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Todos os capítulos do A Proposta do Sr. Bennett: Capítulo 41 - Capítulo 50
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JúliaAlguns dias…— Júlia. — Senhor Abravanel fala, adentrando a minha sala.— Senhor Abravanel? — Me ponho de pé imediatamente.— Eu estou com um projeto grande para iniciar e preciso de ajuda. Está a fim de embarcar nessa comigo?— Ah, eu não sei…— Júlia, esse será mais um projeto que fará o seu nome brilhar no mundo arquitetônico. E você já está na metade da Bolt Vitton mesmo. Precisa iniciar outro projeto em breve e eu acredito que faremos uma boa dupla. O que acha? — Sem saber o que dizer apenas balbucio. — Que tal se sairmos para almoçar? Eu te passo os detalhes principais e você analisa cada um deles. Depois é por sua conta, o que acha? — Sorrio.— Está bem. — Ele sorri de volta.— Ótimo! Te encontro em meia hora?— É claro.— Perfeito!— Olha só você. — Bia cantarola se aproximando. — Caindo nos encantos do Senhor Abravanel, hein?— Não fale besteiras, Bia. É só trabalho —
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JúliaHoras mais tarde…— Para a mansão Bennett — peço assim que entro em um táxi e acomodo o telefone na minha orelha para mexer em minha bolsa.— Júlia, o Paco ainda não aceitou essa situação. — Melissa fala do outro lado da linha.— O Paco não precisa aceitar situação alguma que diga respeito a mim e ao Alex, Mel — rebato com impaciência. — Eu pensei que soubesse disso.— Amiga, você sabe o quanto ele ama o Alex. E convenhamos que também estou preocupada com vocês.Suspiro alto.— Não precisa ficar preocupada, Mel. O Alex está bem. Nós estamos bem. O Senhor Bennett…— Tudo bem, eu acredito em você. Mas prometa que você vai pular fora se ele fizer algo que a machuque?— Eu prometo.— Chegamos, Senhora! — O taxista avisa.— Eu te adoro, Mel! — Decido encerrar essa conversa.— Também te amo, amiga!— Eu preciso desligar agora. E, Melissa?— Sim?— Não fale mais nada a re
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BennettA porta do meu escritório se abre bruscamente e no mesmo instante Abravanel passa por ela feito um trator desgovernado. Com os seus olhos em cólera fixos nos meus ele fecha a porta e se aproxima da minha mesa, porém, ele não se senta como de costume. Álvaro parece um animal enjaulado, ansioso para o seu ataque. Contudo, mantenho-me friamente parcial, apenas o encarando firme e espero que ele diga algo. Seus lábios estão comprimidos rigidamente em uma linha fina e as suas mãos estão fechadas em punho com tanta força, que as suas falanges chegam a ficar esbranquiçadas. Entretanto, a sua raiva não me abala em nada e a minha armadura já está preparada para rebater o que que seja que esteja disposto a me dizer.— Qual é o seu jogo, Bennett? — Áspero e rude. Um Abravanel que nunca se revelou para mim antes.— Como é que é?
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BennettMeu cérebro grita, fazendo um eco horrendo dentro da minha cabeça, porém, os meus pés não me obedecem e logo estou dando alguns passos duros na direção dos dois. E sem pensar duas vezes seguro na mão de Júlia, puxando-a para um beijo completamente inesperado. No ato, ela faz uma leve pressão contra o meu peitoral para afastar-se de mim, porém, não permito e seguro firme na sua cintura, colando-a ainda mais ao meu corpo.Calor. O seu calor invade o meu corpo sem qualquer restrição e parece querer derreter as minhas entranhas.O seu gosto. Droga, ele é exatamente como eu me lembrava.Deus, estou desejando que esse beijo nunca se acabe, mas ele se acaba e ao me afastar dela só um pouco encontro o seu olhar tão assustado quanto surpreso. Eu sei, eu também estou abalado com essa minha atitude completamente sem
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Júlia— Precisamos dar mais atenção para os detalhes nas bordas, Bia — falo ao telefone, enquanto caminho dentro do meu quarto no mesmo instante que os meus olhos analisam o desenho do jardim externo da Bolt.— Não acho que precisamos mexer no desenho, Júlia. Eu mesma verifiquei cada detalhe dele. Está tudo muito perfeito— O Senhor Bennett também viu e aprovou? — A interrogo. — Você sabe o quanto ele presa pelos detalhes e satisfação dos clientes mais importantes da empresa. E a Bolt vai bem além disso.— Não mostrei para ele. Pensei que o fato de você e ele… quer dizer…— Do que você está falando? — retruco.— De nada, Júlia. Deixa pra lá! Quer saber? Eu vou refazer todo o croqui e te passo tudo na segunda, pode ser?— Tud
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Júlia— Também te amo, filho! E quero que você aproveite cada momento para se divertir bastante, entendeu?— Pode deixar. — Beijo a sua bochecha e me afasto para vê-lo entrar no carro. E quando o veículo ganha movimento, Alex solta alguns beijos para mim e faz alguns acenos com seus dedos.***À noite…Ficar sozinha com o meu chefe dentro dessa casa tão grande, com todo esse silêncio e quietude é um tanto incomodo. Eu realmente não sei como agir quando o Alex não está por perto. Portanto, os meus olhos se fixam em qualquer lugar, menos no Senhor Bennett. E evito falar qualquer coisa também. Mas a parte mais esquisita mesmo é ter que me acomodar a uma mesa retangular tão comprida quanto farta na hora do jantar. Contudo, apenas comemos em silêncio sem nada a dizer.— Me acompanha em uma taça
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BennettEla está assustada. Como se fosse um cordeiro que estivesse prestes a ser imolado. Eu até consigo ouvir o som da sua respiração trêmula perto do meu ouvido. Consigo sentir o leve tremor do seu corpo sem ao menos lhe tocar. Os seus olhos vez ou outra se escondem dos meus e algumas vezes ela puxa a respiração, que parece não preencher os seus pulmões. E mesmo assim, algo em Júlia Ricci me faz querer falar mais sobre o meu passado. Rasgar o véu da minha escuridão e mostrar-lhe o que esse maldito amor fez comigo.— O amor verdadeiro nunca destrói, David. — Suas palavras soam baixas demais. Contudo, tenho vontade de rir dessa sua declaração.— Não? — rosno áspero e irônico, apreciando o calor que vem do seu rosto rente ao meu. — Não pense que eu sou um monstro, Júlia Ricci, po
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Bennett— Aquele garoto doce e amável foi quebrado tantas vezes que eu mal posso contar em meus dedos — confesso, livrando-me do seu jeans sem qualquer paciência agora. — Ele foi torturado sem qualquer misericórdia apenas por cometer o crime de amar demais. Ele foi rasgado ao meio pela crueldade de um sentimento que não conseguia controlar. E o seu maior pecado foi tentar proteger a quem amava de todo o coração.— Oh céus, David! Por favor! Por favor! — Júlia suplica escandalosamente quando beijo e dou lambidas em sua intimidade.— Esse menino aprendeu que amar é, e sempre será um erro grave, Júlia Ricci. — A penetro com dois dedos meus. — Um crime com sentença gravíssima de morte.— Bennett! — Então geme mais alto, jogando a sua cabeça para trás e na sequência, e
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BennettA luz do dia invade o meu quarto e só então me dou conta de que o dia já amanheceu. Passei mais uma noite em claro, mas dessa vez foi completamente diferente. Não foi uma noite nebulosa e cheia de angústia. E não estou sentindo a dor que costuma me acompanhar de dia e de noite. A verdade é que estou deitado em minha cama, quieto e parado, apenas olhando para ela. E isso já tem horas.Sim, Júlia Ricci adormeceu exausta em minha cama alguns minutos após um orgasmo violento e desde então não consigo parar de olhá-la.... O amor não destrói, David. Suas palavras se repetem dentro da minha cabeça como um maldito eco. E eu juro que gostaria de acreditar em cada uma delas. Contudo, lembrar da lâmina afiada rasgando a minha pele e ainda sentir o meu sangue escorrer quente por ela, enquanto eu implorava para ela parar não me permit
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BennettVê-la sair do meu carro e caminhar para a porta da frente de uma casa de dois andares me deixa agitado por dentro. A simples ideia de saber que Júlia Ricci está perto desse homem me deixa em chamas e impaciente com os meus pensamentos saio do carro, e dou alguns passos na direção da porta. Contudo, freio os meus passos bruscamente, levando uma mão atrás da minha nuca e respiro fundo algumas vezes.Não é da sua conta, Bennett. Tento me convencer disso, mas o seu olhar pesado e inebriado de prazer da noite passada me diz o contrário. Júlia Ricci é minha. Ela me pertence, mesmo que seja com data de validade e eu não posso… Paro bruscamente outra vez a alguns centímetros da entrada e bufo violentamente.— QUE MERDA, BENNETT! — berro comigo mesmo e me forço a voltar para perto do carro, mas não entro nele. —
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