Início / Romántica / Profundamente Intenso VOL 1 / Capítulo 1 - Capítulo 10
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1
Naquela manhã acordou não com o barulho de um despertador, como estava acostumada, mas sim com as batidas – ou seriam socos? – incessantes de sua colega Cassandra, com quem agora dividia o aluguel de um apartamento, sublocado pela dona do condomínio, Loren. — Alana... Levante! Cassandra Swan era uma garota engraçada. Dona de cabelos róseos até os ombros, olhos verdes e silhueta esbelta de quadril largo, era a rosada – como Alana a passou chamar em segredo – e de temperamento variável. Podia ser tão doce quanto mel em certos momentos, e em outros tinha um temperamento explosivo ainda que determinado. — Não se atrase ou eu te deixo aqui, hein! — Alana a ouviu gritar mais uma vez através da porta, antes que as batidas cessassem. Soltou um suspirou, que logo se transformou em um bocejo de al&ia
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As primeiras aulas de Alana foram tranquilas, com ajuda de Cassandra ela achou sua sala rapidinho. Ela queria sentar-se no fundo para não chamar muita atenção, mas viu que se quisesse fazer isso teria de sentar na frente como outros bolsistas faziam, já que o fundo pertenciam aos riquinhos que torceram o nariz pra ele quando ela entrou. Claro que sim, afinal ela não usava nenhuma jóia famosa, sua bolsa e sua sapatilha não eram de marcas conhecidas e apreciadas pelos riquinhos! Alana não ligou, na verdade até sorriu com aquilo. Interesse nenhum tinha em ter amizade com gente que julgava e condenava as pessoas por suas roupas, carros e status sociais. — Cassandra tem razão, são um bando de idiotas. — murmurou Stewart para si, ao pegar seu lugar à frente. Ela quase riu ao lembrar-se da amiga, e em como de uma flor doce ela podia se transformar numa fera feroz quando esta
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  Parecia que estava no centro de um enorme palco sob a luz de um imenso holofote, tendo toda a atenção do público que a assistia com seus olhos críticos e de puro desprezo. Bom, pelo menos era assim que Alana se sentia naquele momento.   Por quê? Porque ela caiu no impulso de desferir um chute nos faróis? Porque, de repente, se esqueceu que não estava mais em Texas, mas sim em Amsterdã, na escola mais prestigiada dali? E porquê, porque em nome de Deus, logo o carro dele? Porque logo a Ferrari de Ian Norton, um dos membros da tão famosa Trindade daquela escola, fora o alvo de seu chute?   Alana desejava, com todas as forças de seu ser, que um buraco se abrisse debaixo de seus pés e ela fosse sugada pela terra. Oh sim! Qualquer coisa seria melhor do que ficar sob o olhar de todos ao seu redor, e principalmente sob o olhar de
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— Eu não entendo... — murmurou ela, e Ian que havia aberto uma pequena pasta azul e a observava, voltou seus olhos para a garota a frente. — Não entende o que? — perguntou ele, entrelaçando os dedos das mãos sob a mesa e com os intensos olhos azuis completamente vidrados na face de anjo de Alana. Alana que tentou, com todas as suas forças, manter os olhares um no outro, mas não conseguiu sem ter as bochechas coradas. — Eu... Eu pensei que você fosse um aluno. — disse ela. — E eu sou. — Ian deu um meio sorriso. Vendo um franzimento se formar na testa da Steawart, em sinal de plena confusão ele explicou: — Meu nome é Ian Norton, filho de Frederick Norton!... Entendeu agora?   Alana assentiu, em um débil silêncio. — Não se preocupe p
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 ... Com a última frase dita, o sorriso de Ian se alargou ainda mais enquanto os pelos do corpo de Alana se arrepiaram todos, e por um instante o olhar dela estremeceu sob o dele.  Ian acenou para ela em um gesto de cabeça, levando o cigarro novamente à boca e se afastando. Alana ficou parada, sentada no mesmo lugar, mas seguiu os movimentos dele até a porta com os olhos, a cabeça virando-se de modo que parecia que ia quebrar o pescoço.   Ian parou com a mão na maçaneta, e disse a última coisa: — Você começa o estágio ainda hoje; a secretária, Miranda, vai lhe dar mais informações.   E então ele saiu sem nenhuma despedida, e Alana estava sozinha novamente, ainda sentada no mesmo lugar se perguntando o que fora toda aquela situação, o que fora
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— Me explica de novo, como foi mesmo que eu concordei com isso? — disse Alana meio incrédula, sentada no banco de trás do Nissan Laruel rosa que Lisandra dirigia, naquela noite. — Você não concordou. — quem disse isso foi Cassandra, sentado ao lado de Lisandra. Alana colocou a cabeça entre o vão dos dois bancos, olhando para as amigas. — Lisandra nos ameaçou de morte se não viéssemos, lembra? — Ah, é. Agora eu me lembro. — Alana lançou um sorriso amarelo para a motorista loira. Lisandra gargalhou, antes de dizer: — E ainda bem que vocês resolveram me ouvir. Eu conheço uns caras que fariam o serviço de dar cabo nas duas de graça pra mim e tudo muito limpo. — Ah, isso eu não tenho dúvidas. — brincou Cassandra. — Aposto que
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— E o Ian ? — Alana tentou não demonstrar muito seu interesse na pergunta. — Ele corria com mais frequência antes, hoje nem tanto. Mas, também, não tem tanta graça de vencer sempre. — Lisandra disse rindo. — Ele é tão bom assim? — perguntou Cassandra duvidosa, e Alana voltou sua atenção para o loiro que já estava agarrado com uma loira que ela não pode ver o rosto por estar de costas. A única coisa que ela reparava com clareza era na mão grande de Ian  na bunda da garota, que, parecia super à-vontade com aquilo, não se importando por estarem cercados de gente. — Nunca perdeu uma corrida. — Jhon, finalmente falou algo. Alana torceu os lábios para aquilo. Era tão irritante que até em fazer coisa errada – claro, porque era óbvio que aquelas corrid
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Na última curva, Ian  pegou vantagem. Novamente o oponente abrira demais, o suficiente para que Ian  passasse com o carro derrapando perfeitamente por ele, assumindo a liderança novamente. Sorrio de lado. Fora fácil. Até sem graça, ele diria! Quando Ian  chegou ao terraço a multidão gritava em empolgação, e quando finalmente parou de girar o carro em seu próprio eixo, meio que de lado, derrapando e deixando as marcas do pneu as pessoas aglomeraram-se em volta do seu carro. Desceu do carro e a gritaria eufórica atingiu seus ouvidos em cheio, odiava aquela parte, ainda que seus sorrisos amplos e mentirosos mostrassem o contrario. Foi cumprimentado por várias mãos, até que viu os amigos se aproximarem. David riu, quando o outro carro finalmente chegou. Ian  havia pego grande vantagem na última curva. — Então, se
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— Isso é porque você está com muito álcool dentro do corpo. — Ian  lhe sorriu, dando uma breve secada, muito descaradamente, no corpo da Steawart que apertou mais o casaco dele contra o corpo. O rapaz riu, descendo do carro e apoiando se na janela, vendo a Steawart ainda sentada. — Espero que não esteja esperando que eu vá abrir a porta pra você. — um sorriso divertido dançou no canto dos lábios dele, enquanto Alana piscou aturdida, abrindo e fechando a boca diversas vezes sem conseguir de fato falar nada. Por fim, achou melhor apenas saltar do carro. Vincent que vinha descendo a escada com a ruiva de óculos, Karen, em seu encalço foi o primeiro a avistar Ian  entrando. — Onde estava seu merda? — perguntou o Bennie, a voz indiferente de sempre, enquanto aproximava-se do amigo loiro, que entrou rindo. — Pensamos que haviam pegado voc
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10
  Idiota. Era isso que pensava sobre si mesma. Desde quando se sentia atraída por loiros prepotentes, frios e imbecis? Aquilo era estupidez, ela sabia. Uma estupidez inevitável.   Uma semana havia se passado desde o beijo com Ian, e às vezes, de maneira distraída, Alana ainda se pegava passando os dedos nos lábios, como que ainda sentindo o toque, o gosto dos lábios de Ian nos seus. Sentindo o mover de seus lábios um sob o outro, o gosto viciante do hálito dele, o mesclar de suas línguas; sentindo as mãos dele em sua cintura, firmes, fortes, colando-a contra o corpo másculo que ele possuía. O corpo estremeceu só de pensar novamente em tudo aquilo. Suspirou. Idiota, sua consciência gritou novamente. É, era uma grande idiota por ficar pensando no beijo. Pensando nele.  Ian sequer a olhou durante toda a semana
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