Estava em casa há poucas horas, mas o tempo parecia se arrastar de uma maneira quase cruel. Três dias de atestado. Eu entendia a necessidade, mas isso não significava que eu gostasse da ideia. Trabalhar me fazia bem, me mantinha focada, dava sentido ao meu dia. E agora, ali estava eu, sem nada para fazer além de aguardar.Já havia esgotado todas as possibilidades de entretenimento: usei a academia de Bernardo, tomei um banho de piscina, fiz sauna para tentar aliviar o estresse acumulado e até brinquei com Ian, que decidira não levar para a creche, já que eu estava em casa. Mas nada parecia suficiente para preencher o vazio que o afastamento do trabalho deixava em mim. O relógio, implacável, ainda não marcava nem dez da manhã, e eu já me sentia à beira de um ataque de nervos.Suspirei, frustrada, e me joguei na cama, os braços estendidos ao lado do corpo, encarando o teto como se ele fosse o culpado pelo meu tédio. Era apenas o primeiro dia de três, e eu já estava assim. Como seria se
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