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Todos os capítulos do UM BEBÊ PARA O VIÚVO: Capítulo 1 - Capítulo 10
24 chapters
1. Beira-Mar
Caminho pela areia úmida da praia, deixando as pegadas se apagarem rapidamente sob meus pés. O sol está se pondo lentamente no horizonte, pintando o céu com tons suaves de laranja e rosa. Enquanto a brisa do mar acaricia meu rosto, tento deixar que sua tranquilidade penetre em minha alma conflituosa. Acabei de sair do meu estágio em enfermagem neonatal, um mundo onde a fragilidade da vida e a esperança se entrelaçam de maneira linda. Enquanto cuidava dos recém-nascidos na unidade de cuidados intensivos, não pude deixar de refletir sobre minha própria vida e as incertezas que a cercamAs ondas quebram suavemente na costa, uma melodia suave que acompanha meus pensamentos tumultuados. Meu pai sempre foi uma figura complicada, suas escolhas imprudentes nos deixaram atolados em dívidas e preocupações. Agora, após sua morte, essas preocupações se tornaram ainda piores.A brisa marinha tenta me tranquilizar, mas é difícil encontrar paz em meio ao caos que se desenrola diante de mim. A bolsa
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2. Book Rosa
Cheguei ao evento uma hora antes do início. Marisa, a responsável pela agência que contratava os serviços temporários, estava em frente ao imenso espaço, visivelmente nervosa enquanto falava ao telefone. Avistei Emily à distância, minha amiga que trabalhava como recepcionista e fazia parte do catálogo VIP da agência. Isso significava que muitas vezes ela acompanhava os clientes, mas Emily não se importava com o que os outros pensavam sobre seu trabalho.Seu sorriso era encantador, iluminando seu rosto e transmitindo confiança. Uma mulher deslumbrante, loira, com cabelos no estilo chanel, bochechas rosadas, olhos grandes e expressivos. Vestia-se elegantemente com um vestido preto, discreto e sofisticado, combinado com saltos altos da mesma cor.Marisa acenou para que eu me aproximasse quando me viu, e eu me dirigi até ela, tentando ignorar o nó de ansiedade que se formava em meu estômago.— Barbara, precisamos conversar — ela disse quando me aproximei. Sua voz era firme, mas também hav
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3. Proposta Adulta
Com um olhar rápido para me certificar de que não havia clientes precisando de atendimento imediato, peguei o celular e o trouxe para perto do meu ouvido, deslizando o dedo nervosamente para atender a ligação.— Boa noite, estou falando com a Barbara Castro? Aqui é Diego Guerra, advogado do Guerra & Carvalho. Tenho tentado entrar em contato com você nos últimos dias, mas parece que nossos horários não estão coincidindo. Me desculpe por ligar esse horário. Diego Guerra. Advogado. As palavras ecoaram na minha mente, fazendo meu coração acelerar em antecipação. Por que um advogado estaria me ligando? Ótimo, mais problemas. — Sim, sou eu. O que posso fazer por você, Dr. Guerra? — Tentei manter minha voz calma, mas minha mente já estava trabalhando freneticamente para antecipar o motivo da ligação.— Pode me chamar de Diego. Gostaria de discutir um assunto importante relacionado ao seu pai. Seria possível nos encontrarmos pessoalmente para uma conversa?— Por favor, me diga que ele me de
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4. Guerra & Carvalho
A luz do sol invadiu suavemente a sala, anunciando o início de mais um dia. Levantei-me da cama com um misto de sono e ansiedade. Depois de um café da manhã rápido e um banho, peguei minha mochila e segui em direção ao meu curso técnico. O trajeto era familiar, mas meus pensamentos estavam longe, preocupados com as questões que me assombravam desde a ligação do advogado.No entanto, ao chegar ao curso, mergulhei nos estudos, tentando deixar de lado, ao menos temporariamente, as preocupações que me consumiam. Ali, entre livros e anotações, encontrei um refúgio onde podia me concentrar e esquecer, por alguns momentos, os problemas que me afligiam.Após as aulas da manhã, dirigi-me ao hospital onde fazia meu estágio na UTI neonatal. Desde que comecei a trabalhar ali, sentia-me em casa. O ambiente hospitalar, apesar de caótico em muitos momentos, era onde eu me sentia mais viva e realizada.Ao adentrar a UTI neonatal, fui recebida pelo burburinho característico do local. Médicos, enferme
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5. Demônio
Uma semana havia se passado desde minha última conversa com Diego. Ele havia prometido retornar com notícias, mas até agora, o silêncio era ensurdecedor. Eu entendia que ele provavelmente estivesse tentando falar com Henrique Montebello, mas a falta de comunicação me deixava inquieta e preocupada. Agora eu só tinha três semanas. Eram exatamente 20h30 da noite quando eu estava atrás do balcão preparando drinks como de costume. A atmosfera era mais descontraída aqui, longe da recepção, e eu preferia assim. Meu foco estava nos ingredientes, nas misturas e na arte de criar as bebidas perfeitas para os clientes. Então, foi quando ela chegou. Melissa. Sua presença sempre foi difícil de ignorar, sua beleza deslumbrante contrastando com a expressão de raiva sutil que ela parecia carregar como uma segunda pele. Seus olhos se encontraram com os meus e eu senti um calafrio percorrer minha espinha. — Olá, boa noite. Como posso te ajudar? — Cumprimentei-a com um sorriso, tentando ignorar a sens
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6. Tem certeza?
O ar frio do hospital envolvia-me enquanto eu caminhava pelos corredores familiares da maternidade. O brilho suave das luzes fluorescentes iluminava o ambiente, criando uma atmosfera tranquila e serena. O som suave dos passos ecoava pelos corredores vazios, enquanto eu me dirigia à ala de cuidados neonatais, pronta para começar mais uma tarde de trabalho. Ao entrar na ala, meus olhos se fixaram em um homem familiar de costas, parado diante de um berço onde repousava um recém-nascido adormecido. Um arrepio percorreu minha espinha ao reconhecê-lo como Diego. Seu perfil era inconfundível, mesmo de longe, e meu coração acelerou com a surpresa de encontrá-lo ali. No entanto, hesitei em me aproximar. Ele parecia estar imerso em um momento de profunda introspecção, tocando suavemente a bochecha do bebê enquanto seus olhos estavam fixos na pequena criatura. Eu não queria interromper esse momento íntimo e pessoal, e uma onda de vergonha me impediu de me aproximar. Foi então que seus olhos se
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7. O Cliente
Caminhava pelos corredores da luxuosa mansão onde o evento estava ocorrendo. Meus passos eram incertos, meu coração martelava em meu peito. Eu sabia o que estava prestes a fazer, mas cada fibra de meu ser gritava para que eu desistisse. Encontrei minha chefe na sacada sozinha, segurando uma taça de vinho. Meu estômago se revirou quando nossos olhares se encontraram, e eu soube que não havia volta. A verdadeira face da noite começaria ali. — Marisa... — minha voz saiu trêmula enquanto eu lutava para manter a compostura. Ela virou-se para mim, seu olhar perspicaz capturando minha expressão ansiosa. Um sorriso insinuante dançou em seus lábios, mas seus olhos permaneceram sérios. — Barbara, o que foi? Você parece ter visto um fantasma. Engoli em seco, reunindo coragem para fazer a pergunta que estava me corroendo por dentro. — Estou reservada para alguém esta noite? Salvatore me contou. — Sim, você está reservada. Na verdade, estava prestes a ir procurá-la. Seu cliente não quer espe
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8. Complexo
Me viro lentamente, sentindo a intensidade do olhar cinzento dele fixado em mim. Seus olhos capturam cada detalhe de minha aparência, enquanto uma mistura de medo e fascinação me domina. Seu cabelo e barba levemente grisalhos conferem-lhe um ar de mistério e charme irresistível. Ele está vestido com elegância, usando calça e sapatos sociais, combinados com uma camisa branca social apertada que realça seu peitoral. Dois botões estão abertos, revelando sutilmente a força de seus músculos. As mangas levemente arregaçadas deixam à mostra parte de seus braços fortes com veias saltadas. Ele é alto, muito mais do que eu lembrava quando o vi pela primeira vez. Seu porte dominante preenche o ambiente, impondo uma presença que não pode ser ignorada. — Não respondeu minha pergunta. Ele avançou em minha direção. Recuei instintivamente, meu corpo encontrando o respaldo de um móvel próximo. Suas mãos fortes repousaram sobre a superfície, enquanto ele se inclinava em minha direção, sua presença
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9. Noite de Prazer
Estava decidida a ficar, a me entregar àquela noite de prazer e mistério. E algo dentro de mim ansiava por explorar os limites desconhecidos da luxúria. Então, com uma voz trêmula, mas decidida, murmurei: — Eu... — Minha voz saiu mais firme do que eu esperava. — Eu fico. Ele sorriu, um sorriso que carregava a promessa de tantas coisas que eu mal podia imaginar. Era como se, naquele momento, eu estivesse embarcando em uma jornada desconhecida, guiada pela atração magnética que existia entre nós. — Muito bem, Barbara. — Sua voz era suave, mas carregada de uma intensidade que fez meu coração acelerar ainda mais. — Então prepare-se, porque esta noite será inesquecível. Então, de repente, ele inclinou a cabeça, seus lábios se aproximando dos meus com uma urgência avassaladora. Eu mal tive tempo para processar o que estava acontecendo antes que ele me envolvesse em um beijo feroz e voraz. Seus lábios eram quentes e exigentes, explorando cada canto da minha boca com uma fome insaciável.
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10. Embate
Os primeiros raios de sol filtravam-se pelas cortinas, criando padrões de luz e sombra na parede. Eu acordei sozinha, sentindo o calor suave do sol na minha pele. Ainda meio adormecida, virei-me na cama, mas Henrique não estava lá. O lençol estava emaranhado ao meu redor, e eu me vi enrolada nele como se fosse um casulo.Senti uma dor moderada que me lembrava das intensas atividades da noite anterior. Sentei-me na beira da cama, tentando processar tudo. A realidade começou a entrar lentamente na minha mente, como a luz matinal que invadia o quarto.As paredes de um branco puro. A cama king-size no centro do quarto, com sua cabeceira estofada em veludo cinza. Os lençóis de algodão ainda estavam amassados, testemunhas silenciosas da nossa noite.No canto oposto à cama, havia um espelho grande, com uma moldura dourada. Ao olhar meu reflexo, vi meu cabelo desarrumado, a pele levemente marcada pelos beijos e toques dele. Levantei e me aproximei das portas de vidro que davam para uma varanda
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