Capítulo 93
— Não, minha mãe morreu. Pra que eu quero o Grupo Oliveira? Faça o que quiser com ele. — Minha voz saiu firme, sem emoção nenhuma.

Minha mãe mentiu para mim. Dinheiro não era tudo.

Por mais que eu gastasse, nada poderia trazer sua vida de volta. O Grupo Oliveira já não tinha importância para mim.

No celular, houve um longo e interminável silêncio.

Achei que iria chorar, mas, por alguma razão, nenhuma lágrima veio.

Disse a ele:

— Bruno, será que desta vez você poderia me buscar em casa, só uma vez?

Ele ficou em silêncio, demorando-se antes de responder:

— Ana, o que você está aprontando agora?

— Só desta vez...

...

Um dia depois, eu o encontrei no hospital.

Desta vez, ele não fez questão de andar devagar. Ele veio a passos largos, com o cansaço de quem viajou a noite toda estampado no rosto, mas, ainda assim, sua beleza era impossível de disfarçar.

Apesar da frieza aparente, quando me viu, pude perceber em seu olhar uma ternura e um cuidado instintivo.

Como e
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