— Vamos Alina, atira!Minha mão tremia em volta do cabo da pistola 765 prateada, que fazia um contraste gritante com minhas unhas impecáveis e pintadas de vermelho. O homem estava ajoelhado em minha frente e ao invés de implorar para que eu não atirasse nele, parecia rir da minha cara de medo apontando a pistola para a cabeça dele.Lucas estava logo atrás de mim e engatilhou a arma dele, falando de forma a me encorajar:— Você vai atirar ou vai amarelar de novo, Alina!?Eu nunca tinha atirado em ninguém antes e a voz da minha mãe choramingando quando eu decidi ser policial, estava mais do que nítida em minha cabeça:— Minha filha, você vai se tornar uma assassina!— Não, mãe! Eu vou caçar os assassinos, é diferente!— Não é, não. Não se pode vencer o mal fazendo o mal.— Eu vou fazer o bem para a população!O bem seria livrar a sociedade daquele traste ajoelhado em minha frente. Sabia muito bem que se o levasse para a Delegacia, algum advogado de merda ia achar um jeito de devolvê-lo
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