Esse é um trecho da musica I Don't Want To Miss A Thhing, do Aerosmith. Uma das canções que fazem parte da trilha sonora do livro, e estara postado no final. "“Eu poderia ficar acordado… te ouvir respirar… Te ver sorrir enquanto dorme… Enquanto você está longe e sonhando… Eu poderia passar a minha vida… Nesta doce rendição… Eu poderia ficar perdido neste momento para sempre… Cada instante que passo com você… É um momento que eu valorizo… Eu não quero fechar meus olhos… Eu não quero adormecer… Porque eu sentiria sua falta, amor… E eu não quero perder nada…
Após passar um tempo interminável ninando a filha, ele a colocou no berço e se voltou para a sua garota. Analú o abraçou por trás, entrelaçando seus braços ao redor de Marcus. Ele ergueu sua cabeça para trás, encostando a dele alto da cabeça dela. Eles ficam assim por um tempo, em silêncio, não dizendo o que nenhum deles gostaria de ouvir. Foi ela quem quebrou o silêncio, mais uma vez surpreendendo-o com a sua maturidade e tranquilidade, tudo o que ele precisava naquele momento. — Vai ficar tudo bem, amor, eu confio em você. Vai lá e pega eles por mim, pela nossa filha e pela minha mãe. Depois volte para mim, estaremos te esperando! Marcus se virou de frente para ela, fitando seus profundos olhos negros, bebendo de toda a vida que eles exalavam. Com a ponta dos dedos, ele desenhou todas as linhas do seu rosto, colocando uma pequena mecha do seu cabelo, agora curto, atrás da orelha. — Você e a Lua são as melhores coisas que aconteceram na minha vida, eu não sei o que faria se perde
Envolto no aconchego dos braços de Analú, Marcus desfrutava de um raro momento de serenidade, alimentando-se da doçura que permeava a noite e se permitindo saborear cada instante, consciente de que poderia ser a última vez que compartilhariam tal intimidade. No entanto, um som inesperado rompeu a tranquilidade, arrancando-o abruptamente de sua felicidade momentânea. Marcus vestiu um roupão, não por não estar vestido, ele costumava estar sempre preparado nos últimos dias, mas devido ao frio da madrugada. Ao entrar no centro de comando, a gravidade da situação se revelou diante dele. — Eles estão próximos. Homens de Nirkov estão seguindo em nossa direção, mas os homens de Mariano Pedra Santa devem nos alcançar antes deles, em no máximo seis horas — informou um dos membros da equipe. — Maldição! — Marcus assumiu prontamente o comando. — Paul, acione as armadilhas. Felipe, prepare as armas e o equipamento. Organize tudo e coloque no local designado. Vou garantir que Analú esteja pront
Abraçando o pequeno corpinho da filha com uma ternura infinita, ele inalou profundamente o doce aroma que emanava dela e depositou beijos suaves em sua face rosada. E então, sob o peso da dor e da despedida, e das lágrimas que fluíram livremente, testemunhas silenciosas de um amor incondicional que transcenderia qualquer distância ou desafio, ele orou aos céus, pedindo que as protegesse, se possível, o ajudasse a voltar para elas.— Desculpa, minha filha. Papai te ama muito. Seja feliz, meu bebê, e cuide da sua mamãe para mim. — Marcus sussurrava no ouvido de Lua Rosa, permitindo-se chorar mais e mais.Seu peito doía, uma dor que ele jamais experimentara, uma dor que rasgava o peito e dilacerava a sua alma. Marcus precisou respirar fundo até ser capaz de beijar uma última vez a sua princesinha. Então, com cuidado, entregou Lua Rosa para Analú, ajudando-a a encaixar a pequena no canguru junto ao corpo da mãe.Logo amanheceria, e Paul precisava sair antes que clareasse. Os dois observar
Enquanto Ghost arrancava com o carro, Analú fitava o horizonte pela janela, perdida em seus pensamentos. Seus olhos já não vertiam lágrimas, mas refletiam um vazio que se apossara de seu semblante. Era como se a esperança tivesse sido deixada para trás naquela pequena casinha escondida no meio do nada, agora esquecida e solitária. Seu futuro se desenrolava diante dela, uma estrada incerta e deserta, em um ermo infinito. — Ana Luz, olha para mim! — ordenou Paul em tom ríspido, fazendo-a retroceder de onde quer que estivesse indo com seus pensamentos. — Volta para o “aqui” e o “agora”. Você não tem tempo para sentir pena de si mesma. Há uma guerra acontecendo, e se você se perder, todos nós nos perderemos junto, incluindo o Marcus. Portanto, pequena, reaja. Por favor, por favor, pequena, reaja! — Não tinha outro jeito, não é? — perguntou com a voz rouca. Paul assentiu, compreendendo o peso das palavras de Ana Luz. Em um gesto de apoio, colocou a mão sobre a dela, transmitindo silencio
Pelo retrovisor, Paul notou dois veículos que se mesclavam habilmente ao tráfego, mantendo uma distância calculada e aderindo aos movimentos dos outros carros com precisão. Sua experiência como agente treinado permitiu-lhe reconhecer os sinais sutis de uma possível perseguição. Sem perder a compostura, ele analisou rapidamente a situação, avaliando possíveis rotas de fuga e pontos de emboscada. Seus olhos percorreram cada detalhe dos carros, buscando identificar qualquer padrão de comportamento suspeito. Uma tensão controlada permeava o interior do veículo, enquanto Paul mantinha sua mente afiada e pronta para reagir à ameaça iminente. — Analú, segure-se! — exclamou Paul, sua voz firme e autoritária cortando o ar tenso dentro do veículo. Com uma rápida ação, ele pisou no freio e manobrou bruscamente, atravessando o canteiro central da estrada. Sabia que essa decisão resultaria em algumas multas, mas naquele momento, a prioridade era escapar da possível ameaça que se aproximava. As co
Analú percebeu que Paul dirigia pelas rodovias brasileiras como se fossem uma extensão de seu bairro nos EUA. Ele não fazia questão de usar GPS; em vez disso, confiava em sua experiência e instinto para navegar pelos caminhos desconhecidos. Era como se as estradas se curvassem à sua vontade, e ele as percorria com confiança e determinação, despistando há muito tempo seus perseguidores, que não tinham a mesma sorte. Ela respirou aliviada pela trégua momentânea, sabendo que, apesar da calmaria temporária, os veriam novamente. Por enquanto, porém, Paul havia levado a melhor sobre seus inimigos, e isso era motivo suficiente para uma pausa breve e um suspiro de alívio. — Como você sabe tanto sobre o Brasil? — perguntou Analú, sua curiosidade despertada pelo conhecimento de Paul sobre o país. — É uma longa história — respondeu Paul, dando de ombros, o que deixou Analú com a sensação de que ele talvez não quisesse falar mais sobre o assunto. Ela decidiu não insistir, respeitando sua privac
Comprar um carro no Brasil não parecia complicado para alguém como Paul. Munido de documentos falsos, mas impecáveis, o cidadão naturalizado José Maria Rivera agiu com a destreza e a confiança de alguém acostumado a lidar com situações delicadas. Em pouco tempo, ele conseguiu adquirir um veículo usado, que estaria pronto para ele em algumas horas. Para Paul, essa era apenas mais uma tarefa em uma longa lista de desafios a superar, mas ele sabia que cada passo era crucial para garantir a segurança de Analú e Lua Rosa. Paul voltou para o hotel levando o jantar e para sua sobrinha, uma pequena lua de pelúcia cor de rosa que havia encontrado em uma loja de artesanato local. Ele pensou que, mesmo nos momentos mais desafiadores, um toque de afeto e um gesto cuidadoso poderiam fazer toda a diferença. Ao entregar o presente a Analú, ele viu um brilho de gratidão e um sorriso nos olhos dela. O formato de lua rosa da pelúcia tinha um significado especial para ela, simbolizando a esperança e a
Pela manhã, após garantir estarem seguros, Paul conduziu Analú com Lua Rosa nos braços, até o novo carro. Era hora de seguir em frente, rumo ao próximo destino que os aguardava. A confiança que ela depositava nele, o fortalecia e aquecia seu peito. As duas eram mais do que uma missão para ele, elas eram a extensão do seu irmão e parceiro Marcus Daniells, portanto, eram também uma extensão dele próprio. Enquanto entravam no carro e começavam a viagem, ela sabia que o caminho à frente seria desafiador, mas ele estava atento, ele não falharia em protegê-las, jamais falharia com Marcus. Após horas de estrada, Ghost parou para abastecer enquanto Analú aproveitava para usar o banheiro. Paul observou os dois homens que a seguiam furtivamente. Enquanto ela se dirigia ao banheiro feminino. Sem hesitar, ele deu a volta e se moveu, pronto para interceptá-los. Com movimentos precisos e ágeis, Paul neutralizou os dois intrusos com tiros certeiros, abafados pelo silenciador. A ação foi executada c