A noite enfim chegou, as criadas logo subiram até meu quarto e me ajudaram a pôr aquele vestido. E em seguida fizeram uma maquiagem extremamente chamativa em meu rosto, foi estranho me olhar no espelho daquela forma. Durante todos aqueles anos fugindo, eu nunca pude me permitir me ver como mulher. Ainda mais uma mulher atraente, e agora... Aquela no reflexo não parecia eu. Sorri enquanto amassiava o tecido do vestido. Respirei profundamente e fui em direção a porta, já podia ouvir o som da música. E os cheiros peculiares que só o mundo lupino podia proporcionar, já sentia meus pêlos se arrepiando. Como se meu sangue estivesse implorando por aquilo há décadas. Ergui a cabeça, e sai daquele quarto em direção a festa. Conforme descia as escadas, podia ver como a mansão parecia outra.Haviam luzes de todas as cores, piscando enquanto machos e fêmeas dançavam lado a lado. De forma muito... Intima. Engoli em seco, mas continuei descendo. Eram tantas pessoas que acabei me perdendo na multi
Meu corpo estava estremecendo, enquanto sentia o corpo de Daikan tão próximo do meu. A música aparentemente já havia atingido seu ápice em minha mente. Olhei em seus olhos ainda meio zonza, ele me encarou daquela forma. Eu mordi o lábio inferior, e lentamente me virei de costas para ele. Comecei a me mover ao som da música, apertando seus braços. Que estavam extremamente tensos, eu sorri ao notar como ele estava. Apenas continuei me movendo, subindo e descendo de forma sensual contra seus quadris. Sem demora comecei a me esfregar contra ele, fazendo o possível para que ele sentisse bem a minha bunda. No começo foi apenas por diversão, eu estava louca. Mas conforme me movia, sentia o quão perto ele estava. E comecei a adorar a sensação. Adorei o modo como ele pôs os braços em minha cintura, e me puxou ainda mais junto de si. Adorei notar como seus pêlos estavam arrepiados, adorei cada suspiro que consegui ouvir. Eu estava fazendo aquilo com ele, mas... Eu também estava sentindo. Até
Minha cabeça estava latejando tão forte que eu mal conseguia ergue-la. Estava exausta como se tivesse corrido uma maratona, mal abi os olhos quando avistei as criadas no pé da minha cama. - deuses! Que susto. - viemos lhe dar um banho senhora. - o que? Nunca fizeram isso, por quê agora? - o alfa mandou. - eu afundei a cabeça no travesseiro. - eu dispenso, obrigada. - não é uma escolha senhora. - o que... - sem aviso elas me tiraram das cobertas e me levaram até o banheiro, me jogaram na banheira. Ela tinha um cheiro estranho, pareciam ervas e flores estranhas.- por que tudo isso? - o alfa ordenou. - mas por quê? - ele disse que a senhora estava fedendo e precisava se limpar. - a raiva que irradiou de mim naquele momento, não foi natural. Como aquele macho desgraçado tinha a audácia de falar que eu estava fedida? - ele disse isso mesmo? - sim senhora, agora pare de se mexer. - fiquei parada dentro daquela banheira, me sentindo mais humilhada do que pensei que poderia me se
Fiquei atordoada o resto do dia depois daquele... Momento com Daikan. Eu não queria pensar mais naquilo, mas todas as vezes que eu fechava os olhos só conseguia lembrar de sua voz. E... Suas palavras, além do fato de ver sua espessura tão rígida contra o tecido da calça. Eu me odiava por isso. - eu tenho que manter meus pensamentos em outra coisa! - esbravejei para mim mesma, enquanto jogava pedrinhas na fonte do jardim. Precisava de um tempo sozinha para pensar, para tentar pôr as coisas no lugar. - já disse que posso me cuidar sozinha! - me virei bruscamente, e avistei minha irmã ao lado de Kyle. - você não pediu permissão para sair do quarto! - ele olhou profundamente em seus olhos, eu franzi o cenho. Era impressionante a diferença de altura entre os dois. Ela cruzou os braços. - só irei fazer uma coisa, e você pode ficar aqui! - ele ficou encarando ela, por tempo demais até. - seja rápida. - ela bufou brava, e começou a vir em minha direção. Desviei o olhar, talvez ela não
O almoço foi servido cedo naquele dia, mas Daikan não estava na mesa. Me questionei se ele ainda estava estranho por conta daquele nosso momento, mas eu não queria mais pensar naquilo. O que eu queria fazer, era sair daquela mansão. Dar uma volta, e pensar um pouco. Então após comer bastante, fui até seu escritório. Ao entrar, me deparei com ele sentado do outro lado da mesa. Fumando o que parecia ser um charuto, ele estava usando uma camiseta azul entre aberta e seus olhos estavam fechados. Se eu não o odiasse tanto, aquilo seria uma bela visão. Pigarrei, me aproximando. Ele me encarou rapidamente. - o que deseja? - quero dar uma volta. - está me convidando?- como você é engraçado. - ele sorriu de canto. - quero dar uma volta com a minha irmã. - umm... Deixe-me pensar, não! - o que? - você ouviu bem. - me aproximei ainda mais da mesa. - eu estou aqui, pedindo para que você me deixe ir. Quando eu poderia muito bem ter ido sem avisar, eu só quero sair. Pode mandar aquele seu c
Voltamos para a mansão já a noite, as criadas já estavam colocando a mesa. Logo segui com Verônica e Kyle em direção ao salão de jantar. Ergui a sobrancelha ao ver que aquela fêmea tão bonita de mais cedo, ainda estava ali. Sentada na mesa ao lado de Daikan, sorrindo muito. Pois aparentemente a conversa deles estava muito boa.Sem demora sentamos, e ele enfim se voltou para nós. - bom trabalho Kyle, chegou na hora certa. - ele olhou para mim de relance, enquanto pegava um pouco de comida. A fêmea se empertigou na mesa, olhei de relance para ela. - não parem por nossa causa. - ele me fitou, assim como ela.- o que? - a conversa de vocês, parecia estar tão interessante, não parem por nossa causa. - um maldito sorriso malicioso surgiu nos lábios dele. - você parece incomodada Mallena, aconteceu algo? - não querido, estou apenas... Dando uma olhada nas coisas. - olhei de relance para ela novamente, que tinha um sorriso no canto dos lábios. - você, por exemplo, eu não a conheço. Seu
Eu havia dormido no banheiro, deitada em uma toalha dentro do box. me recusei a sair e dormir no mesmo cômodo que ele, na mesma cama que ele. Quando o dia chegou, eu tratei de vestir logo uma roupa qualquer e descer para tomar meu café. Para minha sorte, as criadas já estavam com a mesa praticamente toda pronta. Já estava pegando uma xícara, quando ouvi passos largos e apressados vindo em direção ao salão. Revirei os olhos já pensando ser ele, quando Kyle entrou na sala e sentou no outro lado. Como sempre ele estava tenso, mas hoje seu rosto estava mais sério que o normal. Franzi o cenho. - como você aguentou sua irmã por tantos anos? - o que ela fez com você? - aquela fêmea é tão teimosa e arrogante que me dá dor de cabeça, é impossível estar no mesmo ambiente que ela sem sentir vontade de morrer. - soltei uma gargalhada alta, ele me encarou nervoso. - deuses como você é dramático. - dramático? Aquela fêmea é insuportável! - ele apertou a colher com tanta força que pensei que f
Passamos algumas horas no centro da cidade, as pessoas ainda estavam ao redor me agradecendo e me parabenizando por minha ação. Daikan estava sentado em uma espécie de trono que havia sido feito para ele, apenas olhando para mim há horas. Eu não fazia ideia do que ele estava pensando, mas sabia que não era nada bom. - a senhora é muito bonita. - uma garotinha sussurrou para mim. - ah... Você que é querida. - senti a mão dele ao redor do meu braço, logo o encarei. - vamos dar uma volta. - agora estou ocupada, querido. - eu não perguntei se está ou não fazendo algo Mallena. - seu tom de voz era frio, rude. Disfarcei um sorriso.- claro, meu amado. - sem demora saímos do centro da cidade, e partimos para uma espécie de parque que tinha ali perto. Estava vazio, por conta da movimentação no centro. Cruzei os braços e o encarei. - o que queria conversar de tão urgente? - acha que sou idiota Mallena? - ele se aproximou bruscamente, mas eu não dei para trás. - depende do que está fal