GUTEMBERGVincent balança a cabeça, parecendo divertido.— Nós somos amigos. Nada disso é pessoal. Se eu te ajudar, vou querer algo em troca.— Pode pegar o que quiser, Vincent.Ele balança a cabeça. — Um favor. No momento certo, sem perguntas.— Tudo bem, só me diga onde ela está.Ele fica em silêncio por um momento, o olhar analisando cada centímetro do meu rosto. Finalmente, ele se levanta, ajustando o paletó com um gesto fluido.— Vou ver o que posso fazer. Mas lembre-se, Gutemberg, favores como esse vêm com consequências.— Eu sei.Vincent bufa, ajustando a gravata frouxa enquanto caminha em direção à porta. Mas antes de sair, ele para e se vira, os olhos azuis fixos nos meus, apertados como se estivessem tentando desvendar um segredo que eu mesmo não sei.— Você gosta dela, Gutemberg? Dessa tal de Pryia?A pergunta é inesperada, mas não hesito.— Não da forma que você está pensando.Vincent inclina a cabeça, avaliando cada nuance da minha expressão.— Tem certeza disso? Porque s
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