Todos os capítulos do Hotel Califórnia: Prazer garantido ou seu dinheiro de volta: Capítulo 31 - Capítulo 40
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O idiota do Chain
— Fale, senhor Chamalet — eu disse sem pensar duas vezes, rindo sozinha.— Senhor o que? — Ouvi a voz da minha mãe do outro lado da linha.— Mãe?— Com quem você estava falando? Tem hóspedes no Hotel?— Sim... Um.— Tomara que não caia um vendaval esta noite — ela debochou.— Por que você me ligou?— Pode subir. Vou mandar alguém substitui-la na Recepção.— Não! — gritei, sem me dar em conta.— Não quer subir? Mas reclamou de ficar aí... Isso há pouco horas atrás.— Quero ficar, mãe.— Mas...— Fico a noite inteira... Sem problemas.Ouvi o suspiro dela do outro lado:— Ok. Não entendo você.— Nem tente... Eu mesma não consigo — comecei a rir
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O idiota do Chain (II)
— Vou passar a noite nesta cama enorme, ouvindo o casal de cima transando feito loucos. Confesso que estou pensando em não pagar a estadia. O serviço oferecido aqui é de quinta.— Quer trocar de quarto? — ofereci novamente.— Não... Quero companhia.Nos encaramos e fiquei sem saber o que dizer. Ele começou a rir, mexendo nos cabelos úmidos, que ficaram para cima. Deus... Como era possível Chain ficar ainda mais lindo com os cabelos bagunçados?— Se não me engano, tem um número... De acompanhantes de luxo... Debaixo do aparelho telefônico — eu disse, de forma nada firme.— Jamais paguei por uma mulher... Nem pagarei. — Os olhos dele entraram nos meus, penetrando até minha alma.Jamais eu o veria no Bordel. Porque ele não era o tipo de homem que saía com putas. Ou ao menos não as pagava, j&aacu
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Eu detesto flores
— Preciso que leve minha camisa para a lavanderia.— Não vou levar.— Vou avaliar o Hotel Califórnia como péssimo, tanto nos serviços prestados quanto pelo atendimento da moça que manda chamar no 69.— Não temos redes sociais — falei, sarcástica.— Justo porque não suportariam tantas reclamações.Arranquei a camisa da mão dele:— Vou lavar sua camisa porque foi gentil com o menino. Então, pode me culpar... Não me importo com o que pense a meu respeito.— Preciso dela para daqui a pouco.— Estará impecável. Aliás, você não tem uma outra camisa na mala?— Não... Não branca.— Use outra cor... E se eu não conseguir trazer a tempo?Ele riu:— Claro que você não vai conseguir...
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Eu detesto flores (II)
Quando voltei, por sorte encontrei Rambo na recepção:— O nosso hóspede... Já chegou ao hotel novamente? — Me fiz de desinteressada.— Fala do homem de olhos verdes e sobrenome estranho?— Nosso único hóspede... Quem mais seria?— Ele fez check-out.— Como assim?— Bem, ele chegou há menos de uma hora atrás e disse: gostaria de fazer o check-out. Pagou pela estadia e foi embora.Respirei fundo e subi, desolada. Eu até que me divertia brigando com ele. Me entretia de alguma forma. Não que tivesse qualquer outro tipo de interesse por trás... A não ser no abdômen incrível... Talvez os olhos bonitos... Um pouco do jeito falante e sem se importar com o que eu pensava da opinião dele...Toquei meu dedo, sentindo um pouco de falta do inútil anel do humor. Enfim, acabou: ele fez check-
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Chain e Milano
— Você parece bastante impressionado, irmão!— Não... Não estou impressionado. Simplesmente as coisas não batem, entende?— Você poderia simplificar as coisas e obter uma ordem judicial e expulsar as poucas pessoas do lugar e pôr o prédio abaixo. Só isso. Em um mês ou pouco mais que isso já iniciaria as fundações do Shopping. Depois... Bem, depois é só arrumar uma boa esposa que goste de você pelo que é, ou seja, um rapaz bonito, inteligente, “fiel”, responsável, que detesta mulheres, festas, amigos e bebidas e além disso é tão bondoso a ponto de não querer dividir um vintém do que tem com ela.— Isso não é nada fácil, Milano. Não brinque com minha dor... E o castigo de nosso “amado” pai.— Acha que a minha parte é
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Chain e Milano (II)
— Chain, e como está conviver com Tessália na mesma casa?— É tudo muito recente. Ainda nem cruzei com ela.— Por sorte eu também não.— Aquela casa é enorme demais para nos cruzarmos todos lá dentro — observei.— Qual foi a intenção do velho com isso, afinal?— Milano, a intenção é simples: ver o circo pegar fogo. Se for observar bem, tudo está interligado. Tessália não pode se envolver com ninguém para que não haja possibilidade de ficarmos juntos. Para se certificar de que tudo correria bem, me manda casar e morar sob o mesmo teto da minha ex. Impõe a condição de a minha futura esposa aceitar “separação de bens” para que dificulte ainda mais a minha vida. Ou seja, ela tem que realmente gostar de mim. E se ela gostar de mim...  Automatic
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A madrasta
— Não podemos arriscar agora, pois Robson exigiu que eu não me envolvesse com ninguém e que você casasse com outra mulher. E a exigência de nós dois juntos nesta casa foi justo para nos fazer sofrer, entende?— Sofrer?— Sim... Por estarmos juntos e impedidos de nos tocarmos. Pois isso nos faria perder a herança.— Ninguém está a nos observar, não é mesmo? Ou tem câmeras escondidas pelos advogados aqui? — debochei.— Sim, há câmeras na casa.— Eu pouco me importo, Tessália. Não vou tocá-la porque eu não quero. — Levantei da cama, pouco me preocupando que estava só de cueca.Para sorte dela, ou azar, eu não estava completamente nu naquela noite, que era como costumava dormir.— Você... Ainda está tão lindo — ela me observou e mordeu o lábio inferior, tentando mostrar seu desejo de forma clara, os olhos fixos no meu pau.— Obrigado... Faço o possível — agradeci. — Mas este corpo não mais lhe pertence. Você teve uma escolha... E escolheu o meu pai.— Chain, isso faz anos. Você nunca vai
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A madrasta (II)
— Eu não estava tocando nele... Estava “me” tocando. Aliás, vai ficar me vigiando do seu quarto agora?— Não... Estou vigiando meu irmão, “madrasta”.— Você é mais velho que eu, Milano. Não fique me chamando de “madrasta”. — No momento que casou com meu pai, passou a ser minha “madrasta” Tessália. Sinto muito se o termo a incomoda. Aliás, você também é madrasta de Chain. Não tem a ver com idade, se é que me entende. Quando casou com meu pai, sabia que ele tinha um filho mais velho que você... E um mais novo, que se não me engano, era seu namorado na época.— Você é um amargurado — ela olhou na cara dele e foi saindo.— E você uma interesseira — Milano revidou e Tessália saiu batendo a porta com força.— Obrigado por me salvar.— Vi que você estava em maus lençóis. E antes que perdesse a porra da sua cabeça de baixo, decidi intervir.— Eu resistiria a ela.— Duvido. A coisa começou a esquentar e você não fez nada.— Eu só assistiria... Imaginei que não teria problema.— Idiota.— Agor
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Frigidez
Eu estava no desjejum quando minha mãe me deu um beijo, falando em seguida no meu ouvido:— Me encontre na garagem depois. Quero falar com você.Vi que ela saiu logo em seguida e bebi o café todo de uma vez, curiosa para saber o que minha mãe queria.Saí do restaurante do Hotel e segui pelo corredor que abrigava a academia, encontrando a porta de saída para área externa. O quintal do Hotel estava com o mato crescido ao fundo, parecendo um lugar abandonado.Segui a calçada bem-feita, por onde passavam os clientes para terem acesso a porta da frente do Hotel depois que deixavam seus carros na garagem do subsolo.O lugar estava em reforma, ou melhor, construção. Faziam meses que minha mãe tentava calçar tudo, desde o caminho que vinha da estada principal. Mas não sobrava dinheiro nunca.Cheguei e a vi sentada numa pilha de pedras, que esperavam h&aac
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Frigidez (II)
— Não estamos nos afastando, mãe. Mas eu não sou mais uma garotinha. Eu tenho meus sonhos e preciso ir em busca da realização deles.— Sinto que vou perdê-la.— Jamais, mãe.— E sabe o que mais? Se isso acontecer, vou ter muito orgulho de você.— Como assim?— Você tem mais força do que eu, minha filha. Quando sair, sei que não irá voltar.— Vou... Mas não para trabalhar no Bordel Califórnia. Nem no Hotel. Mereço mais do que isso... E não significa que eu esteja menosprezando o seu trabalho ou o das meninas.— Eu sei, Merliah.— Eu vou me inscrever para faculdade de novo. Estou feliz, mãe. Obrigada.— Pretende morar na faculdade ou ir e vir diariamente?— Ainda não sei. Vou ver o que é mais econômico.—
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