VITTORIOMia arregalou os olhos, sua expressão era um misto de incredulidade e indignação. Ela balançou a cabeça com veemência antes de finalmente encontrar a voz.— Não, não poderia — respondeu, talvez rápido demais.Levantei as sobrancelhas, surpreso com a intensidade de sua reação, e sorri, um sorriso cínico e provocador.— E por que não? — perguntei, inclinando a cabeça de lado. — Sou um homem e você uma mulher que, de boca fechada, fica até atraente. Não vejo problemas.O rubor subiu às suas bochechas, uma mistura de raiva e constrangimento. Mia engoliu em seco, seus olhos se estreitaram, mas sua postura firme vacilou quando dei um passo à frente. O espaço entre nós diminuiu, e seu perfume — algo sutil, floral e perturbadoramente viciante — atingiu meus sentidos. Aquilo bagunçava meus pensamentos, tornava difícil manter o controle que tanto prezo.— Posso listar um monte de problemas — ela murmurou, a voz baixa, mas firme.Inclinei-me levemente, desafiando-a.— Eu não acredito em
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