Todos os capítulos do Hotel Califórnia: Prazer garantido ou seu dinheiro de volta: Capítulo 41 - Capítulo 50
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Não tenho certeza do que eu quero beber
Joguei o vaso na parede, espatifando-o em mil pedaços de vidros, que se espalharam pelo quarto.— Liah... Você está louca? E se tivesse pegado em mim?— Era só um vaso, Cris. Eu poderia ter feito pior, como mirar uma arma na sua cabeça, de costas, e ter tido a coragem de atirar — minha mente trouxe Chain de volta e toda sua revolta por eu ter apertado o gatilho.— Não pode tentar me punir pelos “seus” problemas, Liah.Meus problemas? Eu ri sozinha, lembrando como tinha ficado excitada só de olhar para o corpo de um homem, dias atrás. Não, eu não era frígida. Eu tinha fogo correndo nas veias e minha própria mãe advertiu que Cris, por sua inexperiência, não conseguiria apagar.Mas de que adiantaria me vangloriar, dizendo que o problema não era eu e sim ele? Por mais que estivesse decidida a acabar nosso relacionamento mal começado, não tinha intenção de feri-lo. Acreditava que Cris estava muito apegado a mim e inclusive usava a palavra “amor” o tempo todo.Para ele, se vivêssemos até a
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Não tenho certeza do quero beber (II)
— Ou ser demitida — ele riu, balançando a cabeça.— Qualquer um pode servir bebidas. Sou dispensável aqui.— Não, não é. E sabe disso. Todos gostam de você e sentimos falta quando você não está. Afinal, não é sempre que uma garrafa é quebrada na cabeça de um homem com tanto estilo — riu novamente.— Obrigada — me dei ao luxo de rir um pouco e me divertir com a situação.— O que a fez perder a cabeça deste jeito?— A forma como ele fez... Foi... Nojenta.— Ele é novo, ao que me parece. Não sabe que você não faz parte do cardápio.Não demorou muito e Corinne me chamou, interrompendo minha conversa com Rambo. Me levou diretamente ao escritório da minha mãe, que já me esperava sentada à mesa, furiosa.— Como você age desta forma, porra?— Me desculpe... Eu não suportei as mãos dele na minha cabeça... Querendo que eu... Encostasse no seu pau.— Ele estava de calças, caralho!— Ainda assim... Foi nojento.Ela levantou e começou a andar de um lado para o outro, nervosa:— Hoje definitivament
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Reunião no Bordel Califórnia
Levei a mão à face, que ficou ardendo. Levantei e sussurrei em seu ouvido:— Acha que vale mais do que elas? Diga o preço... Eu posso pagar. E quer saber? Deixo você me bater na cama, se é assim que gosta. Posso aprender a curtir sexo selvagem.Senti o cheiro de seus cabelos que encostavam no meu nariz. Ela era mais embriagante que uísque quente. E eu estava disposto a pagar o preço que fosse para tê-la na minha cama. Principalmente porque Merliah me recusava, assim como fez com o homem anterior. Teria ela a opção de escolher seus clientes?Antes que eu pudesse dizer ou pensar qualquer outra coisa, senti um soco acertar em cheio o meu maxilar. E doeu... Porque não veio dela e sim de um garoto fracote vindo de trás do bar.Joguei-me em direção ao rapaz, soqueando suas costelas com toda força, fazendo seu corpo levantar com minhas mãos, enquan
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Reunião no Bordel Califórnia (II)
Percebi que Ketlin não esperava pelo que foi dito. Mas engoliu em seco e respondeu:— Aqui é meu trabalho. Lá fora eu transo por vontade... Com quem realmente quero.Tiago riu:— Agora compreendo porque você era tão boa!— Quer repetir? — ela indagou, sorrindo.— Não... Nem pensar. Vou testar suas amigas, para ver se são tão boas quanto você.Dizendo isso meu amigo foi em direção a toda poderosa, disputada, desvirginadora de garotos.— Como é o nome dela? — perguntei, olhando na direção da mulher maravilhosa.— Cristal.— Eu... Sinto muito pelo que Tiago disse.— Estou acostumada com homens como vocês.— Não sou como ele.— Não? — ela riu debochadamente. — Então é da sua natureza achar que
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Consolo de filha
— Como assim? Não nos reuniu para falar que vamos ser despejados da nossa “casa”? O que pode ser pior que isso? — Cris levantou, alterado.— Eu fui roubada — Candy levantou e aproximou-se dele, firme, fazendo com que sentasse apenas com um olhar. — Alguém, da nossa “família”, me levou todo o dinheiro... Uma quantia suficiente para comprar um Hotel.Houve um longo silêncio, com todos se olhando. Minha cabeça fervilhava. Mas não pude deixar de perguntar:— Se tinha dinheiro para comprar o Hotel... Por que não optou por pagar a porra dos impostos?— O governo já tinha tomado a propriedade. E por incrível que pareça, o valor de impostos poderia ser maior do que a compra do imóvel novamente, visto que era um leilão.— Como... Alguém a roubou? O dinheiro... Não estava no Hotel, não é mesmo? — olhei para minha mãe, aturdida.— Sim. Estava — ela abaixou a cabeça.— Onde? — Ketlin perguntou seriamente.— Eu fiz um buraco no colchão. E pus tudo lá dentro. Fechei novamente. Não havia como ningué
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Consolo de filha (II)
— Podemos mandar vasculharem todos os quartos.— Podem ter levado pouco a pouco.— Mas você mexeu no dinheiro para pegar a quantia que me deu da faculdade. Teria sabido se levaram ou não.— Não teria sabido... Só peguei uma das sacolas, retirei o dinheiro e pus de volta no lugar. Sequer percebi se estavam todas ali.— Tem certeza que ninguém sabia sobre a existência do dinheiro?— Merliah, alguém sabia... Porque fui roubada. — Os olhos dela pousaram sobre os meus, completamente tristes.Fui até ela e sentei-me ao seu lado, pegando sua mão, de forma desajeitada. Eu não era Corinne e talvez não pudesse consolar como ela. Mas se Candy soubesse o que eu sentia naquele momento...— Mãe, eu a amo. E nunca vou deixar de amá-la. A admiro por tudo que você é... E a força incrível que existe dentro de você. Independentemente do que acontecer, estarei ao seu lado.Ela abraçou-me intensamente, deixando as lágrimas escorrerem grossas, molhando meus ombros nus. Não falei nada. Não julguei. Sequer p
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Smith's
Candy saiu correndo, tentando apagar o fogo causado pelas meninas em busca de descobrir a traidora criminosa.— A ladra ou “o ladrão” — falei debochadamente para Rambo.— Acha mesmo que eu roubaria Candy? Só se fosse o coração dela. Sabe disso.— Todos são suspeitos.— Até você?— Por que não? — pus minha mão no braço dele, sentindo seus músculos enrijecidos.— Se eu pego você, faço um estrago terrível. Sabe disto, não é mesmo? — falou em tom baixo.— Minha avó ficaria com ciúmes — provoquei.— Não ateie fogo se não tem água suficiente para apagar.— Nos menores frascos estão os melhores perfumes.Ele gargalhou:— Você é hilária. O que tem a ve
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Smith's (II)
— Vocês só perderão o Hotel se eu estiver morta — Rosela falou de uma forma tão séria, como eu nunca havia visto antes.— Eu pensei em tentar alguns contatos... Mas não sei se resolveria muito — Candy disse, sem esperanças.— Tente o que puder. Vou ver o que consigo fazer com meus contatos também. Não é só pelo valor do lugar, apego a lembranças... É muito mais. — Rosela estava com o olhar distante. — Nossa vida inteira está ali. Sabemos que aquela porra não vale nada para ninguém a não nós. E não há para onde ir... O Hotel Califórnia sempre foi o Hotel Califórnia. A rua se chama Califórnia por conta do Hotel e não o contrário, como deveria ser. Aquelas paredes têm histórias...— De sexo? — Arqueei a sobrancelha, não q
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Rambo
Chain não apareceu no Bordel na noite seguinte. E o pior era não ter certeza se achei aquilo bom ou ruim. Mas ainda ecoava na minha mente o que minha mãe havia falado sobre ele querer pagar por mim... Qualquer valor. Por quê?O movimento foi fraco e antes das seis conseguimos fechar e ir descansar. Tomei um longo banho, ainda com o idiota de olhos verdes na minha cabeça.Enxuguei-me e pus uma calcinha e a velha camiseta de dormir. Deitei na cama e finalmente me senti confortável e livre. Aquele era sempre um dos melhores momentos do dia.Olhei pela janela, antes de fechar a cortina blackout que fazia o dia virar noite dentro do meu quarto. Avistei o cemitério, minha visão diária e mais atraente e tentei sentir a presença de meu pai:— Pai, acho que a gente precisa muito de você. Mamãe não suportará perder este Hotel. É tudo que temos. E sair daqui
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Rambo (II)
Rambo soltou-o, vagarosamente. Cristiano, com o rosto completamente vermelho e pingos de suor na testa, arrumou a camiseta, enquanto eu disse, olhando nos seus olhos:— Não sou e nunca fui mulher para você, Cris. Tem um vulcão dentro de mim, em erupção. E você é um copo d’agua tentando apagar um incêndio. Eu não sou vagabunda. Só estou em busca de ser bem comida.Ele não ousou falar nada, pois certamente temia Rambo ao meu lado. Saiu, fazendo questão de deixar a porta aberta.Olhei para Rambo e o abracei, sentindo meu coração desesperado, parecendo querer deixar o peito.— A ofensa vinda dele foi horrível — falei.— Nunca achei que vocês combinassem. — Ele afagou meus cabelos.— Obrigada. — Afastei-me.— Jamais deixarei que ninguém faça nada de mal a nenhuma de
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