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Todos os capítulos do O GANGSTER E A PIANISTA: Capítulo 1 - Capítulo 10
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CAPÍTULO UM
— Onde diabos você vai, Cloe? – Perguntou, sua melhor amiga, ao vê-la atravessando o corredor da escola e indo de encontro a um burburinho. As amigas estavam combinando de estudarem juntas mais tarde a nova partitura que o professor Oscar havia lhe dado ao final da aula de piano. Estavam animadas e sentindo-se a preferida do professor, já que foi só para as duas que ele liberou a partitura, nem Alana havia recebido a sua e Alana era, sem dúvida, a melhor da classe de aulas de piano. Prometeram que nada as distrairiam do estudo mais tarde e estavam conspirando em voz baixa. — Acho que tem alguém apanhando, Hanna, você não está vendo?! – Cloe continuava descendo os poucos degraus da saída da escola para ver o que acontecia. Quatro caras chutavam um rapaz caído no chão. De onde ela estava, via-se que o rapaz caído tentava proteger o rosto já ensanguentado e os capangas o chutavam nas costas e barriga. – Vamos ajudá-lo!Hanna então a segurou pelo braço com força, antes que terminassem
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CAPÍTULO DOIS
SINFONIA PARA PIANO N° 5— Olá – ela cumprimentou cada um e quando Túlio entrou e pegou no volante, sentada no banco de trás com os rapazes, ela se voltou para ele. – Não precisam me buscar mais. Foi bom você ter aparecido porque queria lhe falar pessoalmente sobre isso. Agradeço muito, mas não há necessidade disso.— Coloque o cinto – ele falou e a olhou pelo retrovisor. Parecia bem menos ferido, o olho ainda inchado, escoriações no pescoço, mas parecia bem melhor do que da última vez que o vira caído no asfalto quente. – Não é trabalho algum e é o mínimo que posso fazer para agradecê-la, Cloe. Sopapo, Gringo e Canibal estarão sempre a postos para buscá-la caso eu não possa.Ele falou sério, seus amigos estavam em silêncio e Cloe gostou de ouvir seu nome na boca dele. O que diabos estava acontecendo com ela? A imponência dele parecia preencher o automóvel e ela achou melhor ficar calada. Como era normal, já que era levada e trazida da escola todos os dias, sabiam onde ela morava, mas
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CAPÍTULO TRÊS
ATAQUE GRATUITO Túlio a levava para casa depois da luta que ela não assistiu até o final. Entrando no veículo, colocando o cinto, ele se virou para ela e perguntou: — Você está bem? Ele não era mesmo normal por lhe perguntar isso e olhando para fora do carro onde o povo dispersava, ela conseguiu sorrir: — Se eu estou bem? Foi você quem acabou de lutar! Deixe-me ver – ela virou o rosto dele, segurando o queixo dele e olhando-lhe o rosto para que visse se havia ferimentos. – Pelo menos não acertaram de novo seu olho dessa vez. Não vou mais salvá-lo, esteja avisado. Uma vez por vida é o suficiente pra mim. Ele também riu e ligou o carro. Não queria que ela percebesse que o toque dela tinha lhe causado sentimentos diferentes. — Estou bem. Vamos embora? Onde estava indo? — À manicure, mas já devo ter perdido minha hora agendada. Pode me deixar no salão dela mesmo assim. — Gostou da música? – Ele deu uma rápida olhada para ela e continuou dirigindo. — Amei, Túlio! Obrigada, veio bem
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CAPÍTULO QUATRO
UMA CORRIDA DE CARRO AO VIVO! Túlio a deixou na porta da escola de músicas e quando desligou o carro, geralmente ele nem desligava e tão logo ele descia, ele ia embora. Tendo desligado dessa vez o automóvel, olhou para ela e Cloe esperou, sabia que ele queria lhe dizer algo. — Gosta de corridas de carros? – Perguntou meio tímido, coisa rara e Cloe abriu um sorriso para ele. — Adoro! Sempre assisto pela tv aos domingos, mas nunca fui a uma corrida. Por isso você está sempre com esse carro esportivo? — Curto muito carros potentes e esportivos. Vamos comigo à uma corrida hoje à noite? Cloe foi pega de surpresa, não imaginava que ele a convidaria para esse tipo de evento, mas se lembrou que hoje seria a noite em que o professor Oscar lhes daria aula após às dezoito horas. Túlio percebeu a indecisão no rosto dela, achando que ela não gostaria de acompanhá-lo, falou: — Está tudo bem se não quiser ir. — Quero sim, Túlio, acontece que hoje terei aulas à noite e meu professor não anda l
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CAPÍTULO CINCO
BORBOLETAS NO ESTÔMAGO— Está atrasada de novo, está tudo bem, Cloe? – Lívia, sua professora de aritmética e encontra no corredor do colégio e lhe para, segurando-a delicadamente pelo cotovelo, o sorriso sempre amável nos lábios.— Está sim, senhora Lívia. Ando praticando muito algumas aulas de piano, sabe, mas vou procurar não me atrasar mais, prometo.— Que coisa boa, Cloe, fico muito orgulhosa por ser pianista. Só tente unir as duas coisas, meu bem, os dois estudos são fundamentais. Já pensou, uma famosa pianista que viaja o mundo e não sabe contas básicas de matemática? – A professora zombava dela e Cloe sabia que ela a admirava e só estava dando um jeito de lhe chamar a atenção.— Quem me dera ser uma pianista que viaja o mundo inteiro! – Cloe uniu as duas mãos em sinal de oração e sorriu para a professora.— É possível sim, Cloe. Você é muito aplicada nos estudos, só espero que continue assim. – Passando um braço pelo da aluna, instou-a a entrarem na sala de aula.Cloe queria ac
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CAPÍTULO SEIS
ANTES— Essa bike é sua? – perguntou Silas e Túlio sentiu o estômago embrulhar ao ouvir a voz do menino mais velho. Todos por ali sabiam que Silas era encrenqueiro do bairro, na verdade, Silas nem era do pedaço, mas adorava se aventurar e implicar com garotos mais novos.— É da minha prima. – Mentiu, mesmo sabendo que independente do que dissesse, Silas não ia se importar, a bicicleta poderia ser do Papa, se ele a quisesse, ele a teria.Túlio estava cansado de ouvir histórias acerca de Silas e outros garotos marmanjos nas redondezas e mesmo sendo bem menor que o covarde, ele não entregaria a bicicleta sem lutar.Já imaginava sua avó dizendo “ Por que não entregou a bicicleta de uma vez, menino! Tinha que puxar tanto seu pai?”Tinha conseguido a bicicleta após ajudar Macca e Digo nas matérias no ano interior e foi sob ameaça forte, prometendo quebrar os dentes de Digo, o irmão mais velho de Macca, que lhe prometeu dar a bicicleta caso aos ajudasse nas matérias, que ele finalmente e som
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CAPÍTULO SETE
— Mas o quê… ? – Balbuciou.— Não curte gasolina, só álcool? – o garoto lhe perguntou e nessa hora a luz de fora foi acesa, Macca apareceu e se deparou com a cena, tão chocada quanto o marido embriagado e ensopado de gasolina. Ela então olhou para Túlio, a boca aberta, a mão no ventre distendido em proteção automática e o garoto lhe sorriu e lhe ofereceu a caixa de fósforos.— A decisão é sua. Acabe de uma vez com isso e esteja livre das pancadas de uma vez por todas.Macca levou um tempo para sair de seu choque, mas não fez menção de pegar a caixa de fósforos. Maycon, estupefato, pareceu ficar sóbrio em um estalo e se dar conta do que aconteceria. Como a esposa, ele sabia do feito do garoto e que ele não hesitaria em lhe botar fogo.— Quer que eu o faça para você? – Túlio perguntou à Macca e antes que ela respondesse, sentiram o cheiro de urina que exalava de Maycon, se misturar ao odor já forte da gasolina, e o bebum caiu de joelhos implorando pela vida. – Quer, senhora Macca? – Ins
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CAPÍTULO OITO
BATIZADO NO FOGO— Você viu, fio – era assim que a avó o chamava. – , a mulher sai de casa agora. O marido não a deixava sair nem no portão, ela não tinha amizade com ninguém da vizinhança, você não se lembra? – perguntou após apagarem a luz e o garoto montar sua cama de ferro ao lado da cama da avó.— Nunca reparei, vó.— Pois tô te dizendo, a mulher era branca quase transparente, agora, vira e mexe, olha lá ela andando por aí, tá até mais viçosa! Logo o bebê nasce, né? Que Deus o traga com bastante saúde e nossa senhora do bom parto dê a ela uma boa hora.Layla até passara a deixar que ele lesse suas apostilas e livros de eletricista de seu pai por uma hora antes de apagar a luz. Macca deu à luz a um menino no final daquele ano, a amizade com Layla cresceu e a senhora foi convidada para ser a madrinha do menino e ficou emocionada. Macca o levava à casa de Layla todos os dias, e a pedia que o benzesse de mau olhado e tantas moléstias que crianças padeciam, segundo Layla, não havia u
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CAPÍTULO NOVE
CASTIGO VERSUS ANIVERSÁRIOA mãe de Hanna ligou, preocupada e Liz, mãe de Cloe falou com ela por quase uma hora, a decepção lhe escorrendo em cada palavra. Estavam em casa e seu pai, sempre tão calado, parecia procurar as palavras certas para incutir na mente da filha toda a loucura que ela estava fazendo ao começar a namorar, independente de quem fosse agora.— Filha, não é só porque esse rapaz é quem é…— É por isso também, sim, Calo! – gritou Liz. – Esse Túlio vive envolvido com pessoas barra pesadas! Não é um homem que mãe alguma desejaria para sua filha.As lágrimas de Liz caíam profusamente. E Cloe sentiu necessidades de defender seu amado, lhe doía ouvir a mãe falando dele. Mesmo tendo um pouco de razão, não deveria ser tão preconceituosa assim.— A senhora o conhece, mãe?— Ei – o pai interrompeu-a. Estavam na sala de casa, tinham acabado de chegar e ela já sabia que os ânimos iriam esquentar muito ainda. – Não vamos por esse lado, filha.— Qual lado, pai? Estão falando de uma
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CAPÍTULO DEZ
— Chefe, os manos estão aprontando lá na rota dois – o clima foi quebrado quando Gringo falou alto. Gringo lhe mostrou o celular, Túlio viu alguma mensagem, suspirou e antes que dissesse algo, Gringo falou. – Deixa que a gente resolve isso, é seu aniversário hoje. Vamos, pessoal!Túlio relaxou, os meninos e as meninas passaram pelos dois, bateram uma palma na mão dos dois que ficariam e desceram a Colina rindo e falando entre si.Cloe o tinha só para si agora e novamente se recostou nele. Ficaram em silêncio olhando os amigos descendo, só a silhueta deles era visível e logo pareciam apenas borrões.— Onde paramos? – Túlio se virou novamente para ela, um meio sorriso nos lábios, a proximidade dos narizes a centímetros, ela sentiu novamente o hálito dele a aquecer suas bochechas, mesmo no escuro, ela podia ver que ele olhava para seus lábios, e quando os olhos dele pousaram nos seus, quando ele parou de acariciar os lábios dela com os olhos e passou a lhe adorar os olhos, colocou uma mã
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