Parecia que fazia muito tempo que eu não andava de bicicleta.— De bicicleta. — Apontei para o lado.Miguel estava prestes a destravar uma bicicleta, mas eu me adiantei e já ia subir na bicicleta. Ele, no entanto, me impediu:— Você bebeu, não pode andar de bicicleta.— Como assim? Também verificam embriaguez para andar de bicicleta? — Inclinei a cabeça, intrigada.— Tem sim, e além disso... — Miguel segurou meu braço, mas de um jeito suave, diferente de Sebastião, que sempre apertava com força. — Você bebeu, é perigoso andar de bicicleta.Calmo e gentil como sempre. Se houvesse uma descrição perfeita para Miguel, seria essa.Sorri e disse:— Mas não estou sozinha, você está aqui, não está?— Se quiser andar de bicicleta, a gente faz isso outro dia, juntos. Mas hoje não. Vou te levar. — Ele disse, me conduzindo para sua bicicleta.Miguel subiu e, logo em seguida, me puxou para o banco de trás.— Carol, segura firme em mim, viu? Não quero que você caia.Segurei a camisa dele pela cintur
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