Passamos algumas horas no centro da cidade, as pessoas ainda estavam ao redor me agradecendo e me parabenizando por minha ação. Daikan estava sentado em uma espécie de trono que havia sido feito para ele, apenas olhando para mim há horas. Eu não fazia ideia do que ele estava pensando, mas sabia que não era nada bom. - a senhora é muito bonita. - uma garotinha sussurrou para mim. - ah... Você que é querida. - senti a mão dele ao redor do meu braço, logo o encarei. - vamos dar uma volta. - agora estou ocupada, querido. - eu não perguntei se está ou não fazendo algo Mallena. - seu tom de voz era frio, rude. Disfarcei um sorriso.- claro, meu amado. - sem demora saímos do centro da cidade, e partimos para uma espécie de parque que tinha ali perto. Estava vazio, por conta da movimentação no centro. Cruzei os braços e o encarei. - o que queria conversar de tão urgente? - acha que sou idiota Mallena? - ele se aproximou bruscamente, mas eu não dei para trás. - depende do que está fal
Voltei para a mansão, praticamente sozinha, apenas acompanhada de alguns dos lupinos da segurança de Daikan. Ele, havia ficado para trás junto com aquela fêmea, Elaide. Quando cheguei na mansão, logo tratei de subir até o quarto da minha irmã. - eu já falei que não preciso de você me espionando! - eu, espionando você! Quem você acha que é fêmea? - quer mesmo começar com essa conversa, macho! - Verônica estava praticamente na ponta dos pés, falando na cara de Kyle com fúria. Eu engoli em seco e logo me aproximei. sem demora ele tratou de dar para trás alguns passos. Seu corpo ainda muito tenso. - está tudo bem Kyle, eu quero falar com a minha irmã. Pode ir. - ele demorou a olhar para mim, até que enfim o fez.- onde está Daikan? - ele ficou para trás. - por quê? - não sou a babá dele. - logo percebi que havia sido muito rude, e respirei um pouco. - eu gostaria de falar a sós com minha irmã por um tempo, por favor. - ele ainda me encarou intensamente por algum tempo, olhando ape
Eu sequer havia visto quando Daikan voltou para casa naquela noite. Apenas me joguei na cama e adormeci, quando me pus de pé no dia seguinte e desci para tomar o café, ele já estava lá. Sem demora me sentei, ele me fitou do outro lado da mesa. - eu gostaria de dar uma volta. - outra volta? - você quer que eu fique presa nessa mansão todos os dias? - outras fêmeas iriam amar ficar aqui constantemente. - pus a mão sobre a testa de forma exagerada. - ah deuses... O que está esperando então? Chame todas elas, eu lhes dou o meu lugar agorinha mesmo. Ele revirou os olhos, eu me recostei na cadeira. - algumas horas, eu preciso de ar livre. - ótimo, você vem caçar comigo então. - franzi o cenho.- caçar com você? Só pode estar de brincadeira. - não se preocupe, não precisará pegar em nenhuma arma. Se tiver medo. - eu gargalhei sem felicidade. - eu sei caçar seu boçal. - ótimo então, você vem. - mas quando eu falo de "ar livre" é um ar bem longe de você. - se não sair para caçar c
Eu ainda estava nervosa no carro, ainda pensando naquela porcaria de beijo. Olhei pela janela tentando mudar meus pensamentos, mas estava praticamente impossível. Olhei de esguelha para Elaide, já havíamos saído da floresta há alguns minutos. Me voltei para ela. - pode parar por um minuto? - sinto muito senhora, o alfa deixou claro que eu deveria ir para a mansão. - respirei profundamente. - é por um minuto, você pode até mesmo vir comigo. Eu só quero comprar uma coisa. - sinto muito. - ela tinha um maldito ar de superioridade, desviei a atenção. Logo chegamos na mansão, corri até o quarto e tomei um banho longo. Aparentemente ele ainda não havia chegado em casa, e eu sequer me importava. Quanto mais ele demorasse, melhor. Fui até o quarto de Verônica e fiquei conversando com ela algumas horas, quando chegou a noite jantamos e foi incrível sem sua presença. Mas ele ainda não havia chegado. Logo voltei para o quarto, e fiquei na sacada por algum tempo. A lua estava alta no céu,
O dia veio, e tão rapidamente se foi. Eu ainda ficava impressionada em como as coisas passavam rápido naquele lugar. - você precisa estar mais perto das pessoas. - Verônica balbuciou enquanto andava pelo quarto. - eu sei que preciso. - e então? - Verônica você acha que é fácil, infelizmente esse boçal controla minha vida. Você sabe, tudo eu tenho que pedir permissão. - bem... Se você fosse um pouco mais... Sucetivel talvez... - joguei um travesseiro nela.- sua maluca, o que você está sugerindo?- não sei talvez... Beijar ele. - ela gargalhou, eu apenas fiquei imóvel. - eu vou pensar em algo.- assim espero, você... - Mallena, as criadas estão chamando você para se vestir para o baile. - Kyle olhou direto para Verônica, que apenas deu de costas. - valeu Kyle, já estou saindo. Ele ainda ficou na porta alguns instantes, até que logo se foi. Rapidamente fui até meu quarto, e tratei de me vestir como um embrulho para presente. Pelo menos era um belo vestido azul. Quando desci,
Não sei por quanto tempo fiquei no baile, só lembro de ter conversado com algumas pessoas e quando enfim me cansei, subi e me joguei na cama. Adormeci rapidamente. Quando acordei no dia seguinte, a cama estava bagunçada. Mas aparentemente, Daikan não havia dormido ali. Pois não havia nenhum resquício do seu cheiro, dei de ombros e logo desci para tomar café com Verônica. Ele também não apareceu novamente. - Ve, o que acha de darmos uma volta no lago? - você sabe que eu não gosto de sair.- você já está ficando pálida de tanto ficar naquele quarto, vamos lá. - ela me fitou. - tudo bem, mas... Você não precisa pedir a ele? - revirei os olhos, e olhei de relance para Kyle. - o que acha Kyle, vamos lá? - já pediu ao Daikan? - bufei. - você vai estar conosco, eu preciso mesmo pedir? - sim. - não faço ideia de quem é mais insuportável. - me pus de pé rapidamente. - certo então, onde está aquele c*zão?- não vejo ele desde ontem, não dormiu no quarto? - se ele tivesse dormido eu
Foi um tremendo esforço convencer Verônica a sair do quarto, e ir comigo até a cidade. - pare de ser insuportável e vista isso. - lhe entreguei um vestido azul, que lhe caia muito bem. Ela se olhou no espelho. - pareço uma criança com esse vestido. - claro que não, você está linda. - ela sorriu. Verônica não era muito diferente de mim, seus cabelos eram bem maiores e muito negros, seus olhos tão verdes quanto os de nossa mãe. Seu corpo era como o meu. - aonde vamos exatamente? Ela me questionou enquanto saíamos do quarto. - tem uma pessoa que eu gostaria de visitar. - você conhece pessoas aqui? - uma em específico, eu acho que pode ser o começo. - ela ergueu uma sobrancelha, já estávamos chegando na porta quando Kyle surgiu. Alto como uma montanha, seus cabelos estavam presos em um coque curto, e ele vestia um belo terno preto. - onde vocês... - ele parou bruscamente, ficando imóvel como uma estátua. Quase como se não pudesse se mover, enquanto olhava fixamente para Verônica.
Mal pude esperar para entrar em casa, e tomar um belo banho. Aquele dia havia me deixado exausta, e ainda tinha Kyle. Por que ele tinha feito aquilo? Eu com certeza pensaria nisso por dias. Atravessei pela porta, e sem demora, tratei de ir até o banheiro. Entrei naquela banheira que ficava no canto do banheiro e fiquei lá por muito tempo. Eu sentia que precisava descansar meu corpo. Quando sai já era quase meia noite, eu mal tinha visto o dia passar. Ouvi passos e barulhos estranhos no corredor. Me empertiguei, peguei um roupão e lentamente andei até a porta. Abri apenas uma brecha para que pudesse ver o que estava acontecendo. Daikan estava passando junto de Kyle. Ele estava apoiando o macho, que aparentava estar bêbado. Mal se segurando nas próprias pernas e se chocando contra as paredes. - vamos Kyle, pare de agir feito criança c*zão. - Kyle riu de forma amarga. - eu... Eu sou a criança agora? - cale a boca e tente andar. - mais uma risada sem felicidade, eu franzi o cenho.