A menina se chamava Leah. Estava cabisbaixa, fitando os próprios pés enquanto desejava estar em qualquer lugar que não fosse aquele. Ao seu redor, muitas pessoas, sussurrando, vociferando, questionando e discutindo. Diante de si, estavam os homens das leis, que tinham o poder de encarcerar pessoas. Seu pretendente, Hapfah, os havia chamado para que a recapturassem, depois de ter fugido, para evitar o casamento. Seu futuro marido havia dito que a levaria para longe de sua família tão logo se casassem. Leah tinha treze anos e era habitante de um pequeno povoado instalado à beira de um poço nas proximidades de Zefanya. Hapfah era um mercador de cristais, dezesseis anos mais velho, cujo negócio exigia viagens constantes. O que assustava Leah a ponto dela fugir de seu futuro marido não era sua aparência ou modos, mas sim o fato de não querer ver-se longe de seus pais, irmãos e irmãs. Sua fuga, porém, havia causado um problema enorme. Nos povoados, era muito comum
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