— Isso é porque você está com muito álcool dentro do corpo. — Ian lhe sorriu, dando uma breve secada, muito descaradamente, no corpo da Steawart que apertou mais o casaco dele contra o corpo. O rapaz riu, descendo do carro e apoiando se na janela, vendo a Steawart ainda sentada. — Espero que não esteja esperando que eu vá abrir a porta pra você. — um sorriso divertido dançou no canto dos lábios dele, enquanto Alana piscou aturdida, abrindo e fechando a boca diversas vezes sem conseguir de fato falar nada. Por fim, achou melhor apenas saltar do carro.
Vincent que vinha descendo a escada com a ruiva de óculos, Karen, em seu encalço foi o primeiro a avistar Ian entrando.
— Onde estava seu merda? — perguntou o Bennie, a voz indiferente de sempre, enquanto aproximava-se do amigo loiro, que entrou rindo. — Pensamos que haviam pegado voc
Idiota. Era isso que pensava sobre si mesma. Desde quando se sentia atraída por loiros prepotentes, frios e imbecis? Aquilo era estupidez, ela sabia. Uma estupidez inevitável.Uma semana havia se passado desde o beijo com Ian, e às vezes, de maneira distraída, Alana ainda se pegava passando os dedos nos lábios, como que ainda sentindo o toque, o gosto dos lábios de Ian nos seus. Sentindo o mover de seus lábios um sob o outro, o gosto viciante do hálito dele, o mesclar de suas línguas; sentindo as mãos dele em sua cintura, firmes, fortes, colando-a contra o corpo másculo que ele possuía. O corpo estremeceu só de pensar novamente em tudo aquilo. Suspirou. Idiota, sua consciência gritou novamente. É, era uma grande idiota por ficar pensando no beijo. Pensando nele.Ian sequer a olhou durante toda a semana
Cassandra nada disse, apenas entortou os lábios num bico meio descrente para as palavras da amiga. Podia ser verdade, podia não ser. Talvez, Alana estivesse mais interessada naquele loiro problema do que se permitiria admitir.O sinal soou.— Melhor irmos ou perdemos a primeira aula. — disse Cassandra, Alana assentiu e ambas caminharam para fora do banheiro. — Minha primeira aula é de Artes. Deus, eu odeio artes...— Cassandra. — chamou Alana, interrompendo novamente a amiga, mas dessa vez tinha um sorriso no rosto. — Obrigada por me ouvir. Nunca achei que encontraria uma amiga tão boa, meio louca e temperamental, mas boa como você.Cassandra abriu um largo sorriso. A verdade é que, mesmo não se conhecendo a uma vida toda, era assim que ambas se sentiam em relação à o
Dentro da sala, Ian ainda encostado a porta com os olhos brilhando em plena fúria, encarava o reflexo de si mesmo, porém mais velho, sentado na cadeira atrás da mesma. O reflexo o encarava com a mesma seriedade e frieza com a qual estava habituado, não apenas a ser olhado por ele, como também a olhar para os outros. O homem sentado na cadeira usava um terno Armani, os olhos eram azuis como o do rapaz encostado a porta de semblante furioso, os cabelos tão dourados e brilhantes quanto. O homem sentado, olhando para o filho de maneira indiferente, parecia de fato um Ian dali a alguns anos; um Ian mais velho.— Você não fez isso. — disse o loiro mais novo muito sério, marchando até a mesa do pai, que o fitava como que não sabendo do que o filho falava.— Primeiro, olá para você também filho, cheguei bem da viagem, muito obrigado por perguntar. &md
E lá estava ela, limpando mesa por mesa e mexendo a cabeça ao som da melodia agitada que tocava na rádio. Era sempre assim, todos os dias, de segunda á sexta, depois da aula era ali que Cassandra passava o resto do dia até o anoitecer. Não que estivesse reclamando, afinal era dali que saia o dinheiro para pagar a metade do aluguel que dividia com Alana e um pouco menos da metade da mensalidade da BHS; mas também não era como um sonho realizado. Ficar servindo todo o tipo de gente, recebendo cantadas quase o tempo todo e no final do dia ir para casa cheirando a fritura não era exatamente o que se consideraria o emprego dos sonhos.— Cassandra, mesa quatro. — disse Caim, filho do dono da lanchonete, assistente de cozinha, colocando uma porção de batata fritas em cima do balcão.Cassandra sorriu, aproximando-se do balcão e pi
Assim que a limusine foi estacionada, respirou fundo. Como odiava aqueles eventos chatos! A única vantagem de fato eram as bebidas e mulheres. Sorrio de lado, descendo do carro quando o motorista abriu a porta e imediatamente sentiu os flashes das câmeras em seu rosto. Suspirou, era sempre assim. Afinal, diferente de seu pai que era a imagem da empresa, mal aparecia em revistas; preferia se manter mais reservado, isso lhe dava mais oportunidades para fazer tudo o que devia e não devia. Coisa que não aconteceria com tanta facilidade se deixasse a mídia invadir sempre sua vida. Mas ali estava o preço a se pagar. Sempre que aparecia em algum evento, do qual era obrigado sem chances para fuga a comparecer, era atacado pelos fotógrafos como se fosse um pedaço de carne e eles urubus. Urubus pairando sob a deliciosa e, nesse caso, milionária carniça.— Sorria. — instigou Frederick ao
— Aquilo foi um erro. — disse ela. — Um terrível erro que nunca, jamais, em nenhuma circunstância vai voltar a acontecer!— Aposto que até o final da noite você cede. — desafiou Ian.— Como é? — Alana não acreditava no que aquele loiro, arrogante, prepotente acabara de falar. Era absurdo.— Aposto que até o final da noite você cede. — Ian tornou a repetir de maneira muito simples, como se aquilo fosse coisa óbvia, natural. Novamente, Alana sentiu uma raiva descontrolada crescer dentro de si por aquele garoto, mas dessa vez a vontade de beijá-lo era mínima diante da que tinha de socá-lo.— Eu não vou não. — Alana foi firme, encarando-o com a mesma intensidade com a qual ele a encarava agora. Os olhares faiscavam um sob o outro, como se a qualq
Quanto de álcool ele já havia ingerido? Perguntava-se Alana, e o que de fato a intrigava era que por mais que ele bebesse parecia não ficar bêbado facilmente como ela. Intrigava-lhe também o fato de ninguém, nem mesmo o próprio pai parecer dar importância ao tanto que ele bebia. Ele só tinha dezoito, talvez dezenove anos, pelo amor de Deus!— Não concorda? — novamente o rapaz que flertava com Alana a perguntou, mas diferente da vez anterior ela sequer o olhou; apenas assentiu com os olhos ainda fincados na direção de Ian. Naquele momento a moça de vermelho tocou um dos ombros dele de maneira muito sugestiva, afastando-se para longe enquanto o loiro guardava o guardanapo que ela lhe entregou no bolso do paletó; um sorriso satisfeito dançava nos lábios dele.A Steawart viu quando ele terminou o whisk
Era errado. Ela sabia. E isso fazia com que o beijo fosse ainda mais delicioso. O dito popular de que todo fruto proibido era mais gostoso nunca pareceu tão verdadeiro a ela.Sentia o corpo em chamas enquanto suas bocas se moviam uma sob a outra, as línguas se encontrando numa dança erótica, lenta, suave e ainda sim cheia de desejo. Sentia todo o corpo em chama, ao mesmo tempo em que se sentia levitando. Perguntou-se se ele sentia o mesmo. Não importava! Não no momento.Era suave. Era quente. Era cheio de desejo. Era cheio de calmaria. Alana não sabia descrever o beijo, sua mente não estava a raciocinar com clareza quando a língua de Ian vasculhava cada canto de sua boca, se não com uma única palavra: perfeito. Ou melhor, duas palavras: perfeito e errado.Estava cedendo, como ele mesmo disse que faria. Isso a deixaria com raiva