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a amante do poderoso alfa
a amante do poderoso alfa
Por: Lívia_V
capítulo 01: a amante do poderoso alfa

Eu era uma lupina, uma lobisomem de uma cidade distante. A cidade lupina, uma das grandes cidades onde todos os lupinos viviam. Do lugar de onde eu vinha, quando um jovem macho e uma jovem fêmea completavam treze anos, eles faziam o ritual de união. Era uma coisa mística, os jovens ficavam frente a frente de quem seria seu escolhido, após beber o sangue um do outro se eles se olhassem, e os olhos brilhassem, eles eram amantes. Aqueles que ficariam com eles pelo resto da vida. Eu já havia passado por isso, agora eu tinha dezessete anos e tudo o que eu sabia fazer era fugir. No dia que completei a idade do ritual e descobri quem era meu amante, meus pais me mandaram para o mundo humano junto com minha irmã, e desde então... Tudo que eu conseguia lembrar era do som dos meus pais morrendo, enquanto davam a chance para mim para minha irmã de conseguirmos fugir.

já faziam cinco anos que eu

estava fugindo dele, cinco que eu havia fugido do macho que estava destinado a mim no dia do ritual de união. Tudo o que eu sabia agora sobre aquele macho, era que ele havia se tornado um alfa cruel e sanguinário, que matava quem o desobedecesse.

aquela era a primeira vez, que tínhamos algum descanso das fugas depois de meses, parecia que o alfa havia desistido de me caçar. Me olhei no espelho, haviam algumas olheiras abaixo de meus olhos, eu estava cansada. Minha pele parda estava pálida, meus cabelos negros e ondulados estavam ressecados, e eu parecia muito mais magra do que o habitual. Tudo porque estava longe dele, a ligação de amantes lupinos era tão forte, que se ficassem longe um do outro tanto tempo quanto estávamos, o nosso corpo começava a sucumbir com a falta de sua presença. Ignorei isso, e saí do banheiro rapidamente.

****

eu havia alugado uma casa para nós duas na suécia, era nas montanhas, um lugar bem escondido. Fui até o quarto, ver se Verônica ainda estava dormindo tranquila, mas quando lá entrei, meu coração acelerou. Ela não estava deitada.

- Verônica? - eu a chamei. Mas ela não respondeu.

assustada eu a procurei pela casa, mas não a encontrei.

até que quando voltei até a sala, ela estava olhando pela janela.

- Ve... o que aconteceu?

- shh... eu... eu senti algo lá fora, Mallena. - eu fui até ela tocando em seu braço.

- ei tá tudo bem, você só... Só tá nervosa com tudo ainda. ela me encarou e estava pálida.

- não, tem algo lá fora Mallena. - assustada, eu senti os pêlos do braço arrepiarem.

olhei para fora rapidamente, só dava para ver uma clareira. Mas então, eu tentei aguçar um de meus dons. A visão, encarei a floresta a frente e lá... Haviam dois enormes olhos nos encarando.

assustada eu encarei Verônica.

- pegue só as coisas necessárias, agora! - ela nem tentou retrucar. Correu até o quarto e pegou a mochila que eu sempre deixava pronta.

nós duas saímos lentamente pelos fundos da casa, fomos até a garagem eu tentei abrir a porta. mas ouvi um som, rosnados. Eram vários deles, nós não conseguiríamos fugir.

segurei Verônica.

- vamos pela floresta agora, como treinamos...

- mas...

- só me obedeça. - ela assentiu e nós começamos a correr em direção a floresta.

eu ouviu os rosnados deles atrás de nós. Tirei minha blusa e joguei para trás, deixando meu cheiro ali.

Verônica fez o mesmo e jogou a blusa em uma direção diferente.

logo nós ouvimos os rosnados se afastando e corremos ainda mais. Verônica estava ao meu lado, até que eu tropecei em uma ribanceira e cai morro a baixo.

- MALLENA! - Verônica gritou.

levantei lentamente, e notei que havia rasgado minha perna. Mas eu não pararia por isso.

comecei a subir o morro juntando todas as minhas forças.

mas quando cheguei lá em cima, a mochila de Verônica estava ali no chão, e ela havia sumido.

- não, não, não! Merda. - eu falei baixinho.

peguei a mochila.

- Verônica! - mas ela não respondeu, me pus de pé pegando a mochila e voltando a andar.

- aonde pensa que está indo? meus pêlos arrepiaram. A voz dele estava tão... Grave. Fazendo todo o meu corpo estremecer.

me virei lentamente para trás.

ele estava ali, mais alto do que eu me lembrava. seus braços definidos em volta de minha irmã. seus cabelos cinzentos suados enfrente ao rosto, e seus olhos âmbar brilhando enquanto ele me olhava.

- me desculpa Malle. - Verônica disse chorando.

- tá tudo bem Ve! - eu disse tentando sorrir.

- que tal a gente acabar com isso, minha amante? - eu me encolhi e cospi no chão.

- eu nunca serei isso para você. - ele sorriu.

- vejo que você cresceu, está... Perfeita. - eu o encarei com nojo.

- eu cansei de mandar pessoas incompetentes, e vim eu mesmo! Atrás do que me pertence! Você fugiu tempo demais. - eu ri com escárnio.

- "o que me pertence"? Acho que você se emocionou um pouco. - ele riu novamente, apertando Verônica.

- vamos embora.

- eu não vou a lugar nenhum com você. - ele apertou o pescoço dela.

- SOLTA ELA SEU MERDA!

- fácil de resolver isso querida, venha comigo e pare com isso. - eu me encolhi encarando Verônica.

- ótimo, eu vou com você! Mas... Deixa minha irmã em paz.

- não! Não faz isso Malle!

Ele a apertou novamente.

- deixa ela ir e... Eu vou com você de bom grado. - ele franziu o cenho, um de seus licanos apareceu. Ficando ao seu lado, ele jogou Verônica nos braços dele.

e se aproximou lentamente de mim, eu não abaixei a cabeça para ele.

- eu conheço você Mallena...

- você não sabe nada de mim, seu bastardo de merda.

eu cospi em seus pés.

uma veia saltou de sua testa.

- ótimo, você quer ser tratada desta forma? Então você será. - ele me puxou para perto dele, me segurando pela cintura. Eu tentei me afastar, mas ele era forte demais.

ele tocou meu queixo e sorriu.

- como eu sei o modo que você pensa, eu vou levar sua irmãzinha querida! Apenas para que você... Não tente fazer novamente. - eu gritei contra seu rosto, me debatendo mas ele me prendeu contra seu corpo.

- leve a menina até a cidade, e mande prepararem o ritual, Diga que encontrei o que me pertence finalmente. ele disse para seu beta, que logo obedeceu enquanto segurava minha irmã.

- VERÔNICA!

- MALLENA! - e então o beta abriu um portal em meio a floresta, e adentrou com minha irmã. Desaparecendo.

ele segurou meu queixo e sorriu.

- vamos para casa, amante querida.

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