Eu sorri, mudando de assunto e chamei:— Amor, vamos embora.Passei por ele, e suas emoções escondidas giraram como um enorme redemoinho, criando uma brisa que fez a barra do meu vestido roçar na sua roupa. No exato momento em que eu passava, ele deu um passo à frente, bloqueando meu caminho de repente.Nós estávamos juntos há quatro anos, e de certa forma, eu o conhecia bem o suficiente. Ele apertava os lábios, e suas longas pernas se estendiam em um gesto teimoso, exigindo que eu desse uma explicação. Se fosse antes, eu teria tentado forçar a passagem, mesmo sabendo que a chance era pequena, mas pelo menos isso demonstraria minha atitude. Agora, porém, caminhei até ele, levantando a mão para acariciar seu rosto suavemente. Comecei a entender que, em algumas coisas, lutar era inútil. Sua pele estava fria, e ao sentir o toque da minha mão, ele demonstrou uma leve rigidez, recuando a perna que antes me bloqueava e dando meio passo para trás. Ele franziu o cenho, e o olhar que me
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