Álex entrou no ônibus depois de fazer um lanche rápido em um estabelecimento dentro da rodoviária. No caminho, ficou pensando em tudo novamente e como aquilo o que aconteceu no colégio o deixava cada vez mais irritado. Lembrou-se também de seu “subemprego”, porque realmente o que fazia na empresa de materiais de construção não era mesmo um emprego. Trabalhava para o Sr. Costa que era um daqueles velhos chatos que tinha uma loja com uma fachada antiga. Justamente muito parecida com o dono.
Uma passada no pensamento pela Rose também foi incondicional. Sempre em momentos que não havia nada para fazer dentro de seu trabalho, o pensamento buscava o rosto magnífico de Rose.
Chegando à rodoviária de Aplanador, Álex desceu e logo em seguida já encontrou com seu pai.
- Fez boa viagem Álex? – disse ele com uma cara animada para uma notícia de velório.
- Sim pai. Foi tranquila. O que está acontecendo para que eu tivesse que perder um dia de trabalho para vir até aqui? – perguntou ele da forma natural de quem não está entendendo nada.
- Bom filho. Vamos pegar o carro. Temos muito que conversar. – disse ele colocando a mão às costas do filho o empurrando para o seu próximo destino.
Chegando ao carro, Álex tomou um grande susto. Seu pai pegou uma chave e apertou o botão que aciona o alarme perto de um carro luxuoso e importado. Porém “sóbrio” e “prata”. Com cara extremamente “chocada” entrou no carro. Seu pai deu a partida e suavemente saíram da rodoviária, mas sem nenhum comentário a respeito. Somente depois de algum tempo é que o Sr. Olivier começou a conversa.
- Bom. Nem tenho que explicar muito, não é? – disse ele dirigindo aquele carrão.
- É verdade. – disse Álex olhando o interior do carro.
- Meu Tio está realmente muito doente. E fez um pedido muito inesperado.
- Então ele não está falido, está? – perguntou Álex.
- Dá para perceber, não é? – disse seu pai.
- Mas, então. – disse Álex olhando pela janela juntamente com um silêncio sábio. – O que é esse pedido inesperado?
- Bom. Você se lembra da história que na minha infância éramos muito ricos?
- Sim, e como me lembro! Até que seu pai brigou com esse seu Tio. A fábrica pegou fogo e tudo o mais. Não consigo esquecer esta história de nossa família nem por um segundo! É essa história que nos fez ser tão pobres. – disse olhando para o seu pai.
- Pois então. Eles brigaram, muito. Até a morte de meu pai. Eu, como era seu filho, vivi longe de meu Tio, perdemos o contato, assim como você já sabe.
Álex somente resmungou.
- Agora não sei se fico triste, ou alegre. – disse o Sr. Olivier passando a mão ao rosto com um sorriso envergonhado.
- Mas por quê? – disse Álex prontamente.
- Meu Tio disse que ficou muito triste com meu pai. Também disse que nunca se casou e que a sua herança seria nossa. Mas tem um “porém” nessa história. – disse e Álex pressentiu o pior - Ele não irá dar sua herança para mim. Mas sim, para você! – disse isso e olhou para Álex. - Você foi o único que nunca esteve perto das brigas de seu avô com ele. – disse e deu uma resmungada. – Eu não entendi nada disso. Tentei argumentar ao contrário, mas ele foi irredutível! – deu outra resmungada. – Até o advogado disse para não insistir. Parece que ele ainda está sentido comigo, por eu também ter perdido o contato com ele. – terminou Sebastião.
- Nossa! Mas... Isso... É inesperado mesmo! Até mesmo posso dizer que é de uma mesquinharia imensa! – disse Álex.
- Sim, é verdade! – disse seu pai já chegando à frente da gigantesca e “cinematográfica” mansão de seu Tio.
Álex ficou impressionado somente com o portão da mansão. Assim que se abriu, viu que alguns seguranças estavam à porta. Falavam ao rádio, uns de um lado, outros do outro. Sebastião abaixou o vidro de seu carro e deixou ser visto pelos seguranças que olharam para Álex já abrindo um sorriso amistoso, porém nem tanto caloroso. Andou mais um pouco, por uma pequena estrada muito bem decorada com pinheiros aos lados, até chegar a um chafariz bem em frente à mansão, que nesse caso, depois desta vista, mais parecia um castelo. Uma grande limusine estava parada à frente. Era branca e chamava atenção completamente de nosso pobre rapaz. Sebastião parou um pouco mais a frente. Notou que parecia com aquelas casas extremamente luxuosas, que sempre apareciam nos filmes de Hollywood, ou, até mesmo, as casas das estrelas do cinema.
Desceu do carro, e olhou em volta. Ainda havia alguns seguranças com cachorros. Olhavam desmedidamente para Álex, que respondia o olhar meio que sem entender e com aquela cara de sempre, “amarrada”, sem expressão e com cara de poucos amigos.
- Vamos meu filho! – disse o Sr. Olivier. – Meu Tio está com pouco tempo de vida e quer conhecê-lo! Apresse-se!
Acordando de seu pequeno transe, Álex levantou seu olhar para seu pai que já estava parado ao topo das escadas que levavam para a grande porta da mansão. Seguiu instintivamente enquanto ainda olhava tudo ao redor. Percebeu naquele momento o carro cinza que havia vindo. Parou e analisou a grande porta de madeira maciça que se abria em duas “folhas”. A porta se abre e magnificamente o interior é revelado. Entrando no grande salão viu que tudo ali demonstrava ser realmente muito luxuoso e até mesmo exagerado em sua pequena concepção de conhecedor do que é luxuoso ou não. As escadas, à sua frente, levavam para o segundo andar da casa, porém, no andar em que estavam, existiam grandes salas, tanto para a direita quanto para a esquerda. Mais empregados esperavam por eles ali perto da escada para cumprimentá-lo cordialmente e sem extravagâncias. Afinal, o clima era de profundo respeito. Subiram os degraus passivamente. O ar da casa estava realmente muito difícil de suportar. Todos estavam tristes por seu patrão estar em seu leito de morte e ao mesmo tempo interessados e curiosos em saber quem seriam esses herdeiros que moravam tão perto, mas nunca haviam visitado seu parente que já padecia de doença grave há alguns anos. Muitas coisas eram “ditas e desditas” nos corredores daquela mansão.
Um cortejo praticamente fúnebre era anunciado. O mordomo e o advogado esperavam os dois ilustres senhores no alto da escada. Cumprimentaram a Sebastião e a Álex com um “fraco” e quase inaudível “meus pêsames” e os levaram até o quarto de seu Tio.
Caminharam silenciosamente pelo corredor imenso do segundo andar da grande casa, somente quebrando o silêncio pelos barulhos dos sapatos finos que os dois usavam, juntamente com o barulho inconveniente e “descompromissado” do tênis desgastado de Álex, numa sinfonia incompreendida de “toc, toc” das solas dos sapatos finos, junto com os “nhec, nhec” do tênis furado e descompromissado.
Abriram uma grande porta. Quase do mesmo tamanho do que a grande porta de entrada. O imenso quarto foi visto e podia-se ver a cama de seu Tio juntamente com todo o aparato médico ao lado. Um médico e algumas enfermeiras também faziam parte do quadro e estavam ali cuidando com toda esperança em salvá-lo.
- Álex! – disse a voz moribunda de seu Tio do fundo do quarto. – Alexandre Oliviére! – disse ele levantando a mão ao longe pedindo assim para que Álex pudesse chegar até perto.
Álex, sem entender, pois seu nome que herdara de seu pai não tinha um assento, sendo sempre chamado de “Olivier”, sem assento. Olhou para o seu pai que somente acenou com a cabeça, sendo seguido pelos mesmos gestos, do mordomo e o advogado.
Chegou até bem perto e as enfermeiras deram espaço para que ele visse e conhecesse o rosto do Tio e vice-versa.
- Como vai garoto? Está estudando muito? – disse seu Tio tentando conhecer o filho de seu sobrinho há muito perdido e colocando a mão sobre sua mão.
- É, tenho que estudar, não é mesmo? – respondeu friamente.
- Espero que tenha ambições meu jovem. Que tenha um amor. E que também tenha motivos para viver. – disse tossindo “feiamente” ao final da sentença.
- Por que diz isso, Tio? – disse Álex já se interessando pela conversa moribunda de seu Tio igualmente moribundo.
- Falo isso, - tossiu. – porque às vezes na vida, somos levados por motivos que depois de um grande tempo nem mais lembramos o porquê fizemos aquilo. – disse olhando para o seu sobrinho, pai de Álex que estava longe, fazendo-o chegar mais perto. – Quando eu era jovem, juntamente com seu avô, - disse olhando para Álex – Fizemos muitas pequenas coisas se tornarem grandes. – voltou seu olhar agora para o teto como se estivesse lembrando-se de épocas douradas juntamente com seu irmão. Um brilho parecia até ter voltado para seus olhos um tanto opacos pela hora da morte a chegar – Nós tínhamos sonhos, nós tínhamos vontade, mas, não tivemos um motivo. Por isso brigávamos, por coisas tão pequenas, que se tornavam tão imensas, que hoje, nem me lembro do porquê de seu início. – falou de forma arrastada dando mais ainda o ar cadavérico que seus ossos magros da face exigiam ser interpretados.
Houve uma pausa, tossiu secamente e preocupantemente, a qual fez com que o médico e suas enfermeiras corressem para ajudá-lo a respirar, colocando uma máscara de oxigênio que estava ao lado de sua cama. Nesse instante, Álex, dando um passo atrás, notou que muito que havia seu Tio falado, era para o seu pai. E isso ficou claro quando o seu Tio tomou suas forças e decidiu contar o que estava acontecendo.
- Álex, - disse tirando a enfermeira de lado enquanto ela segurava a máscara de oxigênio - não quero repreender seu pai no leito de morte, mas também não quero deixar a ele de “mão beijada” tudo o que tenho, visto que poderia ter escolhido vir me ver, mas o orgulho de meu irmão passou a ele e nunca deu notícias de onde estava. Tão perto e tão longe ao mesmo tempo. Por isso mandei que lhe chamasse.
Todos agora estavam mais perto da cama esperando para que tudo o que fora escrito no testamento do velho, fosse realmente confirmado por ele ainda em vida e à frente de seu herdeiro.
- Me tornei rico, depois da morte de meu irmão. – continuava com a voz “arrastada”. - Reconstruí a fábrica que pegou fogo a “duras penas”. – disse e pegou novamente o inalador para ter acesso ao oxigênio que faltava em seus pulmões. – Vou deixar tudo para você. Filho de meu sobrinho, porque sei o que sofre em tudo o que faz e você não é culpado pelo que seu pai escolheu. Você não pode pagar pelo o que recai sobre você.
Perplexo, Álex ficou olhando para o seu Tio, viu que estava sendo amoroso ao fim de sua vida. Seu Tio sabia que Álex iria dar ao seu pai o que herdara, mas sabia que iria usar a sua herança também.
- Demorei muito para encontrar vocês e tudo o que vocês vivem. Eu sei. Tive que contratar detetives para saber onde estavam e descobrir o que passa em seu colégio, onde seu pai trabalha. – continuou ele. – Mas, Álex, não faça como seu pai. Não abandone a família, nunca!
Álex olhou para o seu pai com olhar repreensivo e seu pai abaixou a cabeça enquanto dava um passo para trás. Continuou a olhar silenciosamente para o seu Tio que retornou a sua imensa explicação inusitada.
- Então, Álex, espero que saiba usar o dinheiro e tudo o que irei deixar a você. Espero que sejam muito felizes, assim como fui. – ficou em silêncio apertando mão de seu sobrinho junto ao seu corpo, como havia ficado desde que Álex o cumprimentou, dando ainda mais o ar de despedida ao primeiro encontro. – Agora, me deixem descansar, pois falar me arranca meu último suspiro.
Assim se fez. Sebastião segurou pela última vez a mão de seu sobrinho e somente com o olhar se mostrou grato de ter conhecido ele, Álex concedeu-lhe a mesma forma de olhar, reciprocamente. Saíram todos do quarto, somente ficando o médico e suas ajudantes.
O Advogado disse que a morte era iminente e que iria arrumar os papéis para passar tudo ao jovem Álex e assim saiu. O Mordomo da casa se retirou para arrumar algo para os dois herdeiros comerem e se recostarem, pois poderia ser a morte de seu Tio em poucos minutos ou até em alguns dias.No meio da madrugada aconteceu o que já era esperado. O grande e extremamente rico Sr. Sebastião Oliviére havia completado seu ciclo neste mundo e assim morreu. Sebastião e seu filho foram acordados pelo mordomo e se levantaram rapidamente. O médico veio até eles depois que estes já estavam à frente do quarto do seu Tio.- Fizemos tudo o que nos foi possível para que ele morresse sem sofrimento. Embora sua doença já estivesse avançada. – disse ele em condolência aos familiares e herdeiros.- Sabemos que estivera presente em sua vida durante muito tempo e o quanto o
Álex sentou-se dentro do carro e olhou aquele painel a qual ficava sonhando todas as noites, como um sonho de consumo completamente irreal para ele. Trabalhando durante anos talvez pudesse comprar somente um carro usado com quilometragem alta. Tocou o volante com uma profunda paixão. Olhou para o seu pai que naquele momento estava entrando na Limusine, também olhando tudo aquilo com olhos tão brilhantes quanto o interior do carro.- Ei pai! – chamou Álex parando seu carro perto da porta da limusine. – Hoje não vou pra aula, como pode ver mesmo que quiséssemos não chegaríamos antes das 10 horas da manhã.- Sim, sim. Você está certo meu filho. Vou direto para casa e pegar sua mãe, nos encontramos no colégio? – disse ele.- Sim, sim. Você vai ficar com a mansão de Encantos Verdes, não é?- Tenho certeza que sim. &ndash
Abrindo a porta do elevador, uma imensa porta estava à sua frente. Colocou a mão na maçaneta e ela abriu suavemente, quase sem fazer barulho e o chão de pisos negros e reluzentes foi se abrindo à sua frente. Logo viu que seus funcionários o aguardavam. Esperavam por ele, um mordomo, duas cozinheiras e duas faxineiras. Cumprimentou a todos se apresentando e recebendo as apresentações em seguida. - Acho que gostaria de conhecer sua nova residência, não estou certo Sr. Olivier? – disse Frank, o mordomo, com aquela mesma entonação ao ter que mudar repentinamente o sobrenome que há tantos anos pronunciava em outra entonação. - Sim. Gostaria sim. – respondeu com Sofia e Cláudio à “tiracolo”. Frank, o Mordomo, começou a mostrar o grande apartamento. Por onde entraram, logicamente era a sala. Grande e com a vista inteira da cidade pela grande janela de vidro, de um canto a outro. Um sofá bem luxuoso e confortável estava posto diante um grande aparelho de TV, com tudo
Saíram dali e foram para o shopping da cidade para comprar coisas que achariam necessárias para a sua nova vida. Anteriormente, somente viam as vitrines e não possuíam condições para comprar roupas, tênis e outros acessórios. Um guarda-roupa novo é o que estavam pensando, mas, outros artefatos tecnológicos também. Pararam o carro dentro do estacionamento do shopping. O sorriso e a alegria, juntamente com a excitação de todos eles eram contagiantes. Se ninguém soubesse o que havia com eles, diriam na certa que eram jovens rebeldes e drogados. No momento em que entraram, pararam em uma loja de aparelhos eletroeletrônicos. Álex pediu para ver os computadores portáteis. Cláudio ficou ao seu lado. Sofia foi se entreter com os celulares de última geração. Logicamente, em toda a transição feita anteriormente a chegada de Álex à casa de Sebastião, seu Tio, tudo já havia sido arrumado. Com a entrega do testamento e com toda a esperada morte de seu Tio, tudo já estava
Na manhã seguinte, todos acordaram no horário que sempre era imposto. Álex viu seu mordomo entrar em seu quarto dizendo bom dia e abrindo a cortina da janela de seu quarto. - Você irá fazer isso sempre Frank? – perguntou ainda debaixo das cobertas. - Sim Senhor. Acaso não saiba, um mordomo cuida de seu patrão e em especial para que ele cumpra com todas as suas obrigações. Trabalho, reuniões, ginásticas e entre outras responsabilidades. No seu caso especificamente, colégio! – disse ele sem restrições e com aquela pompa de luxo em seu serviço de despertador chato. Desceram todos e se encontraram na mesa do café. Álex estava vestido muito bem com roupas de grife, porém, todas elas ainda insistiam e demonstrar a rebeldia do jovem. Para a surpresa de todos, Sofia estava se vestindo praticamente igual, se não fosse pelos detalhes dos acessórios serem ligeiramente femininos. Mostrou que também era rebelde assim como seu irmão e demonstrando também quão bonita era, n
Começaram a andar em seguida. Riram de tudo o que estava acontecendo e foram encontrar com os irmãos de Álex. Todos eles estavam juntos em um canto, pela primeira vez isso acontecia. Afonso disse que iria para a casa de uns amigos novos e que gostou de tê-los conhecido. Fernanda estava a toda e nem queria ficar ali batendo papo com os irmãos. Logo algumas de suas amigas vieram para chamá-la, o que em resposta aos seus irmãos disse que iria “tratar de sua vida social no colégio”, pois tudo havia mudado agora. Sofia contou sobre o que aconteceu a ela e disse que achou ridícula a atitude daquela garota. Estava começando a colocar para fora tudo o que sempre havia guardado. Mostrou-se ser sempre uma garota forte em conversas e argumentos com seu irmão, o que agora, estava começando a eclodir essa personalidade para os outros e principalmente no colégio. Antes, apenas em casa se colocava fortemente em relação a algo ou argumentação com sua família. - Bom! E agora? – pergu
Já era por volta das 11 horas da noite de uma bela terça feira. Em alguns momentos as pessoas estariam esperando na fábrica abandonada, onde iria acontecer uma corrida imprevisível. Álex terminava de sair de seu quarto e encontra com Cláudio sentado ao sofá da sala da grande cobertura. Sofia estava com ele. - E o que acha que vai acontecer Sofia? – perguntou Cláudio sem ao menos perceber a chegada de Álex. - Não sei Cláudio. Mas, espero sinceramente que meu irmão vença. Ao mesmo tempo, espero que pare por aí essa vingança. É só o que tenho medo. – disse Sofia. - Você não entende, não é? – disse Álex se mostrando presente logo atrás deles. - É assim que eu penso Álex. Desculpe-me se eu penso de forma diferente de você! – disse Sofia se levantando e os dois viram que ela estava de pijama. – Já está bom! – disse ela quando passava perto de Álex. – Somos ricos e temos tudo o que sempre desejamos e o que desejarmos podemos comprar! Não importa mais esses c
Os jovens ficaram ainda um bom tempo ali. A maioria deles, que ficaram até o fim, se tornaram amigos de Álex, embora não tinham nenhum problema com a turma de Jeff. Álex e Cláudio entraram em seu carro e foram em comboio embora com todos os novos amigos. Rumaram para o centro e cada um que virava para ir embora dava sinais com as setas e buzinas. Chegaram ao prédio e entraram. O carro realmente era barulhento ao extremo naquela garagem, de forma que riram achando que tinham acordado a todos os moradores. Tomaram o elevador e assim que chegaram foram recepcionados por Sofia que acabara de acordar, fazendo-se certeira a afirmação na garagem. - Como foram? Venceram? – disse com voz de sono e um bocejar. - Sim! Ganhamos! – disse Cláudio mais empolgado do que Álex. - Legal! Vou dormir, amanhã tem aula. Boa noite! – disse a irmã, mais desanimada do que um “domingo”. - Álex! Estou cismado. – disse Cláudio enquanto seguia Alex até a cozinha. – Ou você