- Você tem uma mão pesada, garotinha.- Eu não sou uma garotinha.Adam e eu estávamos sentados, cada um em uma ponta, em uma longa mesa de madeira escura em um escritório de advocacia. Achei por bem manter uma distância segura o suficiente para não o atacar novamente. Já havia se passado três dias desde o nosso encontro no túmulo do meu irmão, mas meu ódio por ele parecia só aumentar.- Achei que tinha uns cinco, quando o Otto me pediu que se algo o acontecesse eu cuidasse de você.- Aposto que achou que eu tinha bem mais quando estava me despindo com os olhos naquela cripta.- Uns vinte e cinco, pelo menos... – disse sorrindo, enquanto tomava um gole do seu copo de café do Starbucks. – A roupa e a maquiagem ajudam.- Bom, eu tenho vinte, não sou uma garotinha e não preciso de uma babá.- Acho que o Otto discordava disso. E eu também, na verdade. Andei lendo sobre você.Poderia ter me afundado na cadeira naquele momento, mas assim como meu irmão, eu não era do tipo que me encolhia. E
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