ainda uma sala de jantar bem espaçosa, além de dois quartos grandes para empregados. — Charles abre as portas, revelando quartos com janelões que vão do chão ao teto, permitindo que a visão de um lindo jardim encha
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