Prelúdio IV - Eclipse Tudo estava previsto. Ir trabalhar. Voltar pra casa. Dormir. Acordar. Ir trabalhar. Voltar pra a casa. O Sol surgindo no horizonte, para depois ceder lugar a lua, ela ao Sol, no fim da madrugada. E o Sol a ela, no fim do dia. A rotina. Nada inusitado, como, por exemplo, a ilusão do encontro dos dois. Embora até isso pudesse ser previsto. Seria mais certo chamar um eclipse de raridade, e não de exemplo do inusitado, se pensarmos bem. Ainda assim, era uma prova de algo não ser sempre a mesma coisa.Era inverno de 2002, do calendário cristão, e o próximo eclipse só aconteceria no dia quatro de dezembro. Estávamos em agosto. Não era o momento, sequer, de fantasiar um encontro raro. Mal havia chegado ao escritório de contabilidade e um desespero tomou conta de mim. Outros funcionários trabalhavam lá h&aacut
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