*Merydia* Ela estava sentada no chão de seu quarto, com as pernas cruzadas enquanto tentava fazer algumas pedras pequenas levitarem do chão. Mas até o momento, não havia conseguido nenhum progresso. Ela não entendia o que estava fazendo de errado, já havia lido todos os livros possíveis sobre feitiços na biblioteca. Ela se enricejeceu no chão, enquanto se esticava e afastava as pedras, brava consigo mesma. Até alguém bater na porta de seu quarto, algumas vezes. -- entre. -- logo em seguida, Castro adentrou no quarto. O macho vestia um lindo terno azul de cetim, e seus cabelos castanhos estavam penteados para trás. Merydia continou onde estava. -- não sabia que estava atrapalhando. -- não está. -- ela tentou lhe lançar um sorriso gentil, mas era difícil depois de ter ouvido tudo o que ele havia dito sobre Markus naquela noite. Ele se aproximou sorridente, sentando-se em uma cadeira ao lado dela. -- o que você está fazendo? -- ela se pôs de pé rapidamente. -- estava tentando
*Merydia* Quando Markus deixou aquelas palavras sairem, logo em seguida ele caiu na cama adormecendo em segundos. Deixando Merydia imóvel, enquanto aquela maldita frase recocheteava em sua mente. Ela tentou dormir ao lado dele, mas seu coração estava acelerado demais para tal. Logo ela decidiu sair do quarto, e subiu mais alguns lances de escada, chegando ao antigo quarto de sua mãe. Estava escuro demais, e logo ela pegou uma tocha para poder enxergar melhor. Ainda havia sua cama empoeirada e velha do outro lado do quarto, junto de alguns livros velhos. Sem demora, ela sentou-se do lado da cama de sua mãe, enquanto respirava fundo. -- mãe... O que eu faço? -- ela enfiou a cabeça no meio dos joelhos, completamente confusa com o que havia escutado de Markus. ****Quando acordou pela manhã, Merydia sentia um aperto estranho em seu coração. Ela não sabia bem como iria encarar Markus naquela manhã, logo ela resolveu se manter distante. Rapidamente ela
Canary estava na biblioteca do casarão, lendo dois últimos livros inúteis, quando ouviu a porta se abrindo. Não demorou muito para o ar imponente de Klaus, preencher todo o espaço da sala. Ele pareceu surpreso ao vê-la ali. -- não sabia que estava aqui. -- onde mais eu estaria? -- ele se aproximou. -- com Heloise, talvez? -- ela deu de ombros. -- queria ficar um pouco sozinha. -- ela continuou folheando os livros, Klaus se aproximou rapidamente e pegou o livro que ela lia. Canary se empertigou, quando seu olhar negro se voltou para ela. -- não há como escapar de meu controle, a não ser que eu deixe! -- ele cantarolou enquanto sentava-se na cadeira em frente a ela. Rapidamente Canary pegou o livro de suas mãos. -- quem sabe, talvez você esteja mentindo para mim. - o macho sorriu fitando a biblioteca. -- sabia que eu sempre quis ter uma biblioteca assim. -- ela o encarou. -- não há uma biblioteca no palácio? -- o rosto do macho ficou sério. -- sim, há! Mas eu não era permitid
Como um passe de mágica, o tempo havia passado extremamente rápido. Sem se dar conta, já havia um mês em que Canary estava naquele casarão. Um mês longe de Merydia, de Vahem... Ela sentiu seu coração apertado. Canary ergueu o braço e tocou levemente em sua meia lua, fazendo um leve círculo. Ela nunca havia se sentido tão distante de Vahem daquela forma. Ela estava deitada em sua cama, encarando o teto do quarto, respirando pesadamente. Quando ela ouviu um barulho estranho no corredor, rapidamente ela se pôs de pé e andou até a porta. Quando a abriu, ela avistou Klaus entrando naquele quarto secreto onde ele se prendia. O macho estava cambaleando, ele parecia prestes a desabar. Logo ele abriu a porta, e adentrou, sumindo de suas vistas. Canary se empertigou, ela não deveria segui-lo, ela sabia que não. Mas sua teimosia venceu, quando ela saiu do quarto e rumou naquela direção. Ela subiu aquele pequeno lance de escadas, e avistou Klaus mais a frente daquelas pilastras de ferro e cor
Canary não queria pensar no que havia acontecido aquela noite, e então por uma boa razão, ela resolveu ficar longe de Klaus durante todo o resto daquele dia. Mesmo com o macho a convidando para comer, por meio de Heloíse. Mas ela se recusou e se manteve em seu quarto, até que de fininho ela desceu novamente até a biblioteca e leu o último livro, que poderia conter algo para ajudá-la a se livrar de seu controle mental. Mas como todos os outros, falava que apenas quem havia feito o encantamento, poderia desfazê-lo, furiosa ela arremessou o livro contra a parede, que acabou batendo em Heloise.-- me atacando com um livro? -- Canary bufou nervosa. -- quero ficar sozinha, se não for incomodo Heloíse. -- a jovem fêmea deu de ombros, enquanto recolhia o livro do chão e se aproximava de Canary. -- quer socar alguma coisa? -Canary negou com a cabeça. -- só quero ficar só. -- ela sentou-se na cadeira, encarando todos aqueles livros inúteis. Heloise deu a volta, se aproximando lentamente.
Quando foi pela manhã, Canary desceu até o ringue de treino. Ela estava evitando pensar na conversa estranha que havia tido com Klaus, e evitava ainda mais, pensar no que havia sentido aquela noite, depois que ele saiu. Quando ela chegou ao ringue, Heloise estava posta ao lado de Vic, um jovem macho de cabelos loiros rentes acima da cabeça, e ombros largos Os dois conversavam intensamente, até Canary se aproximar. -- Olá Heloíse. -- a jovem fêmea se virou rapidamente para ela. -- o... Olá. -- logo Vic se afastou dela. -- onde está Klaus? -- ela perguntou sem muita vontade. -- ele teve alguns assuntos a tratar, e me deixou aqui para treinar com você. -- Canary deu de ombros, mas logo subiu no ringue de treino. Sem demora as duas começaram a lutar, Canary queria descontar toda aquela maldita tensão em socar alguma coisa, em quebrar a cara de alguém. Diversas vezes ela chutou Heloise, e conseguiu derrubar a jovem fêmea sem problemas. No fim do treino ela estava só o suor, mas s
Canary cavalgou o mais rápido que podia, passando por árvores, lagos rasos, por pedregulhos e pequenas colinas. Ela ainda não acreditava que estava voltando para Vahem, era impossível daquilo ser verdade. Ela se virava de vez em quando para trás, para ter certeza de que Klaus não estava vindo atrás dela. Mas ele não estava, em nenhum momento ela sentiu como se estivesse sendo seguida. Ela não entendia porquê o macho havia feito tal coisa, mas ela queria apenas chegar em montanha vermelha, e saltar nos braços de Vahem. A noite foi chegando, e ficando cada vez mais difícil de enxergar. Mas graças aos seus dons de licano, ela conseguia ver bem a noite. Passando por todo uma floresta, ela chegou em fim a aldeia de montanha vermelha. Todas as portas estavam fechadas, mas algumas pessoas a observavam de dentro de suas casas. Ela se quer se importou, apenas passou correndo o mais rápido que podia pela aldeia, e começou a subir a montanha. Ela se esforçou o máximo que podia e conseguiu sub
De imediato uma comemoração foi montada, todos os músicos que estavam ali começaram a tocar uma melodia dançante de banjo e tambores. Enquanto os machos dançavam em volta de uma fogueira que haviam feito ali mesmo, dentro do palácio. Vahem havia levado-a para uma pequena sala ao lado do salão de entrada, junto de Merydia. Ela não queria soltar a mão do macho em nenhum momento, ele apertava firmemente sua mão, sem desviar a atenção dela. -- Canary, não quero mesmo pensar naquele maldito bastardo, mas ele a soltou mesmo? -- Merydia questionou rapidamente. Canary se voltou para ela. Vahem parou por um instante a fitando, mas não soltou sua mão. -- sim, nós estávamos andando a cavalo... Ele parou próximo a uma montanha e me libertou. -- o rosto de Vahem estava um mistério. -- sabe por que ele fez isso? - Merydia questionou incrédula. -- eu não faço ideia, só sei que ele me libertou de seus comandos mentais. -- Vahem apertou ainda mais sua mão. -- ele está tramando algo, mandarei me