Enquanto Ghost arrancava com o carro, Analú fitava o horizonte pela janela, perdida em seus pensamentos. Seus olhos já não vertiam lágrimas, mas refletiam um vazio que se apossara de seu semblante. Era como se a esperança tivesse sido deixada para trás naquela pequena casinha escondida no meio do nada, agora esquecida e solitária. Seu futuro se desenrolava diante dela, uma estrada incerta e deserta, em um ermo infinito. — Ana Luz, olha para mim! — ordenou Paul em tom ríspido, fazendo-a retroceder de onde quer que estivesse indo com seus pensamentos. — Volta para o “aqui” e o “agora”. Você não tem tempo para sentir pena de si mesma. Há uma guerra acontecendo, e se você se perder, todos nós nos perderemos junto, incluindo o Marcus. Portanto, pequena, reaja. Por favor, por favor, pequena, reaja! — Não tinha outro jeito, não é? — perguntou com a voz rouca. Paul assentiu, compreendendo o peso das palavras de Ana Luz. Em um gesto de apoio, colocou a mão sobre a dela, transmitindo silencio
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