Canary cavalgou o mais rápido que podia, passando por árvores, lagos rasos, por pedregulhos e pequenas colinas. Ela ainda não acreditava que estava voltando para Vahem, era impossível daquilo ser verdade. Ela se virava de vez em quando para trás, para ter certeza de que Klaus não estava vindo atrás dela. Mas ele não estava, em nenhum momento ela sentiu como se estivesse sendo seguida. Ela não entendia porquê o macho havia feito tal coisa, mas ela queria apenas chegar em montanha vermelha, e saltar nos braços de Vahem. A noite foi chegando, e ficando cada vez mais difícil de enxergar. Mas graças aos seus dons de licano, ela conseguia ver bem a noite. Passando por todo uma floresta, ela chegou em fim a aldeia de montanha vermelha. Todas as portas estavam fechadas, mas algumas pessoas a observavam de dentro de suas casas. Ela se quer se importou, apenas passou correndo o mais rápido que podia pela aldeia, e começou a subir a montanha. Ela se esforçou o máximo que podia e conseguiu sub
De imediato uma comemoração foi montada, todos os músicos que estavam ali começaram a tocar uma melodia dançante de banjo e tambores. Enquanto os machos dançavam em volta de uma fogueira que haviam feito ali mesmo, dentro do palácio. Vahem havia levado-a para uma pequena sala ao lado do salão de entrada, junto de Merydia. Ela não queria soltar a mão do macho em nenhum momento, ele apertava firmemente sua mão, sem desviar a atenção dela. -- Canary, não quero mesmo pensar naquele maldito bastardo, mas ele a soltou mesmo? -- Merydia questionou rapidamente. Canary se voltou para ela. Vahem parou por um instante a fitando, mas não soltou sua mão. -- sim, nós estávamos andando a cavalo... Ele parou próximo a uma montanha e me libertou. -- o rosto de Vahem estava um mistério. -- sabe por que ele fez isso? - Merydia questionou incrédula. -- eu não faço ideia, só sei que ele me libertou de seus comandos mentais. -- Vahem apertou ainda mais sua mão. -- ele está tramando algo, mandarei me
*Vahem* O macho estava deitado do outro lado da cama, respirando pesadamente quando seus olhos finalmente se abriram. Ele se esticou na cama e logo notou Canary do outro lado. Seus cabelos loiros caídos sobre a colcha de cama rasgada, suas costas nuas tão reluzentes. Ele não exitou enquanto se aproximava da fêmea, bem lentamente cheirando seu cabelo e acaricando seus ombros. Ele fechou os olhos, já sentindo seu pau endurecer.O macho não acreditava que ela estava ali, em sua cama, com ele novamente. Ele se aproximou ainda mais dela, beijando sua têmpora e acaricando seus cabelos. -- eu não mereço você. -- ele sussurrou contra sua pele. E ele não merecia mesmo, havia traído Canary, havia dormido com Verona. Uma leve pontada de dor tomou seu peito, ele sabia que teria que contar isso a ela. Ele não poderia esconder algo assim, mas só de pensar no rosto da fêmea ao descobrir tal coisa, ele se empertigou. Ele não queria perdê-la e ele faria de tudo para ela tê-la com ele, ele sabia di
Canary se manteve deitada ao lado de Vahem, encarando o macho respirar pesadamente. Ela não queria acordá-lo, os dois haviam tido uma noite, e uma manhã e tanto. então ela beijou sua testa e rumou até a beira da cama lentamente. Mas logo ela sentiu ele apertando sua mão, e se voltou para ele. -- aonde pensa que vai? -- ele a puxou para perto novamente, e a fêmea ficou por cima dele. -- vou levantar, e me trocar. -Ele bufou em negação. -- por quê não podemos ficar neste quarto para sempre? -- ela sorriu, abaixando a cabeça para beijar sua testa. -- porquê temos coisas a fazer, e por mais que eu queira ficar dentro desse quarto e sentir você dentro de mim várias e várias vezes, eu preciso me pôr de pé, ou se não nunca mais irei sair. -- o macho apertou suas costas, enquanto beijava seus lábios vagarosamente. -- ótimo, vamos nos pôr de pé. -- ela o prendeu contra a cama, e se moveu bem lentamente em cima de seu abdômen, não precisou de muito para que ela sentisse a ereção dele cre
-- anunciar o que? -- ela repetiu desacreditada. Vahem sorriu em sua nuca, enquanto apertava sua cintura. -- acho que ela não está acreditando. -- Merydia disse de forma sorridente. Canary saiu do colo de Vahem, se colocando de pé. Sem demora ela pegou a mão do macho, e rumou com ele passando por todas aquelas mesas e pessoas que circulavam. Levando-o até aquela sala de reuniões que ficava ao lado do trono, quando lá chegaram ela bateu a porta e jogou o macho para dentro. Quando se voltou para ele, o macho a fitava com um olhar sedutor. -- deuses, você não consegue pensar em outra coisa além de sexo? -- ele se aproximou lentamente, erguendo seu queixo para olhar em seus olhos. O macho mordeu o lábio de forma sensual, sem desviar a atenção de seus lábios. -- ah Canary... Quando estou nem que seja há metros de você, só no que eu penso é sexo. -- ela não pôde evitar encolher os dedos dos pés, com tamanho comentário inadequado. Mas logo ela se afastou, indo até o outro lado da sala
Naquele dia mais tarde, Vahem anunciou a todos que ali estavam, que aconteceria a cerimônia de coroação dos dois, em alguns dias. Castro foi a pessoa que mais comemorou com tal notícia. enquanto estava ao lado de Vahem próxima do trono, Canary avistou Verona do outro lado do salão. A fêmea olhava para ela com intensidade, de uma forma estranha a qual Canary nunca havia visto. Ela se retesou ao lado de Vahem, e logo desviou o olhar. Quando enfim o anúncio acabou, Merydia chamou Vahem para conversar do outro lado do salão. Canary os encarou, a cunhada parecia nervosa e agitada. Lentamente ela se aproximou deles. -- estou dizendo a você... Conte logo. -- Merydia disse com ferocidade. Vahem parecia ansioso. -- Merydia eu já disse a você, que eu irei contar. -- ela pôs as mãos nos quadris, nervosa. -- quando Vahem? Daqui a um ano? Dez anos? -- ele fechou os olhos e respirou fundo. -- eu irei contar logo. -- Merydia lhe lançou um olhar cortante, ela parecia furiosa. -- acredite V
Ela rumou até o palácio furiosa, Canary estava detestando não saber sobre o que os dois estavam falando. A fêmea já estava passando pelas portas do palácio, quando avistou Verona próxima a um lindo jardim de rosas. A fêmea lhe lançou um olhar de esguelha sobre seu ombro, enquanto tocava nas rosas lentamente. Canary a fitou ao longe, enquanto a fêmea se afastava indo em direção ao lado esquerdo do palácio. Confusa e nervosa, Canary rumou até lá. A lua já estava alta no céu, as estrelas brilhavam como nunca. Quando se aproximou, Canary avistou a fêmea próxima de um pequeno coreto, o qual ela não havia visto da primeira vez que esteve ali. Havia um tocha, e Verona estava sentada, fitando o céu estrelado. Canary se aproximou lentamente. -- Olá Canary. -- a fêmea cantarolou. -- Verona, a quanto tempo. -- realmente... Parece uma década. -- Canary se empertigou, entrando no coreto. E por um momento, ela ergueu o rosto e sentiu aquele cheiro tão estranho e famíliar, que ela vinha se
Canary se manteve no chão durante muito tempo, tentando respirar tentando pensar. Mas seu coração estava em pedaços, sua mente estava zonza. Com muito esforço, a fêmea se pôs de pé. E lutando contra si própria, ela saiu do coreto, indo em direção ao palácio. Quando ela chegou até às portas, a fêmea não sabia se respirava. Ela parou por um instante, fitando todas aquelas pessoas. Comendo, rindo, conversando. Ela se forçou a passar por eles, alguns olharam para ela. Seus olhos estavam inchados e vermelhos, eles ficaram imóveis enquanto ela passava. Canary andou mais um pouco, e chegou até aquele maldito trono. Vahem estava sentado com um copo de vinho na mão, ao vê-la ele sorriu maliciosamente. -- veja só quem resolveu aparecer... -- logo ele notou seus olhos vermelhos, e parou de sorrir em um instante. Ele se pôs de pé, e andou até ela. -- Canary o que... Houve? -- ela teve que conter a vontade de pular em seu pescoço, e rasgar ele de dentro para fora. -- precisamos conversar.