Os jovens ficaram ainda um bom tempo ali. A maioria deles, que ficaram até o fim, se tornaram amigos de Álex, embora não tinham nenhum problema com a turma de Jeff.
Álex e Cláudio entraram em seu carro e foram em comboio embora com todos os novos amigos. Rumaram para o centro e cada um que virava para ir embora dava sinais com as setas e buzinas. Chegaram ao prédio e entraram. O carro realmente era barulhento ao extremo naquela garagem, de forma que riram achando que tinham acordado a todos os moradores. Tomaram o elevador e assim que chegaram foram recepcionados por Sofia que acabara de acordar, fazendo-se certeira a afirmação na garagem.
- Como foram? Venceram? – disse com voz de sono e um bocejar.
- Sim! Ganhamos! – disse Cláudio mais empolgado do que Álex.
- Legal! Vou dormir, amanhã tem aula. Boa noite! – disse a irmã, mais desanimada do que um “domingo”.
- Álex! Estou cismado. – disse Cláudio enquanto seguia Alex até a cozinha. – Ou você
Continuaram a conversar com o barman sobre os frequentadores do clube e que estudavam no mesmo colégio que eles. Descobriram, afinal, que a maioria dos alunos do colégio eram frequentadores assíduos do clube. Em si, a conversa tomou outros rumos e Álex permaneceu quieto e apenas demonstrava ouvir a conversa entre Cláudio e Sérgio. - Você está armando alguma coisa aí dentro de sua cabeça, não é Álex? – perguntou Cláudio. - Estou apenas pensando. – retrucou Álex. – Vamos dar uma volta por aí? – finalmente decidiu-se. Chamaram Sofia que ainda estava na piscina conversando com algumas garotas e alguns garotos. Talvez contando por que era tão quieta na escola ou conversando outros assuntos não interessantes. Chegando à portaria, um dos seguranças já o reconheceu como sendo o dono daquele clube, dizendo: - Me desculpe Senhor! É o Sr. Alexandre Oliviére? - Olivier! – retrucou Álex. - Me desculpe, mas já fiquei sabendo que é o novo pro
Esperando Sofia aparecer, agora com os mesmos trajes que Álex, Cláudio ainda perguntava a ele o que estava tramando ainda sentados nos grandes sofás da sala da cobertura. Sofia aparece e pegam o elevador. Cláudio, não obteve resposta até o momento que desceram para a garagem do prédio. Somente um sorriso “endiabrado” via-se ao rosto de Álex. Chegando novamente no sexto andar, Douglas, agora acompanhado de sua mãe, entrou no elevador. - E aí pessoal? – disse ele com esnobe total e sua mãe fechou a cara. – Viram como seu carro fica feio perto dos carrões importados que chegaram hoje? – disse ele em tom de sarcasmo. - O seu Golf também ficou bem feinho perto deles, não é? – disse Cláudio gargalhando. - Vocês podem até terem dinheiro suficiente para morar nesse prédio! – disse a mãe de Douglas mostrando de onde ele puxou aquele jeito afetado. – Mas, como meu filho disse, o seu carro não pode parar aqui dentro! Faz muito barulho e acorda a todos qu
- Poxa vida Álex! Você fez tudo parecer perfeito! – disse Cláudio ainda saindo do clube. - Não Cláudio, ainda não acabou! Está somente começando! Vai ver! – disse entrando no carro e Sofia ao seu lado. Sérgio foi com Cláudio no outro carro. Chegando ao bar em que costumavam jogar sinuca, Sérgio começou a conversar com Álex também. - Álex! Você é louco assim mesmo ou somente quer chamar a atenção? - Que isso Sérgio! Sou assim mesmo. – disse ficando em silêncio em seguida. – É que na verdade Sofia e eu sempre fomos de família humilde. Simples mesmo. Fomos humilhados durante muito tempo dentro do colégio. – disse já quase na entrada do bar. – Me tornei rico depois que meu pai fez as pazes com o meu Tio. Não sabia que a família Oliviére sempre foi “cheia da grana”. Mas, deixa isso para lá! Vamos curtir um pouco hoje! – disse dando tapinhas no ombro de Sérgio. – O que prezo é a simples e verdadeira amizade. E todos respeitando todos como são. Curti
No outro dia Álex estava muito quieto e pensativo, quase não falou na mesa do café, somente o essencial. Terminaram e desceram, pegaram a Cadillac Escalade e os três foram para o colégio. Lá chegando, Álex encontrou com Douglas que agora parecia muito diferente do que era antes. Nem andava mais tão almofadinha. - Oi Álex! – falou ele secamente. - E aí? – respondeu Álex. - Falou com ela? – perguntou Douglas. - Não! Ela nem quis falar comigo. Eu vacilei mesmo nessa, não é? – disse Álex visivelmente triste. - É! Eu sei. Depois daquilo tudo que disse. – falou Douglas se afastando de Álex. Logo, Rose chega com Marcela. Álex percebe e vai atrás, Cláudio mais atrás os observa. - Rose! – chama Álex, mas Rose continua andando. – Rose! Por favor, espera! - Álex! Deixe-me em paz! Você já não falou o suficiente do que acha de mim? Ou quer acrescentar mais alguma coisa? – falou Rose virando e ficando cara a cara com Álex. -
Álex acordou com o telefone tocando durante a madrugada na pequena casa da família Olivier. Levantou assustado e saiu do quarto onde dividia com mais um pequeno irmão de oito anos de idade, 10 anos mais novo que ele. Afonso era um daqueles moleques “endiabrados” e quando acordou, também com o barulho do telefone tocando, já foi logo perguntando “quem deveria ser o desavisado que ligaria a essas horas”. Logo que foi para a sala, seu pai, Sebastião Olivier, atendia ao telefone com “cara” de sono. Sua mãe, Fátima, já estava de pé, com as duas filhas também a “tiracolo”. Sofia, a mais velha com 17 anos e Fernanda, a anterior a Afonso, que tinha 12, quase completando 13 anos. - Alô! – disse o patriarca da família. – Quem fala? ... Sim, ele mesmo! Pois não! – ia dizendo, o pai, olhando para todos que gostariam de estar escutando também o que estava sendo falado ao telefone. – Sim, é meio tarde, mas de manhã eu estarei aí... Sim, até logo! Obrigado! Sebastião deslig
No outro dia logo cedo, Sebastião, o patriarca da família, avisou ao colégio que deveria fazer uma viagem inesperada por motivos familiares para a cidade vizinha, uns cem quilômetros de distância. Todos os filhos acordaram e foram tomar café. Fernanda e Afonso brigavam todos os dias enquanto dividiam a mesa, as cadeiras, a faca, a manteiga e o pão. Sofia arrumava seus cadernos de acordo com seu horário no colégio e sempre se vestia de forma simples. Fernanda já não fazia o mesmo. Embora não possuísse muitas roupas, gostava muito de fazer seus artefatos de enfeite com miçangas e lantejoulas, o que sempre a levava a arrumar suas peças de vestuário. No fim, gostava de improvisar algo novo com suas roupas velhas. Afonso não sabia e muito menos queria saber de algo. Jamais fazia distinção entre seus amigos, e, por isso, sempre era convidado para ir brincar na casa deles, sempre com o bom e o melhor de tudo que todos os seus amigos possuíam. Era “endiabrado” e as “artes” que costumava faz
Acabando a aula naquele fatídico dia, dentro e fora de sua casa, Álex foi um dos primeiros a sair do colégio. Nem mesmo esperou pelos irmãos como sempre o fazia. Por pouco também Cláudio não ficou para trás. - Ei Álex! Saiu correndo hoje do colégio hein? – disse Cláudio ofegante o alcançando numa esquina um pouco à frente do colégio. - Pois é. Hoje esse cara me tirou do sério. – disse ele falando de Jeff. - Não liga para eles. São uns otários que se acham melhores do que todo mundo. – fizeram silêncio e voltaram a caminhar. – Ei! Fiquei sabendo que hoje tem uma balada interessante. Vamos? - Poxa Cláudio! Sabe que não tenho dinheiro pra esse tipo de programa! Mas, uma cervejinha talvez role. - Beleza! Já tenho os dois ingressos aqui. Quando receber você me paga! Os dois riram da situação e continuaram a andar. Logo Cláudio foi para a sua casa e Álex foi para a sua. Álex chegou a sua casa e sentou-se ao pequeno sofá da sala, escu
Álex entrou no ônibus depois de fazer um lanche rápido em um estabelecimento dentro da rodoviária. No caminho, ficou pensando em tudo novamente e como aquilo o que aconteceu no colégio o deixava cada vez mais irritado. Lembrou-se também de seu “subemprego”, porque realmente o que fazia na empresa de materiais de construção não era mesmo um emprego. Trabalhava para o Sr. Costa que era um daqueles velhos chatos que tinha uma loja com uma fachada antiga. Justamente muito parecida com o dono. Uma passada no pensamento pela Rose também foi incondicional. Sempre em momentos que não havia nada para fazer dentro de seu trabalho, o pensamento buscava o rosto magnífico de Rose. Chegando à rodoviária de Aplanador, Álex desceu e logo em seguida já encontrou com seu pai. - Fez boa viagem Álex? – disse ele com uma cara animada para uma notícia de velório. - Sim pai. Foi tranquila. O que está acontecendo para que eu tivesse que perder um dia de trabalho para vir até