39. A Arte de Ignorar com Elegância
O celular dele parou de vibrar, e tudo o que sobrou foi um silêncio opressor. Ele respirava fundo, recostado no sofá, como se estivesse a um passo de apagar. Eu sabia que deveria manter a distância, que ele provavelmente merecia, mas… algo na palidez daquele rosto me fez largar tudo e correr para a cozinha.Voltei com uma garrafa de água e me sentei ao lado dele no sofá, sacudindo seu ombro com delicadeza — que, claro, não teve o menor efeito. — Alexander, você está bem? — perguntei, enchendo a palma da mão com água e borrifando no rosto dele, sem nem esperar que ele respondesse. Ele abriu os olhos, com aquela expressão que dizia “pare de me molhar como um cachorro”. Franziu a testa.— Estou bem. — Ele disse isso daquele jeito dele, meio frio, meio orgulhoso, como se fosse de ferro e qualquer preocupação fosse um insulto.Claro que eu não estava convencida, então, ao invés de mais água, decidi enxugar o rosto dele com minha própria mão. Bem mais eficiente.— Vai, bebe um pouco. — En
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