Levantei tarde naquela manhã, não havia conseguido dormir bem após aquele momento tão... Estranho com Daikan. Mas decidi que não ficaria trancada no quarto, logo me propus a descer até o salão de jantar. Não havia ninguém, apenas muita comida na mesa. Meu estômago roncou, eu pisquei algumas vezes. Avistei uma das serventes e logo me aproximei. - onde está Daikan? - o alfa está treinando. - eu revirei os olhos "alfa" ah se ela soubesse. Apenas assenti e parti em sua procura, ele estava no jardim ao lado da casa. Dentro de um grande ringue de treino, junto de Kyle. Os dois estavam sem camiseta, exibindo os belos... Os corpos esculpidos de lupinos. Daikan era extremamente veloz, assim como Kyle. Mas ele não tinha toda a praticidade de Daikan, aquilo era surreal. Me odiei por ter achado incrível, os dois estavam suando. Não pude deixar de olhar para as gotas de suor que desciam pelo peitoral de Daikan, indo até sua calça. Parei rapidamente, logo ele parou e me encarou. Que merda ele sen
Me tranquei no meu quarto, e fiquei deitada em posição fetal na cama. Não queria sair, não queria me mover. Apenas ficar ali sozinha, e repensar se o que eu estava fazendo era mesmo uma boa decisão. Ouvi batidas na porta. - VAI EMBORA! - afundei a cabeça no travesseiro, quando então ouvi a maçaneta se mexendo e quando me dei conta, ele estava entrando no quarto. Eu engoli em seco sobressaltada. - o que pensa que está fazendo? - esse ainda é o meu quarto. - eu quero ficar sozinha. - sinto muito, mas não posso fazer isso. - disse já tirando sua camiseta, eu engoli em seco. - você não sabe ficar vestido seu boçal? - ele sorriu cheio de malícia. - te deixa nervosa? - me deixe enjoada. - não é o que parece. - eu dei de ombros. - saia daqui! - esse é o nosso quarto, caso tenha esquecido... Você é minha fêmea. - meu corpo idiota de lupino estremeceu, desviei o olhar. Ele ficou parado me encarando por alguns instantes. - você passou o dia nesse maldito quarto, e não comeu nada.
Pus um vestido qualquer, prendi meus cabelos em um rabo de cavalo e decidi que estava pronta para sair daquele casarão. Fui até Kyle, que ainda estava parado ao lado da porta do quarto da minha irmã. - gostaria de dar uma volta. - não será possível. - franzi o cenho. - Daikan deixou claro que eu poderia sair se fosse acompanhada, pois bem. Venha comigo. - estou vigiando sua irmã. - ela não vai a lugar algum. - sussurrei meio decepcionada. Ele me fitou. - ela pode tentar fugir. - acredite em mim Kyle, ela não vai fazer nada disso. - não sei se confiar em você é uma boa ideia. - revirei os olhos, como esses machos eram cansativos. - apenas... Venha comigo dar uma volta por aí, eu estou farta de ficar aqui. Só uma olhada na cidade e depois voltamos, eu prometo. - seus olhos amarelos ficaram em mim por alguns instantes, eu queria muito saber o que se passava na cabeça daquele macho. Ele não disse nada, apenas saiu do lado de sua porta e seguiu em direção às escadas, comigo ao s
A mansão de Daikan estava sendo preparada para o tal baile que ele havia comentado antes. Para cada canto que eu olhava, haviam criadas andando apressadas com algo nas mãos. Kyle ainda estava ao meu lado, o macho não havia dito mais nenhuma palavra depois daquela nossa conversa. Me aproximei dele um pouco mais. - quem virá a esse baile? - todos os lupinos importantes da cidade. - e quanto aos outros lupinos? - haverão outras festas para eles. - eu franzi o cenho. - por quê exatamente essa divisão? - Kyle lentamente se voltou para mim, e me fitou de cima a baixo. - você pergunta demais. - ri com escárnio e joguei as mãos para o alto. - a partir de agora minha boca é um túmulo. - assim espero. - disse rosnando enquanto saía e me deixava sozinha. Aquela informação com certeza plantou uma pequena ideia em minha mente. Assim que entrei no quarto, avistei ele de frente para o espelho, enquanto o uma fêmea tirava as medidas de seu terno. Olhei para a cama, e vi vários vestidos. -
Demorou apenas alguns minutos, Rosale tinha aos mãos mais rápidas que eu já havia visto em minha vida. Me olhei no espelho, pela primeira vez em muito tempo, me senti bela. Extremamente bela. O vestido dourado havia dado um contraste deslumbrante a minha pele. - essa cor... Ficou perfeita. - Daikan pediu pensando em você. - me voltei para ela de imediato. - o que? - ele me questionou qual seria a melhor cor em contraste com você, lhe dei a melhor opção e ele escolheu. Senti uma coisa estranha. - esse macho infeliz pensa em tudo mesmo. - murmurei. - o que disse? - seu trabalho é impecável Rosale. - ela sorriu e logo se afastou, me admirei no espelho por mais alguns instantes. Até que me voltei para ela. - você conhece o tipo de pessoa que vai estar nesse baile? - machos e fêmeas que adoram uma boa bebedeira e aproveitação. - ergui uma sobrancelha, era um ótimo momento para jogar uma carta. - ouvi falar que muitos deles não gostam de Daikan, é verdade? - o alfa não é muito q
A noite enfim chegou, as criadas logo subiram até meu quarto e me ajudaram a pôr aquele vestido. E em seguida fizeram uma maquiagem extremamente chamativa em meu rosto, foi estranho me olhar no espelho daquela forma. Durante todos aqueles anos fugindo, eu nunca pude me permitir me ver como mulher. Ainda mais uma mulher atraente, e agora... Aquela no reflexo não parecia eu. Sorri enquanto amassiava o tecido do vestido. Respirei profundamente e fui em direção a porta, já podia ouvir o som da música. E os cheiros peculiares que só o mundo lupino podia proporcionar, já sentia meus pêlos se arrepiando. Como se meu sangue estivesse implorando por aquilo há décadas. Ergui a cabeça, e sai daquele quarto em direção a festa. Conforme descia as escadas, podia ver como a mansão parecia outra.Haviam luzes de todas as cores, piscando enquanto machos e fêmeas dançavam lado a lado. De forma muito... Intima. Engoli em seco, mas continuei descendo. Eram tantas pessoas que acabei me perdendo na multi
Meu corpo estava estremecendo, enquanto sentia o corpo de Daikan tão próximo do meu. A música aparentemente já havia atingido seu ápice em minha mente. Olhei em seus olhos ainda meio zonza, ele me encarou daquela forma. Eu mordi o lábio inferior, e lentamente me virei de costas para ele. Comecei a me mover ao som da música, apertando seus braços. Que estavam extremamente tensos, eu sorri ao notar como ele estava. Apenas continuei me movendo, subindo e descendo de forma sensual contra seus quadris. Sem demora comecei a me esfregar contra ele, fazendo o possível para que ele sentisse bem a minha bunda. No começo foi apenas por diversão, eu estava louca. Mas conforme me movia, sentia o quão perto ele estava. E comecei a adorar a sensação. Adorei o modo como ele pôs os braços em minha cintura, e me puxou ainda mais junto de si. Adorei notar como seus pêlos estavam arrepiados, adorei cada suspiro que consegui ouvir. Eu estava fazendo aquilo com ele, mas... Eu também estava sentindo. Até
Minha cabeça estava latejando tão forte que eu mal conseguia ergue-la. Estava exausta como se tivesse corrido uma maratona, mal abi os olhos quando avistei as criadas no pé da minha cama. - deuses! Que susto. - viemos lhe dar um banho senhora. - o que? Nunca fizeram isso, por quê agora? - o alfa mandou. - eu afundei a cabeça no travesseiro. - eu dispenso, obrigada. - não é uma escolha senhora. - o que... - sem aviso elas me tiraram das cobertas e me levaram até o banheiro, me jogaram na banheira. Ela tinha um cheiro estranho, pareciam ervas e flores estranhas.- por que tudo isso? - o alfa ordenou. - mas por quê? - ele disse que a senhora estava fedendo e precisava se limpar. - a raiva que irradiou de mim naquele momento, não foi natural. Como aquele macho desgraçado tinha a audácia de falar que eu estava fedida? - ele disse isso mesmo? - sim senhora, agora pare de se mexer. - fiquei parada dentro daquela banheira, me sentindo mais humilhada do que pensei que poderia me se