O manto de Imperador tinha sido deixado para trás em algum canto da nave porque aquele pedaço da Terra era sagrado em suas memórias e ele não voltaria ali em vestes caricaturescas. Não tinha, porém, muitas opções em seu guarda roupa, não quando a realeza do universo tinha uma regra de conduta rígida que se resumia à três cores: preto, da imponência, branco, da pureza e das boas intenções, e cinza ou prateado, da eterna busca pelo conhecimento.Naquela manhã, depois de tantas notícias boas e ruins, ele decidiu usar branco. Não que se sentisse puro naquele momento, mas pela criança que tinha sido naquele lugar, tão ignorante de seu passado ou futuro, tão inocente, achando que o universo se resumia à uma pequena vila destruída em um setor abastado de Esmeralda no planeta mortal Terra, na irrelevante Via Láctea.
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