48. O Monge e a Tentação Molhada
— O que está errado, Alexander? — perguntei de novo, mais preocupada do que gostaria de admitir. — Algum problema no trabalho?— Não. — Sua resposta foi rápida, mas a expressão dizia outra coisa.Cruzei os braços, insistente. — Então, o que é? Ele hesitou por um instante, mas depois, como se tivesse apertado um botão interno, começou a falar sem parar: — Me dói te ver tão afetada por pessoas que nem merecem sua atenção. Você não come, não dorme, e, quando dorme, só tem pesadelos sobre abandono. Eu fico pensando: devo te acordar ou deixar você dormir as poucas horas que consegue? Devo te forçar a falar ou esperar que melhore sozinha? Hoje, quando você sorriu e disse que ia cozinhar, achei que as coisas estavam mudando. Mas aí, depois daquela ligação, tudo desmoronou de novo. Eu não sei mais o que fazer.Eu fiquei olhando para ele, incrédula. Alexander Speredo, o homem que falava menos que um monge em voto de silêncio, agora parecia um rio transbordando.— Uau, você deveria falar mai
Ler mais