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Todos os capítulos do UM BEBÊ PARA O VIÚVO: Capítulo 11 - Capítulo 20
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11. Proposta + Embate 2
Henrique caminhava à minha frente, e eu o segui, tentando controlar a ansiedade que se instalava em mim. Descemos lances de escadas, cada passo ecoando no silêncio da casa.Chegamos a um corredor, e ao final dele, ele parou diante de uma grande porta de madeira escura. Ele abriu a porta com facilidade e fez um gesto para que eu entrasse. Hesitei por um momento, mas acabei entrando.O escritório era completamente decorado em tons escuros. As paredes eram pintadas de um cinza profundo, quase negro, e uma estante cheia de livros antigos ocupava uma das paredes.No centro do cômodo, uma mesa de madeira maciça e polida dominava o espaço. Sobre ela, havia vários monitores gigantes, dispostos de forma estratégica, que iluminavam o ambiente com suas telas de alta definição. Cada monitor mostrava algo diferente: gráficos, câmeras de segurança, e-mails... tudo organizado meticulosamente.As janelas, cobertas por pesadas cortinas de veludo negro, deixavam entrar apenas um fino raio de luz, que co
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12. POV DO MONSTRO (MONTEBELLO)
Sempre tive tudo o que quis. As coisas vêm até mim com facilidade, como se o mundo estivesse ao meu dispor. Não preciso nem estalar os dedos. Um olhar meu, um movimento sutil, e as pessoas se dobram, temendo a sombra que minha presença lança sobre elas. Desde jovem, descobri que gostava de violência. Há algo visceral e puro no medo estampado nos olhos de alguém. Eu não sou apenas um homem poderoso; sou o Capo da Ndrangheta. Meu nome sussurrado em qualquer canto escuro é suficiente para paralisar corações e congelar o sangue nas veias. O poder corre em minhas veias, intoxicante e absoluto. No meu mundo, a lei é moldada pela força, e a justiça é entregue pela ponta da lâmina ou pelo som de um disparo. Não há lugar para fraqueza.Não me importo com as pessoas. Elas são ferramentas, meios para atingir meus fins. Suas vidas e seus destinos são irrelevantes para mim, meros detalhes em um panorama maior que eu construo e controlo. O medo é minha arma mais afiada. O terror é uma obra de arte,
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13. Segredos Perigosos
Eu estava exausta. Cada músculo do meu corpo doía, e minha mente estava confusa A noite passada com Henrique tinha sido intensa, muito mais do que eu estava preparada para lidar. As palavras dele, os toques, tudo... Mas eu não podia deixar que isso me abalasse. Eu precisava manter a cabeça no lugar.Quando finalmente cheguei em casa, a luz suave da manhã já iluminava o céu. Destranquei a porta da frente e entrei silenciosamente, ansiando por um banho quente e talvez algumas horas de sono tranquilo. No entanto, assim que fechei a porta atrás de mim, notei algo fora do lugar. Havia um par de sapatos familiares no hall de entrada.— Emily? — chamei, minha voz ressoando na casa silenciosa.Ao entrar na sala de estar, lá estava ela. Emily estava sentada no sofá, segurando uma xícara de café fumegante, com uma expressão preocupada no rosto. Levantou-se assim que me viu, seu olhar percorrendo meu corpo em busca de sinais de que algo estava errado.— Barbara! — Ela exclamou, cruzando a sala
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14. Fantasmas do Passado
No dia seguinte, pedi um dia de folga no estágio, algo que nunca faço. Acordei com a mente pesada, mas decidida. Fui até a secretaria da unidade de ensino e, com o dinheiro que Henrique me pagou, quitei todo o curso que devia. Era um alívio saber que, pelo menos nesse aspecto, eu estava livre de preocupações. Mas ainda não tinha certeza se trancaria o curso e partiria para a Itália.Me vi na rodoviária do Rio de Janeiro, comprando uma passagem de ônibus para São Paulo. O destino era inevitável. Precisava conversar com meu avô, e se possível com a vó também. O longo trajeto de ônibus me deu tempo para pensar, algo que, ultimamente, eu estava evitando.Enquanto o ônibus atravessava a paisagem urbana e depois se aventurava pelas estradas sinuosas, meus pensamentos voltavam ao meu avô. Após a morte do meu pai, tudo tinha se tornado pior. Minha avó sempre me amou profundamente, demonstrando carinho e preocupação em cada gesto. Mas meu avô... ele sempre foi frio e indiferente. Isso era algo
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15. Perigo
Finalmente, cheguei à sala de tricô, o lugar preferido da minha avó.A sala era pequena e acolhedora, com uma poltrona de veludo desgastado no canto e uma mesa de centro repleta de novelos de lã e agulhas de tricô.. Minha avó estava sentada na poltrona, os cabelos brancos como a neve caindo suavemente sobre os ombros. Seus olhos, outrora tão vivos e cheios de sabedoria, agora pareciam distantes, perdidos em um tempo que só ela conhecia. Ela vestia um suéter de tricô que ela mesma havia feito, de um azul suave que contrastava com a palidez de sua pele.— Vovó... — sussurrei, enquanto me abaixava para abraçá-la. Senti seus braços frágeis envolverem-me em um abraço que, embora fraco, era repleto de amor.Ela me apertou contra si, como se temesse que eu pudesse desaparecer a qualquer momento. Senti o calor de seu corpo, o cheiro familiar de lavanda e um toque de algo agridoce que sempre a acompanhava. — Estava com tantas saudades, vovó — murmurei, minha voz embargada pela emoção. — Faz t
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16. Algumas Revelações
Eu ainda estava encostada contra a parede fria. Levantei a cabeça lentamente, apenas para encontrar os olhos cinzentos de Henrique Montebello fixos em mim. Eles estavam ardendo com uma intensidade fria e impiedosa.Henrique avançou em direção ao homem, que gemia de dor após o ataque. Com uma expressão impassível, começou a golpear o homem, cada soco acompanhado por um som sinistro. O agressor tentava se esquivar, mas Henrique era implacável, seus movimentos precisos e cheios de fúria.Não havia piedade nos golpes brutais, que acertavam o homem repetidamente, no rosto, no estômago, em qualquer lugar ao seu alcance. Os sons de ossos quebrando e os gritos desesperados do agressor ecoavam pelo beco, misturando-se ao som abafado do sangue derramado. Então, em um movimento rápido e quase imperceptível, ele agarrou o homem pelos cabelos, puxando sua cabeça para trás com força. Com a faca curvada em sua mão, cortou a língua do homem com precisão cirúrgica. O grito do agressor ecoou pelo beco
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17. Decisão
O meu celular estava cheio de chamadas perdidas de Emily. Meu coração apertou ao ver a quantidade. Com um suspiro tenso e mãos trêmulas, peguei o aparelho e disquei seu número.— Barbara, por que não atendeu as minhas ligações? Você quer me matar do coração? — A voz de Emily estava carregada de preocupação e medo.— Preciso te contar algo importante. Houve uma pausa do outro lado da linha, seguida por um suspiro tenso e apreensivo.— O que aconteceu, Barbara? Você está bem? — Eu... eu encontrei Henrique hoje. Ele... — minha voz falhou, um nó se formando em minha garganta. Precisei de um momento para me recompor. — Ele me disse algumas coisas sobre você. Coisas que me deixaram preocupada.— Sobre mim? O que ele disse?Escolhi cuidadosamente as palavras, evitando os detalhes mais violentos e perturbadores. Eu não queria assustá-la mais do que o necessário.— Ele sabe que você andou fazendo perguntas sobre ele. E não gostou nada disso. Disse que você está se envolvendo em assuntos peri
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18. Rio - Itália
O motor do jato estava em silêncio, aguardando o momento de decolar. Lá fora, as estrelas cintilavam no céu noturno, indiferentes às tensões e dramas humanos que se desenrolavam abaixo delas. Sentei-me na luxuosa poltrona de couro, observando Barbara, que estava sentada à minha frente.Ela estava perdida em seus pensamentos, os olhos fixos em um ponto distante, talvez tentando processar a cadeia de eventos que a levara até aqui. Seus cabelos cacheados caíam em cascata pelos ombros, moldando seu rosto de maneira que acentuava sua expressão de determinação misturada com uma ponta de hesitação. As luzes suaves do interior do jato lançavam sombras delicadas sobre suas feições, destacando a tensão em sua mandíbula e o brilho em seus olhos.Aproximei-me um pouco mais, estudando cada detalhe. Havia algo hipnotizante em sua presença, uma mistura de vulnerabilidade e força que despertava minha curiosidade e meu interesse de maneiras que eu ainda estava tentando entender. Talvez fosse o desafio
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19. Poligano a Mare
O calor do verão italiano me envolveu assim que saímos do jato. A luz do sol era intensa e quase ofuscante. O terminal estava repleto de pessoas falando em italiano, uma língua melodiosa, mas que soava um pouco intimidante para mim.Cada passo que eu dava parecia amplificar a sensação de estar em um mundo novo e desconhecido. Tentei respirar fundo, esforçando-me para manter a calma e focar no que estava à minha frente. Assim que saímos, avistei um homem alto e magro, parado ao lado de um carro preto. Sua expressão era de uma seriedade quase impenetrável.— Signora, signore — ele nos cumprimentou com um leve aceno de cabeça, sua voz tão fria quanto seu olhar. Ele abriu a porta do carro, e eu entrei, sentindo o couro fresco do assento contra minha pele. Enquanto o carro se movia, olhei pela janela, tentando absorver a paisagem ao meu redor.Bari se desenrolava diante de mim como uma tapeçaria de contrastes vibrantes e antigos. Suas ruas largas e movimentadas estavam ladeadas por edifíci
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20. Explorando o Quarto do MONTEBELLO
O calor da banheira envolvia meu corpo com um conforto inesperado. Sempre preferi chuveiros rápidos, mas o banho relaxante, com sua água quente e aromática, era verdadeiramente revigorante.Depois do banho, vesti uma roupa casual e decidi que era hora de explorar. A curiosidade sobre o que Henrique estava escondendo era forte, e, embora pudesse não encontrar nada, sentia que precisava tentar.Percorri os corredores silenciosos da mansão, meu coração acelerado à medida que me aproximava do quarto de Henrique. Invadir seu espaço era arriscado, mas o desejo de entender o que ele ocultava superava o receio.Ao abrir a porta, fui recebida por um ambiente sofisticado em preto e cinza. As paredes, de um cinza profundo, criavam um pano de fundo discreto para a decoração minimalista. Luzes embutidas espalhavam um brilho suave, realçando as sombras e acentuando o mistério do lugar. A cama, com sua cabeceira estofada em preto e edredom de veludo cinza escuro, era o ponto focal do quarto. Com as
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