Todos os capítulos do Ela é Minha!: Capítulo 1 - Capítulo 10
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Ela é minha!
Ninguém conhecia os motivos que me mantiveram afastado de Nicole e, mesmo assim, me julgaram. Nunca fui santo, mas se todos soubessem o que vivi na França nos últimos cinco anos, entenderiam como sofri e não me condenariam daquela forma. Fazia algum tempo que Nicole e eu não viajávamos devido ao meu curso de medicina com especialização em neurocirurgia. No início de janeiro de 2010, seguimos para Balneário Camboriú, no Sul do Brasil. Nicole tinha 20 anos e já era maior de idade. Nada impediria o nosso casamento, nem mesmo aquela megera que ela chamava de tia. Joanna foi uma das minhas babás e cuidou de mim até a adolescência. Eu não gostava do jeito que ela tratava aquela menina de olhos tristes. Minha avó, Sophie, sabia que eu não tinha muitos amigos e o quanto eu gostava de brincar com Nicole, então ela permiti
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Ela não presta!
O alarme do meu celular tocou pela terceira vez, estiquei o meu braço até a cabeceira ao lado da minha cama e desativei. Naquela manhã de verão, embora não estivesse tão quente como no Brasil, às 7 horas, a temperatura girava em torno de 20 graus. Peguei os óculos e olhei a tela do meu blackberry. Tinha quatro meses que iniciei a residência no Hospital Saint-Mary em Lyon e, até aquele momento, Nicky não respondia às minhas mensagens ou retornava as minhas ligações. Joguei o celular na cama e puxei o cobertor. Meu pau estava duro e latejava, isso acontecia sempre que eu sonhava com ela. Era impossível esquecer de como ela estava apertada e quente na primeira vez em que fizemos amor. Levantei da cama e fui direto para o banheiro, não tive outra alternativa, me aliviei embaixo da água morna que caía sobre as minhas
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Não Consigo Esquecê-la
Fazia mais de um ano desde que  Marcello retornou à metrópole da França, e eu tive a ligeira impressão de que ele me evitava para não falar sobre Nicole. Os primeiros dias foram tensos, confesso que faltei ao trabalho durante cinco dias, até que  Sophie apareceu. Se não fosse pelas broncas da minha vó, eu cairia em depressão ou largaria tudo só para dar umas porradas no homem que estava com a Nicky. Após o plantão de 48 horas, eu tomei um banho e me troquei com uma certa pressa. Pretendia passar a tarde me exercitando na academia. Fui direto para o meu carro, desativei o alarme e ajeitei os óculos quando avistei o conversível vermelho do Marcello na vaga do outro lado do estacionamento. Reparei na bunda gostosa da mulher que flertava com ele. Marcello entrou no veículo assim que me viu. Caminhei a passo
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Ela me abandonou!
Alguns meses se passaram e quase não recebi notícias do Marcello, se ele não me procurou, então ele estava bem. Meu amigo só me procurava quando se metia em confusão. Depois do que houve com Claire há alguns meses, eu evitava falar da Nicole ou beber demais durante os encontros. Assim que minha mãe me contou que Nicky estava casada e já tinha um filho, liguei para alguns números que estavam na minha gaveta.  Procurei o bilhete da mulher que atendi no verão de 2010. Já se passaram dois anos, não sabia se ela lembrava de mim, mesmo assim eu arrisquei. É claro que o fato dela se parecer um pouco com a minha ex afetou a minha escolha, mas eu precisava sentir o calor de uma mulher, nunca fui inocente, entretanto, fui fiel a Nicky durante anos, mesmo quando ela vinha com aquela história de que queria casar virgem para não cometer os mesmos erros da mãe. <
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Minha Princesinha!
Eu dirigi por 466,9 km pela via A6.  Eu levei  mais de quatro horas para chegar a Paris e o telefone do Marcello ainda estava desligado. Estacionei o meu carro na vaga e corri direto para o apartamento de Josephiné. Apertei o botão e em poucos segundos a porta do elevador abriu. Liguei novamente para aquele babaca e caiu na caixa de mensagens. Saí no décimo terceiro andar e corri pelo corredor até o apartamento duzentos e setenta e sete. Toquei a campainha e ninguém atendeu. Apertei algumas vezes até que ela apareceu.  — Bonjour, Alexander! — O rosto de Josephiné estava vermelho, provavelmente ela passou a noite com dor.  — Encontrou o Marcello? — Não! O celular dele está desligado. Acompanhei ela até a sala, a casa estava bagunçada. Havia quadros e fotos rasgadas, além dos cacos de vidro de u
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Adeus, meu amigo!
Naquele dia, fiz o mesmo percurso de volta para Lyon. As ruas e avenidas de Paris estavam cheias de folhas. No final de setembro, o outono tornava o clima agradável. Lutei contra o sono enquanto descortinava a paisagem pela janela do meu carro. Anoitecia quando cheguei em Lyon, estava exausto. Levei mais vinte minutos  até, enfim, estar de volta ao meu apartamento. Tirei a roupa que usava na noite anterior, entrei embaixo da água quente. Abaixei a cabeça enquanto a água caía na minha nuca e descia pelo meu corpo. Nunca tive um dia tão agitado como aquele. Enxuguei todo o meu corpo com a toalha que estava pendurada no vidro do box. Estava tão cansado que não procurei outra roupa, deitei na cama do jeito que cheguei ao mundo. Ativei o alarme e encostei no travesseiro, virei a cabeça para o lado direito. Nicole costumava dormir de roupa e detestava quando eu dormia nu.  Ler mais
Sinto a sua falta!
O vento frio batia contra o meu rosto enquanto eu corria, pouco antes do sol nascer, pela rua de Sainte-Foy-lès-Lyon. Comprei uma casa nesse ambiente rural um ano após a morte do meu amigo. No dia em que visitei Josephiné no hospital, ela me disse que entregaria Marcelly para adoção. Prometi ao Marcello que cuidaria da menina e não permitiria que ela  fizesse isso, então contei a Josephiné sobre a promessa e fiz a proposta: eu estava disposto a assumir a paternidade da Marcelly. Ela me xingou e me expulsou. Foram quase onze meses até que eu a convenci de que cuidaria da nenê.  Não sei o que deu nela, mas, certa noite, ela me ligou e aceitou a proposta. Moramoss juntos há quase três anos. Não nego que trepei com ela algumas vezes. Não sou muito fã desse lance de BDSM e nunca me submeti a esses fetiches loucos que ela praticava com Marcello; no entant
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Se era isso o que ela queria, ela conseguiu!
Na manhã seguinte, fiz de tudo para não encontrar com Isabella durante o plantão, eu torcia para que ela não contasse aos nossos colegas de trabalho sobre o nosso encontro na noite anterior. Tomei um analgésico para aliviar a dor de cabeça causada pela ressaca e sentei-me na sala de descanso durante o intervalo. Ali avaliei a biópsia estereotáxica de um dos meus pacientes antes de conversar com um de seus  familiares. As mensagens de Josephiné não paravam de chegar no meu telefone, olhei para a tela do meu blackberry que vibrava, encostei a minha cabeça no estofado marrom da poltrona reclinável e atendi: — O que você quer Josephiné? — Quero que você venha para casa hoje, precisamos conversar! — Você quer que eu volt
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Ela me usou!
Em uma das salas de cirurgia, realizei todo o procedimento depois que o paciente recebeu a anestesia geral. Monsieur François, pai de Alícia, tinha 57 anos. Poucas semanas antes do meu encontro com Alícia, eu recebi imagens mais detalhadas da tomografia, os cordomas se expandiram na base do crânio do meu paciente e invadiam os nervos e tecidos.  Naquela manhã, eu me reuni com uma equipe cirúrgica multidisciplinar que tinha uma vasta experiência com aquele tipo de câncer. Assim que o paciente recebeu a anestesia, nós fizemos os procedimentos necessários para ter acesso à localização da parte do osso da base do crânio e do cérebro. Eu ressequei os cordomas e fiz o possível para remover os tumores sem causar dano ao tecido. Depois de cinco horas naquela sala, com médicos altamente qualificados, eu ergui a cabeça e a enfermeira enxugou o suor que brotava na
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Au Revoir!
Naquela tarde, eu mordi um pedaço do croissant, ergui os olhos e vislumbrei as pessoas que passavam pela rua. Alguns correram à procura de abrigo para escapar da chuva enquanto os outros transeuntes caminhavam embaixo de seus guarda-chuvas e, ao mesmo tempo, desviavam das pequenas poças de água. "Por que a Nicole atendeu o telefone da minha avó? " Minha mente estava inquieta. Arrumei os óculos, fitei o meu blackberry que vibrava em cima da mesa e bebi um gole do cappuccino. Não  discutiria por telefone com Josephiné. Alguns minutos depois, eu liguei para a minha avó novamente.  A voz dela parecia mais cansada, se eu estivesse lá, não permitiria que ela se entregasse a doença dessa forma. Minha avó Sophie era tudo na minha vida, ela sempre me levava para passear, lia histórias antes de eu dormir e sempre fazia as min
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