Pus um vestido qualquer, prendi meus cabelos em um rabo de cavalo e decidi que estava pronta para sair daquele casarão. Fui até Kyle, que ainda estava parado ao lado da porta do quarto da minha irmã. - gostaria de dar uma volta. - não será possível. - franzi o cenho. - Daikan deixou claro que eu poderia sair se fosse acompanhada, pois bem. Venha comigo. - estou vigiando sua irmã. - ela não vai a lugar algum. - sussurrei meio decepcionada. Ele me fitou. - ela pode tentar fugir. - acredite em mim Kyle, ela não vai fazer nada disso. - não sei se confiar em você é uma boa ideia. - revirei os olhos, como esses machos eram cansativos. - apenas... Venha comigo dar uma volta por aí, eu estou farta de ficar aqui. Só uma olhada na cidade e depois voltamos, eu prometo. - seus olhos amarelos ficaram em mim por alguns instantes, eu queria muito saber o que se passava na cabeça daquele macho. Ele não disse nada, apenas saiu do lado de sua porta e seguiu em direção às escadas, comigo ao s
A mansão de Daikan estava sendo preparada para o tal baile que ele havia comentado antes. Para cada canto que eu olhava, haviam criadas andando apressadas com algo nas mãos. Kyle ainda estava ao meu lado, o macho não havia dito mais nenhuma palavra depois daquela nossa conversa. Me aproximei dele um pouco mais. - quem virá a esse baile? - todos os lupinos importantes da cidade. - e quanto aos outros lupinos? - haverão outras festas para eles. - eu franzi o cenho. - por quê exatamente essa divisão? - Kyle lentamente se voltou para mim, e me fitou de cima a baixo. - você pergunta demais. - ri com escárnio e joguei as mãos para o alto. - a partir de agora minha boca é um túmulo. - assim espero. - disse rosnando enquanto saía e me deixava sozinha. Aquela informação com certeza plantou uma pequena ideia em minha mente. Assim que entrei no quarto, avistei ele de frente para o espelho, enquanto o uma fêmea tirava as medidas de seu terno. Olhei para a cama, e vi vários vestidos. -
Demorou apenas alguns minutos, Rosale tinha aos mãos mais rápidas que eu já havia visto em minha vida. Me olhei no espelho, pela primeira vez em muito tempo, me senti bela. Extremamente bela. O vestido dourado havia dado um contraste deslumbrante a minha pele. - essa cor... Ficou perfeita. - Daikan pediu pensando em você. - me voltei para ela de imediato. - o que? - ele me questionou qual seria a melhor cor em contraste com você, lhe dei a melhor opção e ele escolheu. Senti uma coisa estranha. - esse macho infeliz pensa em tudo mesmo. - murmurei. - o que disse? - seu trabalho é impecável Rosale. - ela sorriu e logo se afastou, me admirei no espelho por mais alguns instantes. Até que me voltei para ela. - você conhece o tipo de pessoa que vai estar nesse baile? - machos e fêmeas que adoram uma boa bebedeira e aproveitação. - ergui uma sobrancelha, era um ótimo momento para jogar uma carta. - ouvi falar que muitos deles não gostam de Daikan, é verdade? - o alfa não é muito q
A noite enfim chegou, as criadas logo subiram até meu quarto e me ajudaram a pôr aquele vestido. E em seguida fizeram uma maquiagem extremamente chamativa em meu rosto, foi estranho me olhar no espelho daquela forma. Durante todos aqueles anos fugindo, eu nunca pude me permitir me ver como mulher. Ainda mais uma mulher atraente, e agora... Aquela no reflexo não parecia eu. Sorri enquanto amassiava o tecido do vestido. Respirei profundamente e fui em direção a porta, já podia ouvir o som da música. E os cheiros peculiares que só o mundo lupino podia proporcionar, já sentia meus pêlos se arrepiando. Como se meu sangue estivesse implorando por aquilo há décadas. Ergui a cabeça, e sai daquele quarto em direção a festa. Conforme descia as escadas, podia ver como a mansão parecia outra.Haviam luzes de todas as cores, piscando enquanto machos e fêmeas dançavam lado a lado. De forma muito... Intima. Engoli em seco, mas continuei descendo. Eram tantas pessoas que acabei me perdendo na multi
Meu corpo estava estremecendo, enquanto sentia o corpo de Daikan tão próximo do meu. A música aparentemente já havia atingido seu ápice em minha mente. Olhei em seus olhos ainda meio zonza, ele me encarou daquela forma. Eu mordi o lábio inferior, e lentamente me virei de costas para ele. Comecei a me mover ao som da música, apertando seus braços. Que estavam extremamente tensos, eu sorri ao notar como ele estava. Apenas continuei me movendo, subindo e descendo de forma sensual contra seus quadris. Sem demora comecei a me esfregar contra ele, fazendo o possível para que ele sentisse bem a minha bunda. No começo foi apenas por diversão, eu estava louca. Mas conforme me movia, sentia o quão perto ele estava. E comecei a adorar a sensação. Adorei o modo como ele pôs os braços em minha cintura, e me puxou ainda mais junto de si. Adorei notar como seus pêlos estavam arrepiados, adorei cada suspiro que consegui ouvir. Eu estava fazendo aquilo com ele, mas... Eu também estava sentindo. Até
Minha cabeça estava latejando tão forte que eu mal conseguia ergue-la. Estava exausta como se tivesse corrido uma maratona, mal abi os olhos quando avistei as criadas no pé da minha cama. - deuses! Que susto. - viemos lhe dar um banho senhora. - o que? Nunca fizeram isso, por quê agora? - o alfa mandou. - eu afundei a cabeça no travesseiro. - eu dispenso, obrigada. - não é uma escolha senhora. - o que... - sem aviso elas me tiraram das cobertas e me levaram até o banheiro, me jogaram na banheira. Ela tinha um cheiro estranho, pareciam ervas e flores estranhas.- por que tudo isso? - o alfa ordenou. - mas por quê? - ele disse que a senhora estava fedendo e precisava se limpar. - a raiva que irradiou de mim naquele momento, não foi natural. Como aquele macho desgraçado tinha a audácia de falar que eu estava fedida? - ele disse isso mesmo? - sim senhora, agora pare de se mexer. - fiquei parada dentro daquela banheira, me sentindo mais humilhada do que pensei que poderia me se
Fiquei atordoada o resto do dia depois daquele... Momento com Daikan. Eu não queria pensar mais naquilo, mas todas as vezes que eu fechava os olhos só conseguia lembrar de sua voz. E... Suas palavras, além do fato de ver sua espessura tão rígida contra o tecido da calça. Eu me odiava por isso. - eu tenho que manter meus pensamentos em outra coisa! - esbravejei para mim mesma, enquanto jogava pedrinhas na fonte do jardim. Precisava de um tempo sozinha para pensar, para tentar pôr as coisas no lugar. - já disse que posso me cuidar sozinha! - me virei bruscamente, e avistei minha irmã ao lado de Kyle. - você não pediu permissão para sair do quarto! - ele olhou profundamente em seus olhos, eu franzi o cenho. Era impressionante a diferença de altura entre os dois. Ela cruzou os braços. - só irei fazer uma coisa, e você pode ficar aqui! - ele ficou encarando ela, por tempo demais até. - seja rápida. - ela bufou brava, e começou a vir em minha direção. Desviei o olhar, talvez ela não
O almoço foi servido cedo naquele dia, mas Daikan não estava na mesa. Me questionei se ele ainda estava estranho por conta daquele nosso momento, mas eu não queria mais pensar naquilo. O que eu queria fazer, era sair daquela mansão. Dar uma volta, e pensar um pouco. Então após comer bastante, fui até seu escritório. Ao entrar, me deparei com ele sentado do outro lado da mesa. Fumando o que parecia ser um charuto, ele estava usando uma camiseta azul entre aberta e seus olhos estavam fechados. Se eu não o odiasse tanto, aquilo seria uma bela visão. Pigarrei, me aproximando. Ele me encarou rapidamente. - o que deseja? - quero dar uma volta. - está me convidando?- como você é engraçado. - ele sorriu de canto. - quero dar uma volta com a minha irmã. - umm... Deixe-me pensar, não! - o que? - você ouviu bem. - me aproximei ainda mais da mesa. - eu estou aqui, pedindo para que você me deixe ir. Quando eu poderia muito bem ter ido sem avisar, eu só quero sair. Pode mandar aquele seu c