Um beijo apaixonado fala mais que milhões de palavras bonitas.
Um sentimento perigoso precisa ser vivido para que o sujeito se avigore a cada decepcionar.
Beijar o Sebastian sempre fora um desejo reprimido meu, mas que nunca ousei alimentar por medo da consequência que viria após.
Me apegar a alguém não é uma opção minha, sei quais são as feridas deixadas e não sei lidar com a dor... não a aceito. Ainda!
Aquele aroma gostoso de baunilha que senti quando conheci Sebastian, que mordia uma barrinha, agora transforma-se em gosto, que circula minha boca enquanto nos beijamos ferozmente. Prendo minha respiração diversas vezes e tudo que desejo é continuar saboreando-o, mas ele afasta-se, ofegante, segurando meu rosto, olhando em meus olhos.
– Não podemos... – Sussurra buscando fôlego. Quando Sebastian faz
O que estou sentindo agora é algo que vai além de todos os sentimentos que já suportei. Uma dor intensa que explode em meu coração, espalhando-se para todo o meu corpo, arrepiando-o.Raiva? Ira? Sim...Encaro Sebastian com nojo, repulsa, e a vontade que tenho agora é de estourar a sua cara. Sinto meu rosto arder, enrubescendo. Cerro os meus punhos com muita força... estou espumando e com a respiração pesada.– Como você tem coragem de me chamar assim depois de me usar? Como ousa falar comigo assim? Já não lhe basta a dor da rosa? – Pergunto fuzilando-o com os olhos.– O que aconteceu foi real! – Sebastian sussurra parecendo estar angustiado.– Real? – Pergunto em um sussurro misturado com um riso debochado.– Você não sentiu? – Ele pergunta se aproximando de mim.Vê-lo se aproxi
Juntos, deixamos o grande castelo. Não sei quando volto aqui, mas espero que breve e com a Lolita ao meu lado, sã e salva, feliz como é.Está de noite, um azul prússia se estende no céu sem nuvens e estrelas. Sinto um pouco de frio, mesmo sem vestígios de uma brisa qualquer.Caminho ao lado de Filipe, que, como de costume, segura meu braço, mantendo o meu ritmo de caminhada, já que reparei que anda muito rápido. Mais à frente, Dan e Dani cantarolam, Debby e Hipólito conversam e, vez ou outra, ouço-os rirem. Pergunto-me como eles encontram motivos para rirem, o que jamais vou aceitar. Sinto-me um pouco irritado com esses comportamentos, como se um deles não estivesse correndo perigo e outro os tivesse traído tristemente.Estamos atravessando a ponte de ouro e dou mais uma olhada para o castelo, depois para o vasto mar em busca de alguma sereia, especialmente a
Guerra? Tudo isso por causa de mim? É doloroso imaginar o que pode acontecer para finalmente chegarmos à paz. Lutar é consequência pela busca da felicidade e estou pronto para isso, mesmo tendo que derramar lágrimas pelas perdas.Não posso deixar que ela vença, não desta vez!O que me move é perguntar sempre qual é o sentido da vida. Todos dão seus próprios sentidos e, por isso, questiono-me qual sentido eu dou. É uma resposta tão difícil de se conseguir pôr para fora.Debby, após ouvir a notícia de Fran, olha para os seus colegas Guardiões e percebo do que se trata. Hipólito, que parece ser o mais veloz de todos, mesmo sendo uma serpente, se transforma e avança, voltando ao Castelo. Com toda certeza, para preparar e convocar o exército para uma batalha. Engulo em seco.– Precisamos adiantar
A grande aranha, neste momento, não tem nenhuma importância para mim, diferentemente do miúdo lobo cinzento. A raiva por Sebastian ao vê-lo aliado à grande vilã de Aurora faz todo o meu corpo estremecer. Meus olhos molhados o encaram e encontram o seu olhar misterioso.– Traidor... traidor... – Começo a sussurrar. – Imundo... nojento... traidor de merda. – A ira está me consumindo, sinto minha face arder, avermelhando-se, e o solo abaixo dos meus pés começa a tremer.Nenhum dos Guardiões se aproxima para ficar ao meu lado neste momento porque sabem que esse encontro é totalmente meu.Silêncio! É tudo que conseguimos ter. Não sinto minha respiração, apenas meus batimentos cardíacos acelerados. Sinto minhas lágrimas rolarem por minha face e toda raiva e fervor estou acumulando em meus punhos cerrados.Seba
Toda escuridão se esvai e dá lugar a um vasto quarto branco com poucos cômodos, também brancos, o que me lembra hospital. Há aqui apenas uma cama redonda, duas poltronas, um abajur, um guarda-roupa aberto e vazio e uma janela com vista para o nada.Nas paredes, vejo vários relógios marcando 22:22, todos eles.Usando um grande roupão bege, Sebastian está com os braços para trás, unindo suas mãos defronte à janela, vislumbrando a grande massa branca de vazio.– Esse é o fim? – Pergunto, aproximando-me dele.– O que é fim? – Ele pergunta, sério e introspectivo.– Uma despedida, talvez! – Afirmo e tento dar um sorriso por vê-lo em pé, sem ferimento e sem dor. Mas compreendo que é apenas uma memória falsa que estamos vivendo de forma atemporal.– Ainda não... &nd
Limpo minhas lágrimas incontroláveis e vejo que está sendo em vão. Levanto-me, deixando o corpo frio de Sebastian no chão. Olho-o pela última vez, soluçando, ergo meu olhar e, a minha volta, vejo o quão feia está sendo essa guerra por minha causa. Aliados abatidos, inimigos abatidos. Os guardiões estão travando uma batalha terrível com Verusca, a menina aranha que deseja me eliminar depois de acabar com Aurora.Eu matei Sebastian... ele agora se foi por minha causa. O que eu sou? Assassino? Traidor? Vilão?Começo a caminhar entre os corpos, sendo ignorado por todos.O que será desse lugar? Vamos perder? Fim? É dessa maneira que meu sonho acaba? É assim que tudo vira um pesadelo?Meu coração grita. Eu tento entender o que acontece comigo porque sempre deixei brechas para o ferirem. Sim, meu coração está a
Que cheiro é esse? Tento sentir melhor, mas há algo em meu nariz atrapalhando minha respiração. Que som é esse? São como bips de alguma máquina. Ouço as vozes dos meus pais conversando, e não brigando, o que é muito estranho. Tento abrir meus olhos, mas quando as pequenas brechas surgem, a claridade quase me cega, obrigando-me a desistir.Meu corpo parece não ser meu, não sinto nada... pesado, estou pesado, é isso. Tento me mover, mas as tentativas são em vão. O que está acontecendo? Meus dedos, consigo sentir algo apertando. Começo outra vez a tentar me mover e sinto que estou mexendo meus dedos, até que ouço um grito de minha mãe chamando pelo meu nome e segurando minha mão.– Nicholas?Ela está acariciando minha face? O que é isso molhado pingando em mim? Ela está chorando? Eu pr
Tudo que parece pode não ser o que realmente aparenta,mas pode se tornar tão real quanto o verdadeiro real.A história que conto aqui é um exemplo de como um garoto afundado em um sofrimento inexplicável busca formas para escapar de tamanha dor, até mesmo em um mundo fantástico.É um exemplo de projeção na morte, o que não conseguimos encontrar em vida. É uma forma fúnebre de expressão e uma afirmação de que não buscamos a morte, mas sim uma outra forma de viver.São tentativas não bem-sucedidas de rasgar a pele como caminho de libertação da dor que se instaura dentro de nós. É um grito no vazio, um caminhar no ar e uma cansativa busca pelo sentido e pela felicidade.Pensando nisso tudo, digo-vos...Não adicione em sua vida os cruéis obs