O Advogado disse que a morte era iminente e que iria arrumar os papéis para passar tudo ao jovem Álex e assim saiu. O Mordomo da casa se retirou para arrumar algo para os dois herdeiros comerem e se recostarem, pois poderia ser a morte de seu Tio em poucos minutos ou até em alguns dias.
No meio da madrugada aconteceu o que já era esperado. O grande e extremamente rico Sr. Sebastião Oliviére havia completado seu ciclo neste mundo e assim morreu. Sebastião e seu filho foram acordados pelo mordomo e se levantaram rapidamente. O médico veio até eles depois que estes já estavam à frente do quarto do seu Tio.
- Fizemos tudo o que nos foi possível para que ele morresse sem sofrimento. Embora sua doença já estivesse avançada. – disse ele em condolência aos familiares e herdeiros.
- Sabemos que estivera presente em sua vida durante muito tempo e o quanto o ajudara nesse momento de difícil luta. Somos agradecidos por tudo Doutor. – disse Sebastião, o pai, também condolente.
- Ele deu instruções para que seu sepultamento fosse feito assim que possível à sua morte. – disse o médico. - Dizia que não havia o porquê ser velado, pois não haveria muitas pessoas que se interessariam em ver seu sepultamento. Embora amoroso com todos, não havia mulher, filhos ou amigos tão próximos quanto seus próprios funcionários dessa casa e das outras que possuía. – terminou.
- Espero que seja feito assim como ele disse. – concluiu Álex um pouco afastado e olhando pela grande janela, já vendo o sol nascer ao meio das nuvens nubladas, deixando àquele dia um pouco mais triste.
Em seguida do momento da morte, tudo começou a ser arrumado para que fosse possível o sepultamento, que seria realizado no cemitério da cidade. Não muito tempo depois, um belo carro da funerária parou em frente à grande casa. Logo, um cortejo com os funcionários em seus carros foi atrás do carro funerário. Simples foi esse sepultamento. Não havia muitas pessoas, nem mesmo muitas flores. Somente um padre fez um discurso simples de sepultamento e assim o caixão lentamente foi descendo para o seu lugar eterno.
Marcavam quase 9 horas de uma manhã fria e com aquela chuva fina, que hora aparecia hora se escondia. Sebastião e seu filho foram novamente para a grande mansão. Álex começou a andar pelos grandes jardins, mesmo sobre a fraca chuva que caia naquele momento. Percebeu o quão imenso era aquela propriedade. Na parte atrás da casa havia uma piscina e um pequeno, porém não modesto, local para pessoas sentarem em mesas e bancos de madeira para apreciar um delicioso Buffet ou churrasco. Do outro lado, um lugar onde se guardava os apetrechos da piscina bem como uma ampla lavanderia e uma sauna. Um pouco mais a frente havia um campo gramado que dava finalmente a um campo de futebol impecável.
Ao lado da casa, uma grande garagem e ao outro um heliporto e, diga-se de passagem, com um grande helicóptero parado ali. Tudo isso chamou muito a atenção de Álex, visto que também viu muitos funcionários andando de um lado para o outro. Um deles, por volta da hora do almoço, veio o chamar dizendo que seu pai e o Advogado estavam esperando para o almoço e para a leitura do testamento.
Álex prontamente foi ao encontro de seu pai e o advogado sendo guiado pelo funcionário que o havia chamado. Entrou pela parte de trás da casa onde se viu dentro da grande cozinha. Várias cozinheiras ainda trabalhavam, pois, quer queira quer não, o almoço não seria servido simplesmente para os três, mas, para todos os funcionários da casa. Saíram logo em seguida na parte de baixo onde havia alguns salões, um deles era onde estaria sendo servido o almoço.
Sentaram-se assim que Álex chegou e foi servido o almoço de forma magnífica. Nada de muito importante foi conversado à mesa, visto a pouca intimidade que tinham com o advogado de seu Tio. O que depois começou a ser necessário visto a necessidade de Álex entrar sistematicamente em alguma situação inusitada, como posteriormente iremos ver, o advogado de seu Tio começou a fazer parte da família. Como dito, já era de se esperar. Logo em seguida ao almoço, foram levados para outro cômodo parecido com um escritório, porém muito luxuoso. Era decorado com madeira de lei nas paredes e os móveis também eram deste mesmo material. Tinha um ar escuro, porém de grande bom gosto e luxo. O Advogado fez questão de se sentar do outro lado da mesa e Álex e seu pai, nas duas cadeiras à frente da mesa.
- Bom Sr. Álex e Sr. Sebastião. – disse o advogado friamente. - Venho servindo ao Sr. Sebastião Oliviére há pelo menos trinta anos e sei muito bem como era simples em sua vida. Porém, acumulou muitas riquezas e gastou também.
- Ih! Já estou vendo que agora vem a “pedrada”! – disse Álex olhando para o seu pai sem pestanejar. - Vai ter que vender tudo e o que sobrar ainda vai ter que pagar o velório. – terminou.
- Cale a boca menino! Tenha respeito pelo seu Tio que acabou de morrer! – disse Sebastião dando um belo tapa no braço do menino e olhando em seguida para o advogado para que prosseguisse.
- Pois bem. – disse o advogado meio constrangido com a situação. Ajeitou a voz num pigarrear sonoro. – Continuando. – disse recolocando os óculos e baixando o olhar para o testamento sobre a mesa. – “Sebastião Oliviére, nascido em 17 de junho de 1934, residente na Rua Pedro Dias Fonseca, nº 556, referente a esta propriedade, por este testamento, deixa escrito sua vontade, para que seu Sobrinho Alexandre Olivier, residente na cidade de Encantos Verdes, recém-achado, juntamente com seu pai Sebastião Olivier...”
Toda aquela “lenga lenga” foi deixando cada vez mais entediado o nosso jovem rapaz. Seu pai, no entanto, tinha um belo brilho em seu olhar, resumindo a sua esperança em que algo ainda restasse de seu Tio para mudar de vez a família Olivier.
- Deixo então todos os meus bens, imóveis e móveis, bem como minha conta bancária e seu saldo e outros contratos que por motivos de saúde não foram assinados e, por isso, não constam neste testamento.
- Sério? – Álex levantou-se de sua posição quase que deitado na cadeira e sentou-se melhor como se assim fosse possível melhorar a sua audição. – Ele deixou alguma coisa mesmo? – engoliu seco.
- Sim jovem Álex e não sei se prestou a devida atenção. - disse o advogado baixando os óculos para melhor enfatizar. – Deixou tudo a você.
- Que velho sem vergonha! – disse Álex batendo a mão no braço da cadeira a qual estava sentado. – Ele nos enganou direitinho que não tinha dinheiro! – terminou sorrindo e olhando para o seu pai que nesse momento encolheu-se na cadeira e pôs a mão ao rosto cobrindo sua vergonha.
Engolindo a seco toda aquela diferença de comportamento, o advogado fez sinal de negativo com a cabeça, pois mesmo assim, o Sr. Sebastião por tanto tempo fora seu patrão e amigo e, por isso, ainda havia o respeito a ele.
- Continuando. “Deixo os imóveis: Mansão na cidade de Aplanador.” Esta a qual estamos por sinal. “E uma mansão na cidade de Encantos Verdes nas mesmas proporções desta.” – disse ele com cara carrancuda olhando para o entendimento de Álex. – “Prédio de Apartamentos de luxo na cidade de Encantos Verdes, denominado Flat Oliviére, a qual a cobertura de dois andares era o apartamento a qual Sr. Oliviére usava em finais de semana.”
Nesse momento os olhos dos dois começaram a brilhar. Somente a casa valeria milhões. Com o prédio, que já tinham ideia de qual era, também sabiam que poderia valer muito dinheiro. Mas, não acabaria somente por aí.
- “Mais uma casa em Los Angeles, outra em Paris, outra em Veneza. Todo o seu valor bem como o seu tamanho está no documento anexado ao testamento que será entregue a você no final desta reunião.”
- Meu Deus! – disse Álex pasmo.
Seu pai também ainda não conseguiu “digerir”. Tudo o que pensaram a respeito de seu Tio e que se havia falado que estava falido era de uma mentira deslavada. Com tanto, tudo isso também era demais para eles. Cada casa no mínimo valeria de quatro a vinte e cinco milhões de reais. Fato esse que mudaria em tudo a família Olivier.
- “Para meu sobrinho deixo os seguintes automóveis.” – disse o advogado. – “Um Mustang preto ano 2010. Um Dodge RT 77. Maverick 74.”
- Meu Deus! – mais uma vez interrompeu Álex, agora se levantando da cadeira e com a mão a boca e outra na cintura, como se realmente não estivesse acreditando no que estava acontecendo.
- Cale a boca! – disse seu pai diferentemente agora e com curiosidade do que mais viria.
- “Porsche Cayman S, Porsche Panamera, Porsche Boxster e um Porsche Cayenne GTS.”
- Caramba? – disse Álex sentando novamente e percebendo que ainda iria tomar muitos sustos.
- Podemos continuar meus senhores? – perguntou o Advogado não gostando de toda aquela situação.
- Sim, sim. Prossiga. – disse Álex agora sentando com a cabeça recostada, olhando para o teto e sorrindo continuamente.
- Continuando. – falou o advogado ainda olhando para aquelas duas figuras indistintas à sua frente. – “Um pick-up Range Rover Supercharged, esta que está à frente da casa e você já pode observar, uma Cadilac Escalade, e uma BMW X6.”
Álex começava a rir deselegantemente com tudo aquilo que estava escutando fazendo novamente o advogado parar a leitura.
- Por que está rindo? – perguntava seu pai. – Esses carros são bons? – perguntava olhando para seu filho que gargalhava com tudo aquilo e nem estava prestando atenção à suas perguntas, repetiu a pergunta ao advogado também ficando sem resposta por encontrar a cara carrancuda.
- Continuando. - disse ele mais uma vez olhando por sobre os óculos. – “Uma coleção de Audi. Coleção de Mercedes.” – parou a leitura e olhou para os dois sentados à sua frente.
Sebastião sabia que tudo aquilo era muito valioso, mas não sabia realmente de quanto estavam falando. Mas, Álex, já estava deitando ao chão. Sabia muito bem o que valia aquela grande coleção e por isso, deitado ao imenso tapete, agradecia a Deus e seu Tio por tudo aquilo.
- Pra fechar a coleção de automóveis. – disse o advogado bufando no final da frase como se estivesse incomodado de fazer aquela leitura e fazendo com que Álex começasse a ficar tenso.
- Não acredito! – disse ele se sentando. – Será que ele têm...
- Sim. “Uma coleção com oito Ferraris que depois pode conferir na garagem da casa.”
- Meu Deus eu não acredito! Eu te amo Tio Oliviére. Eu te amo Tio Oliviére! – dizia Álex pulando pela sala, dançando e por final ajoelhando-se num último resquício de tentar agradecer seu Tio que nem mesmo conheceu direito. Seus olhos estavam marejados de tanta felicidade que estava tendo em receber aquela herança “milagrosa”.
- Ainda não terminamos. – disse a voz engasgada do advogado, fazendo os dois se sentarem, porém ainda meio aturdidos com tamanha surpresa. – “Bem, terminando, ainda temos duas limusines, uma branca e uma preta. Um hangar na cidade de Encantos Verdes, com um Helicóptero e um Jato particular.”
Neste momento, fechando com “chave de ouro”, Álex e seu pai ficaram quietos e maravilhados, agora entendendo o quanto seu Tio Oliviére era rico. Um milionário colecionador de carros com muito bom gosto.
- Agora, vamos entrar nas propriedades em que ele ganhava esses valores. – disse o advogado mudando de pasta. - Sebastião Oliviére era um empresário de mão cheia. Muitas de suas fábricas começaram do zero e se tornaram multimilionárias. Assim que soube de sua doença e sabendo que suas fábricas não teriam mais o prazer de sua presidência, ele decidiu vender todas. Assim, somadas, temos um valor total de 2,68 bilhões de dólares depositados numa conta a qual já está em seu nome Sr. Álex.
O silêncio e os olhos arregalados dos dois não eram para serem diferentes. Os arrepios subiam e desciam o corpo inteiro dos dois Olivier ali sentados. O Sr. Advogado entendeu muito bem o que havia acontecido ali naquela sala e pediu para que os funcionários da casa trouxessem água para que eles pudessem se acalmar. Assim, depois de alguns minutos e que conseguiram se acalmar, Álex deu uma sugestão.
- Sr. Advogado? – disse Álex como que alguém recobrando a consciência.
- Péricles, pode me chamar de Péricles. – disse ele.
- Bem Sr. Péricles. Tive uma ideia e acho que deveria dizer.
- Sim meu jovem. Estou à sua disposição, mesmo porque com todo esse dinheiro, eu ainda tenho um vínculo com sua família, não é verdade?
- Sim, sim... Eu entendo. Então na verdade é o Sr. quem faz os pagamentos de todos os funcionários, não é?
- Sim! Perfeitamente! Vejo que é um garoto muito inteligente! Sou eu mesmo. – respondeu ele. – Onde está querendo chegar filho?
- Bem. Gostaria de continuar a ter os seus serviços, pois não conheço muito desse negócio de ser rico. Ou melhor, bilionário. – disse e riu-se, olhando para o pai e o advogado, os dois notaram que ele estava a fazer a coisa certa. – Pois então. Gostaria que abrisse uma conta bancária para o meu pai e transfira esses 680 milhões para essa conta. Assim ficamos meio que, “independentes”. – falou e riu.
Seu pai gostou muito desse gesto e o Advogado, Sr. Péricles, sorriu diante da acertada decisão do jovem Álex e fez exatamente assim.
Sábado foi um dia inusitado para os dois Olivier que se tornaram “Oliviére”, ou melhor, somente voltaram a ser o que eram. Muito aconteceu recordando este final de semana. Na sexta-feira, Álex teve que ir ao encontro de seu pai na cidade de Aplanador. Conheceu o seu Tio e ele deixou toda a fortuna que possuía para o pobre rapaz. Na madrugada, ele morreu e foi enterrado no sábado de manhã. À tarde de sábado foi para que os dois digerissem tudo que aconteceu e para que também fizessem planos para o futuro nada desagradável que iriam desfrutar dali para frente. O domingo passou-se tranquilo. Sebastião ligou para sua esposa e contou as novidades, porém não tudo. No outro dia, segunda-feira bem cedo, arrumaram-se para ir embora. Álex somente pediu para que tirasse o Mustang Preto. E seu pai a Limusine Branca. Os funcionários já haviam sido apresentados no domingo a eles e assim foram para Encantos Verdes.
Álex sentou-se dentro do carro e olhou aquele painel a qual ficava sonhando todas as noites, como um sonho de consumo completamente irreal para ele. Trabalhando durante anos talvez pudesse comprar somente um carro usado com quilometragem alta. Tocou o volante com uma profunda paixão. Olhou para o seu pai que naquele momento estava entrando na Limusine, também olhando tudo aquilo com olhos tão brilhantes quanto o interior do carro.- Ei pai! – chamou Álex parando seu carro perto da porta da limusine. – Hoje não vou pra aula, como pode ver mesmo que quiséssemos não chegaríamos antes das 10 horas da manhã.- Sim, sim. Você está certo meu filho. Vou direto para casa e pegar sua mãe, nos encontramos no colégio? – disse ele.- Sim, sim. Você vai ficar com a mansão de Encantos Verdes, não é?- Tenho certeza que sim. &ndash
Abrindo a porta do elevador, uma imensa porta estava à sua frente. Colocou a mão na maçaneta e ela abriu suavemente, quase sem fazer barulho e o chão de pisos negros e reluzentes foi se abrindo à sua frente. Logo viu que seus funcionários o aguardavam. Esperavam por ele, um mordomo, duas cozinheiras e duas faxineiras. Cumprimentou a todos se apresentando e recebendo as apresentações em seguida. - Acho que gostaria de conhecer sua nova residência, não estou certo Sr. Olivier? – disse Frank, o mordomo, com aquela mesma entonação ao ter que mudar repentinamente o sobrenome que há tantos anos pronunciava em outra entonação. - Sim. Gostaria sim. – respondeu com Sofia e Cláudio à “tiracolo”. Frank, o Mordomo, começou a mostrar o grande apartamento. Por onde entraram, logicamente era a sala. Grande e com a vista inteira da cidade pela grande janela de vidro, de um canto a outro. Um sofá bem luxuoso e confortável estava posto diante um grande aparelho de TV, com tudo
Saíram dali e foram para o shopping da cidade para comprar coisas que achariam necessárias para a sua nova vida. Anteriormente, somente viam as vitrines e não possuíam condições para comprar roupas, tênis e outros acessórios. Um guarda-roupa novo é o que estavam pensando, mas, outros artefatos tecnológicos também. Pararam o carro dentro do estacionamento do shopping. O sorriso e a alegria, juntamente com a excitação de todos eles eram contagiantes. Se ninguém soubesse o que havia com eles, diriam na certa que eram jovens rebeldes e drogados. No momento em que entraram, pararam em uma loja de aparelhos eletroeletrônicos. Álex pediu para ver os computadores portáteis. Cláudio ficou ao seu lado. Sofia foi se entreter com os celulares de última geração. Logicamente, em toda a transição feita anteriormente a chegada de Álex à casa de Sebastião, seu Tio, tudo já havia sido arrumado. Com a entrega do testamento e com toda a esperada morte de seu Tio, tudo já estava
Na manhã seguinte, todos acordaram no horário que sempre era imposto. Álex viu seu mordomo entrar em seu quarto dizendo bom dia e abrindo a cortina da janela de seu quarto. - Você irá fazer isso sempre Frank? – perguntou ainda debaixo das cobertas. - Sim Senhor. Acaso não saiba, um mordomo cuida de seu patrão e em especial para que ele cumpra com todas as suas obrigações. Trabalho, reuniões, ginásticas e entre outras responsabilidades. No seu caso especificamente, colégio! – disse ele sem restrições e com aquela pompa de luxo em seu serviço de despertador chato. Desceram todos e se encontraram na mesa do café. Álex estava vestido muito bem com roupas de grife, porém, todas elas ainda insistiam e demonstrar a rebeldia do jovem. Para a surpresa de todos, Sofia estava se vestindo praticamente igual, se não fosse pelos detalhes dos acessórios serem ligeiramente femininos. Mostrou que também era rebelde assim como seu irmão e demonstrando também quão bonita era, n
Começaram a andar em seguida. Riram de tudo o que estava acontecendo e foram encontrar com os irmãos de Álex. Todos eles estavam juntos em um canto, pela primeira vez isso acontecia. Afonso disse que iria para a casa de uns amigos novos e que gostou de tê-los conhecido. Fernanda estava a toda e nem queria ficar ali batendo papo com os irmãos. Logo algumas de suas amigas vieram para chamá-la, o que em resposta aos seus irmãos disse que iria “tratar de sua vida social no colégio”, pois tudo havia mudado agora. Sofia contou sobre o que aconteceu a ela e disse que achou ridícula a atitude daquela garota. Estava começando a colocar para fora tudo o que sempre havia guardado. Mostrou-se ser sempre uma garota forte em conversas e argumentos com seu irmão, o que agora, estava começando a eclodir essa personalidade para os outros e principalmente no colégio. Antes, apenas em casa se colocava fortemente em relação a algo ou argumentação com sua família. - Bom! E agora? – pergu
Já era por volta das 11 horas da noite de uma bela terça feira. Em alguns momentos as pessoas estariam esperando na fábrica abandonada, onde iria acontecer uma corrida imprevisível. Álex terminava de sair de seu quarto e encontra com Cláudio sentado ao sofá da sala da grande cobertura. Sofia estava com ele. - E o que acha que vai acontecer Sofia? – perguntou Cláudio sem ao menos perceber a chegada de Álex. - Não sei Cláudio. Mas, espero sinceramente que meu irmão vença. Ao mesmo tempo, espero que pare por aí essa vingança. É só o que tenho medo. – disse Sofia. - Você não entende, não é? – disse Álex se mostrando presente logo atrás deles. - É assim que eu penso Álex. Desculpe-me se eu penso de forma diferente de você! – disse Sofia se levantando e os dois viram que ela estava de pijama. – Já está bom! – disse ela quando passava perto de Álex. – Somos ricos e temos tudo o que sempre desejamos e o que desejarmos podemos comprar! Não importa mais esses c
Os jovens ficaram ainda um bom tempo ali. A maioria deles, que ficaram até o fim, se tornaram amigos de Álex, embora não tinham nenhum problema com a turma de Jeff. Álex e Cláudio entraram em seu carro e foram em comboio embora com todos os novos amigos. Rumaram para o centro e cada um que virava para ir embora dava sinais com as setas e buzinas. Chegaram ao prédio e entraram. O carro realmente era barulhento ao extremo naquela garagem, de forma que riram achando que tinham acordado a todos os moradores. Tomaram o elevador e assim que chegaram foram recepcionados por Sofia que acabara de acordar, fazendo-se certeira a afirmação na garagem. - Como foram? Venceram? – disse com voz de sono e um bocejar. - Sim! Ganhamos! – disse Cláudio mais empolgado do que Álex. - Legal! Vou dormir, amanhã tem aula. Boa noite! – disse a irmã, mais desanimada do que um “domingo”. - Álex! Estou cismado. – disse Cláudio enquanto seguia Alex até a cozinha. – Ou você
Continuaram a conversar com o barman sobre os frequentadores do clube e que estudavam no mesmo colégio que eles. Descobriram, afinal, que a maioria dos alunos do colégio eram frequentadores assíduos do clube. Em si, a conversa tomou outros rumos e Álex permaneceu quieto e apenas demonstrava ouvir a conversa entre Cláudio e Sérgio. - Você está armando alguma coisa aí dentro de sua cabeça, não é Álex? – perguntou Cláudio. - Estou apenas pensando. – retrucou Álex. – Vamos dar uma volta por aí? – finalmente decidiu-se. Chamaram Sofia que ainda estava na piscina conversando com algumas garotas e alguns garotos. Talvez contando por que era tão quieta na escola ou conversando outros assuntos não interessantes. Chegando à portaria, um dos seguranças já o reconheceu como sendo o dono daquele clube, dizendo: - Me desculpe Senhor! É o Sr. Alexandre Oliviére? - Olivier! – retrucou Álex. - Me desculpe, mas já fiquei sabendo que é o novo pro