Carvalho estava ao volante de um sedan preto, usado pela Polícia nas investigações, quando estacionou diante de um rico sobrado no bairro de Moema. A seu lado, Noronha fumava um cigarro, enquanto observava a vizinhança tranquila pela janela aberta do automóvel. - Tem que ter grana pra morar num bairro desses. – Comentou, defenestrando o cigarro para fora do veículo. Carvalho grunhiu algo como uma afirmação. Com o braço apoiado na porta ele observava o alto da janela do sobrado, absorto. - Acha que alguém de dentro tentou atrapalhar a investigação no DP? – A pergunta veio do nada, mas o experiente investigador viera ruminando o assunto em sua cabeça o caminho todo da delegacia até ali. - Não sei. – Noronha baforou nicotina. – Seja lá quem tenha tentado melar a investigação, não fez direito. A arma do crime está sendo analisada pela perícia nesse momento. Carvalho continuou pensativo, mas tratou de apanhar o mandado de condução no porta
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