cerimônia enfim acabou, e como parte da tradição Daikan me pegou pela cintura e me levou até o andar de cima. Para... "Oficializar" a união.
Quando chegamos ao quarto, ele tentou me levar até a cama, mas eu me debati em seus braços e ele me pôs no chão. - era só esperar um pouco mais. - ele disse ironicamente. Eu lhe lancei um olhar cortante, ele rumou até a porta e trancou. Quando ele fez isso senti extremo medo, afinal... Eu não poderia fugir nem se quisesse. Ele se virou para mim, e começou a se aproximar. Eu fui me afastando até chegar próxima a parede. - eu vou rasgar suas tripas, se tentar algo. - eu disse sem medo, eu morreria mas não deixaria ele me tocar. Ele me olhou sorrindo e se afastou. - eu sou mesmo o monstro que você pensa, não é Mallenna? - bem... Você não tenta agir de maneira diferente. - ele se afastou de mim e cruzou os braços. - acho que você pode acabar se surpreendendo. - isso aconteceria se você me deixasse ir. - ele sorriu novamente. - sinto muito, não será possível. - está aí então minha resposta. - eu cruzei os braços furiosa. Ele me encarou de esguelha, e então fez algo realmente surpreendente. - pois bem. - ele abaixou as calças na minha frente, e eu o encarei. Não havia nada por baixo, apenas... Uma grande e longa... extensão. Eu engoli em seco e arregalei os olhos, mas logo me virei nervosa. - VOCÊ ESTÁ LOUCO? - ele gargalhou atrás de mim. - só estou indo tomar banho. ele sussurrou em minha orelha. Eu me arrepiei imediatamente. - eu vou chutar você, seu infeliz. - o ouvi rir novamente, mas quando me virei ele não estava mais ali. Havia ido para o banheiro. Ainda vermelha de vergonha, eu rumei até a porta rapidamente. Tentei abrir, mas ele havia tirado a chave. Fui até a janela, mas estávamos no andar mais alto e era uma queda e tanto. Furiosa eu chutei a m*****a cama enorme. Eu não tinha mais o que fazer, então... Me sentei na cama de braços cruzados. Quando ele saiu do banheiro, estava com uma toalha cobrindo suas... Partes. Mesmo olhando de canto, seus músculos tão definidos fizeram minha garganta secar. Seus cabelos cinzentos molhados, me deram algumas ideias. Eu cruzei as pernas. Notei um sorrisinho em seus lábios, e logo me lembrei que os malditos lupinos podiam sentir o cheiro de algumas emoções, então... Ele concerteza havia sentido aquilo. Eu corei bruscamente. - não vai tomar banho? - ele me questionou de forma risonha. - e correr o risco de você me pegar desprevenida? Nem pensar. - ele riu jogando a cabeça para trás. Quis chutar ele. Ele rumou até um pequeno armário no canto do quarto, e vestiu apenas um calção bem... Folgado. Ele se jogou na cama, e então eu senti um puxão em minhas costelas, quando me dei conta ele estava em cima de mim. Prendendo meus braços contra a cama. Meu corpo inteiro tremeu de medo. - ME SOLTE SEU MALDITO, ME SOLTE. - ele me encarou, e aqueles malditos olhos brilharam. Ele abaixou lentamente a cabeça em minha direção, ficando apenas a centímetros de distância. - se eu quisesse mesmo fazer algo com você eu poderia fazer isso agora. - ele apertou mais ainda meus pulsos. - EU VOU TE MATAR. - ele riu em meu rosto. - acha mesmo que eu faria algo com você? Com qualquer fêmea a força? - ele me olhou nos olhos, sem desviar. Eu tentei chutar suas partes, mas ele prendeu minhas pernas usando as suas. - bem... Você não é o maior dos cavalheiros. - ele abriu um sorriso sincero, e eu só queria... Dar um soco em sua boca. Ele se abaixou ainda mais, me fazendo prender a respiração. - bem... Você irá descobrir que eu... Posso ser muitas coisas, mas... - nossos lábios ficaram extremamente próximos, ele olhou para minha boca com tanto desejo que fez meu corpo tremer, mas dessa vez não foi de medo. - nunca faria nada com ninguém, sem sua vontade ou seu consentimento. - e então ele saiu de cima de mim. Eu tive que me manter firme, para não desmaiar. Ele se deitou ao meu lado, e eu apenas saltei da cama e corri até o banheiro. Tranquei a m*****a porta, e eu só queria gritar. Meu maldito lado lupino, só queria... Pular em cima dele e fazer... Eu me dei um tapa, e me encarei no espelho. - ele é um maldito bastardo, você pode estar tentando me dominar! Mas eu não vou deixar. - disse autoritária. **** Tomei um banho longo, e saí do banheiro uma hora depois. Ele havia pensado em tudo, até comprou um pijama para mim. Mesmo relutante eu vesti. Quando abri a porta, notei que o quarto estava meio escuro. Encarei a cama, e ele estava deitado. Parecia estar dormindo. Eu me aproximei e o encarei, ele realmente havia apagado. Eu queria sufocar ele, mas eu estava Furiosa. - aonde eu vou dormir? - vasculhei o quarto com os olhos, mas não havia nenhum outro lugar aonde eu poderia deitar. Furiosa eu o encarei. - você quer mesmo que eu durma com você? - ele nem se moveu. Eu bufei de ódio, mas estava exausta. Rumei até o outro lado da cama, e me deitei lentamente pra não acordar ele. Eu me virei para a parede, e tentei ficar o mais longe possível dele. Mas por algum maldito motivo, meu corpo parecia estar sendo chamado para perto dele. Nervosa eu pus travesseiros no meio da cama, e tentei dormir. Quando acordei algumas horas mais tarde, eu senti um calor envolvendo minha cintura, e parecia haver uma muralha atrás de mim. Meio sonolenta, eu olhei para trás, e notei que ele estava me abraçando, me puxando para perto dele. Meu lado racional tentou se afastar dele, mas... Algo me dizia que ele não estava mais no comando. Eu me recostei contra seu corpo duro e quente. Senti seus braços estremecerem ao meu redor. Mas eu continuei me recostando contra ele. Senti uma aperto em minha cintura, eu não sabia o que estava fazendo. Eu me virei para ele, tentei parar mas não consegui. Eu montei em cima dele, eu o vi abrir os olhos de imediato. Ele apertou aos mãos ao redor dos meus quadris. Sem pensar eu me abaixei e beijei seus lábios de forma desesperada, era como se meu corpo não conseguisse ficar longe dele. - Mallena eu não vou conseguir me controlar. - eu o ouvi gemer contra meus lábios. Mas eu não me importava, o beijei ainda mais intensamente reivindicando seu corpo, sua língua. Ele me apertou, me trazendo ainda mais para perto de si. - não faz ideia de como isso está me destruindo. - ele disse sem fôlego. Eu estava descendo até seu shorts, quando ele me jogou na cama e me prendeu. Ele me olhou no fundo dos olhos, e havia o mais intenso desejo em seu olhar. Ele se aproximou de meus lábios novamente, e me beijou sem hesitar. Ele mordeu meu lábio inferior, e então me encarou. - dá próxima vez, eu posso não conseguir me controlar! Você não faz ideia, do que isso faz comigo. - ele disse contra meus lábios. Fazendo todo o meu sangue ferver. Rapidamente ele levantou da cama, correu até o banheiro e se trancou lá. E como o efeito de hipnose, eu apaguei.Quando acordei pela manhã, ele não estava no quarto. O procurei, mas ele realmente não estava ali. Aliviada, eu sentei na beirada da cama. E logo me pus de pé, fui até o guarda-roupas e procurei algo confortável, ou feio. Mas só tinham vestidos, ou calças muito apertadas. Encarei aquilo tudo, furiosa. Após procurar muito, encontrei um vestido preto na altura dos joelhos, e vesti. Prendi meu cabelo em uma trança.E logo em seguida rumei até a porta, estava aberta. Desconfiada eu saí lentamente. Rumei pelos corredores, mas parecia estar tudo vazio. Até que senti um puxão, algo dentro de mim... Me chamando até uma pequena sala a minha frente. Quando cheguei até lá, o encontrei sentado. Em uma mesa pequena, tomando café da manhã no meio do jardim. E quase saí de fininho. - bom dia... Querida. - eu o encarei rapidamente. Seus lábios se curvaram levemente para cima. - venha tomar café comigo. - quero ver minha irmã! - eu falei sem hesitar. Ele me fitou. - e verá, se tomar c
Eu me mantive onde estava, enquanto tentava pôr as ideias no lugar. Aquilo parecia impossível. Daikan me fitou, e lentamente tentou se aproximar. Mas eu me afastei ainda mais. - não chega perto. - Mallena... - NÃO CHEGA PERTO! - senti meu coração acelerar. Ele se manteve onde estava, e o velho me encarou de cima a baixo. - isso que você disse... É verdade? - questionei ao velho. - sim. - não... E... E como isso é possível eu... - sua família tem linhagem alfa, mas ela foi ocultada, por precaução. - "precaução"? - eu questionei sentindo meu corpo tremer. - sim. - QUE MERDA DE PRECAUÇÃO É ESSA? VOCÊS ESCONDERAM A MINHA LINHAGEM, A MINHA ORIGEM! - eu sentia que algo estava prestes a explodir dentro de mim. Daikan ergueu o rosto para mim. - é complicado explicar agora Mallena, mas você precisa renunciar isso! Precisa deixar... - renunciar? - eu rumei até ele furiosa. - VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO SEU MERDA! - gritei em seu rosto, mas ele não se moveu. - isso dentro de você
Eu estava furiosa e todo o meu ser tremia e parecia se incendiar dentro de mim, enquanto eu rumava em direção a floresta. - MALLENA PARE. - ele rugiu atrás de mim, mas eu não parei. Qualquer outro lupino, teria parado. Ele era o alfa, pelo menos era o que pensava antes. Eu "devia" minha obediência a ele. - eu não irei falar novamente, Mallena. - continuei andando até chegar na estrada. Ouvi seu carro, mas não parei. Rapidamente ele passou por mim e parou o carro mais a frente, impedindo minha passagem. Ele saiu do carro furioso, seus olhos âmbar estavam vermelhos de fúria. Eu parei. - você irá voltar até lá e... - não ouviu o que eu falei? Eu não obedeço você, merda nenhuma! Seu bastardo desgraçado. - ele me fitou, estávamos ofegantes. - Mallena você não entende o que está em jogo aqui. - eu ri com escárnio. - é claro, não entendo como o macho supremo fica furioso por não ser o mais importante. - ele se aproximou um pouco mais. E eu dei alguns passos para trás. - lhe dou uma
A viagem foi rápida, quando menos esperei já havíamos chegado na mansão. - prontinho, minha senhora. Kyle disse com deboche, eu o encarei sem muita astúcia e desci do carro. A mansão parecia escura, silenciosa. Eu sentia medo do que poderia estar me esperando do outro lado. - quer que eu segure sua mão, para entrarmos? - vai se ferrar. - ele riu e se aproximou. - qual é, está com medo de Daikan? - não fale comigo como se fosse meu amigo. - ele cruzou os braços. - não, não sou seu amigo. Mas você é a amante do meu alfa, e... Particularmente eu não tenho nada contra você.Eu o fitei. Eu não confiava em Kyle, e nem queria fazer tal coisa. ele era o beta de Daikan, mas ao olhar para ele assim... Algo como uma ideia, acendeu em minha cabeça. - não sei se posso dizer o mesmo de você. - seus lábios se curvaram levemente para cima. - você pode descobrir. - eu o fitei. - talvez. - é melhor entrarmos, fiquei o dia inteiro com sua irmã. E sinceramente... Acho que só você pode acalmar
Levantei tarde naquela manhã, não havia conseguido dormir bem após aquele momento tão... Estranho com Daikan. Mas decidi que não ficaria trancada no quarto, logo me propus a descer até o salão de jantar. Não havia ninguém, apenas muita comida na mesa. Meu estômago roncou, eu pisquei algumas vezes. Avistei uma das serventes e logo me aproximei. - onde está Daikan? - o alfa está treinando. - eu revirei os olhos "alfa" ah se ela soubesse. Apenas assenti e parti em sua procura, ele estava no jardim ao lado da casa. Dentro de um grande ringue de treino, junto de Kyle. Os dois estavam sem camiseta, exibindo os belos... Os corpos esculpidos de lupinos. Daikan era extremamente veloz, assim como Kyle. Mas ele não tinha toda a praticidade de Daikan, aquilo era surreal. Me odiei por ter achado incrível, os dois estavam suando. Não pude deixar de olhar para as gotas de suor que desciam pelo peitoral de Daikan, indo até sua calça. Parei rapidamente, logo ele parou e me encarou. Que merda ele sen
Me tranquei no meu quarto, e fiquei deitada em posição fetal na cama. Não queria sair, não queria me mover. Apenas ficar ali sozinha, e repensar se o que eu estava fazendo era mesmo uma boa decisão. Ouvi batidas na porta. - VAI EMBORA! - afundei a cabeça no travesseiro, quando então ouvi a maçaneta se mexendo e quando me dei conta, ele estava entrando no quarto. Eu engoli em seco sobressaltada. - o que pensa que está fazendo? - esse ainda é o meu quarto. - eu quero ficar sozinha. - sinto muito, mas não posso fazer isso. - disse já tirando sua camiseta, eu engoli em seco. - você não sabe ficar vestido seu boçal? - ele sorriu cheio de malícia. - te deixa nervosa? - me deixe enjoada. - não é o que parece. - eu dei de ombros. - saia daqui! - esse é o nosso quarto, caso tenha esquecido... Você é minha fêmea. - meu corpo idiota de lupino estremeceu, desviei o olhar. Ele ficou parado me encarando por alguns instantes. - você passou o dia nesse maldito quarto, e não comeu nada.
Pus um vestido qualquer, prendi meus cabelos em um rabo de cavalo e decidi que estava pronta para sair daquele casarão. Fui até Kyle, que ainda estava parado ao lado da porta do quarto da minha irmã. - gostaria de dar uma volta. - não será possível. - franzi o cenho. - Daikan deixou claro que eu poderia sair se fosse acompanhada, pois bem. Venha comigo. - estou vigiando sua irmã. - ela não vai a lugar algum. - sussurrei meio decepcionada. Ele me fitou. - ela pode tentar fugir. - acredite em mim Kyle, ela não vai fazer nada disso. - não sei se confiar em você é uma boa ideia. - revirei os olhos, como esses machos eram cansativos. - apenas... Venha comigo dar uma volta por aí, eu estou farta de ficar aqui. Só uma olhada na cidade e depois voltamos, eu prometo. - seus olhos amarelos ficaram em mim por alguns instantes, eu queria muito saber o que se passava na cabeça daquele macho. Ele não disse nada, apenas saiu do lado de sua porta e seguiu em direção às escadas, comigo ao s
A mansão de Daikan estava sendo preparada para o tal baile que ele havia comentado antes. Para cada canto que eu olhava, haviam criadas andando apressadas com algo nas mãos. Kyle ainda estava ao meu lado, o macho não havia dito mais nenhuma palavra depois daquela nossa conversa. Me aproximei dele um pouco mais. - quem virá a esse baile? - todos os lupinos importantes da cidade. - e quanto aos outros lupinos? - haverão outras festas para eles. - eu franzi o cenho. - por quê exatamente essa divisão? - Kyle lentamente se voltou para mim, e me fitou de cima a baixo. - você pergunta demais. - ri com escárnio e joguei as mãos para o alto. - a partir de agora minha boca é um túmulo. - assim espero. - disse rosnando enquanto saía e me deixava sozinha. Aquela informação com certeza plantou uma pequena ideia em minha mente. Assim que entrei no quarto, avistei ele de frente para o espelho, enquanto o uma fêmea tirava as medidas de seu terno. Olhei para a cama, e vi vários vestidos. -