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38 - À Espera das Horas Iguais

Toda escuridão se esvai e dá lugar a um vasto quarto branco com poucos cômodos, também brancos, o que me lembra hospital. Há aqui apenas uma cama redonda, duas poltronas, um abajur, um guarda-roupa aberto e vazio e uma janela com vista para o nada.

Nas paredes, vejo vários relógios marcando 22:22, todos eles.

Usando um grande roupão bege, Sebastian está com os braços para trás, unindo suas mãos defronte à janela, vislumbrando a grande massa branca de vazio.

– Esse é o fim? – Pergunto, aproximando-me dele.

– O que é fim? – Ele pergunta, sério e introspectivo.

– Uma despedida, talvez! – Afirmo e tento dar um sorriso por vê-lo em pé, sem ferimento e sem dor. Mas compreendo que é apenas uma memória falsa que estamos vivendo de forma atemporal.

– Ainda não... &nd

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