A sala de espera do hospital estava quase vazia, exceto por nós. As luzes fluorescentes davam um tom frio ao ambiente, e o som de passos apressados de médicos e enfermeiros ecoava pelos corredores. O cheiro de desinfetante era forte, e os sofás de vinil azul pareciam mais desconfortáveis do que nunca. Clarck estava em pé, encostado na parede perto da janela, com os braços cruzados e o olhar perdido. Selena estava sentada ao meu lado, mordendo o lábio inferior enquanto mexia em uma revista velha que claramente não tinha sua atenção. Taylor estava do outro lado da sala, batucando os dedos no braço da poltrona, impaciente. Deric estava em pé, apoiado na moldura da porta, observando tudo em silêncio. Selena finalmente quebrou o silêncio, sua voz baixa e hesitante: — O que vamos fazer agora? Clarck ergueu o olhar, sério, mas sem se mover da posição. — Não ficou claro? Selena franziu a testa, claramente confusa. — Não ficou. — O chefe da polícia de Miami acabou de ordenar que
Zacchi Narrando Desde a última vez que nos vimos, nossas vidas mudaram bastante. E, com isso, incluo todos nós – e, claro, Clarck. Mas com o decorrer dessa história, vocês vão entender melhor. Tenho algumas novidades para compartilhar, porque essa segunda parte é diferente de tudo o que já vivemos: Temos novos personagens. Algumas pessoas já não fazem mais parte da nossa história. E, talvez o mais importante, temos uma nova vilã. Vamos começar pelos novos personagens. Três deles, vocês já conheceram no último capítulo da nossa história anterior: Primeiro, temos August, primo de Clarck. Ele sempre quis fazer parte da equipe, mas, como vocês sabem, nossa equipe já estava completa. Então, ele seguiu outro caminho e agora é um detetive famoso, daqueles que aparecem na TV resolvendo casos impossíveis. No dia 17 de janeiro de 2024, August apareceu no QG com algumas fotos e uma história preocupante. As fotos mostravam Kattlyn e Steve no antigo prédio da MZT, e ele contou que e
POV Taylor – É aqui? – perguntei, olhando ao redor do ambiente. – Deixa de ser idiota, Taylor – respondeu Zacchi com um olhar irritado enquanto ajustava a câmera que carregava. – Idiota eu? – balancei a cabeça, cruzando os braços. – Para que mesmo você tá fazendo isso? – Para a posteridade – disse ele, do outro lado da lente. – Agora apenas conte sua versão da história. – Ok – suspirei. – Relaxa aí, mano. Olhei para a câmera e ajeitei o boné, tentando parecer mais sério do que realmente era. – E aí, galera? Eu sou o Taylor e, como todos já devem saber, faço parte do Team OHB. Eu sou tipo os braços da equipe – eu e o Deric, claro. Mas não tô aqui pra falar do Deric. É sobre a minha versão da nossa história. Então lá vai. Tudo começou na virada de 2023 pra 2024. Era véspera de Ano-Novo e estávamos todos na casa do Clarck. Depois daquele escândalo envolvendo a MZT, a cidade foi meio que obrigada a nos dar uma casa e uma boa quantia em dinheiro. – Boa quantia? – murmurei
POV Selena 01 De Janeiro De 2024 A atmosfera estava tensa, mas eu, encontrei um momento para me afastar do frenesi e refletir. Estava cercada por paredes de concreto, em um espaço que antes era uma sala de estar aconchegante, agora transformada em um quartel improvisado. As luzes fracas lançavam sombras dançantes ao redor, enquanto as vozes baixas dos meus companheiros preenchiam o ar carregado de ansiedade. O som do caos ainda ecoava em minha mente, mas eu precisava pensar em algo. Dias Atuais Oi pessoas, eu sou Selena, Selena Gomes. Eu sou uma das snippers da equipe, e o que tenho para dizer sobre tudo que está acontecendo é simples, mas vai deixar vocês um pouco chocados. Diferente de Zacchi e Taylor, eu não acho um erro os últimos 6 meses. Pelo contrário, eu confesso que eu estava gostando e que podia me acostumar muito fácil com uma vida como aquela. Agora, eu imagino que todos vocês devem estar confusos, mas eu disse que o que eu tinha para lhe dizer ia os deixar assim.
Demi se assustou e começou a chorar, os soluços ecoando pelo ambiente. Jenner levou as mãos à boca, os olhos arregalados, antes de se afundar no peito de Taylor, que a segurou firme. Deric, sem hesitar, foi até Demi e a envolveu em um abraço protetor. Clarck demorou alguns segundos para reagir, como se seu cérebro ainda estivesse processando o que acabara de acontecer. Quando, finalmente, a ficha caiu, ele saiu correndo e empurrou Justin para o lado, desesperado para chegar até Rhany. — Meu amor... — disse ele, a voz embargada, o choro já tomando conta. Ele se ajoelhou ao lado dela, as mãos tremendo ao tocar o ferimento. — Não, não, não... — Ei... relaxa... — falou Rhany com a voz fraca, mas um pequeno sorriso se formou em seus lábios. — Eu sabia que isso podia acontecer... na verdade, até estou um pouco decepcionada pela demora. — Não fale, Rhany — Clarck implorava, as lágrimas escorrendo sem controle. — Alguém chama uma ambulância, agora! — Lembra daquela música... — gemeu
POV Deric Mano, eu me lembro daquela noite como se fosse ontem. É impossível esquecer. Foi uma daquelas noites que deixam marcas profundas, aquelas que você carrega como uma cicatriz invisível para o resto da vida. Era madrugada, e ninguém esperava o que estava prestes a acontecer. A gente estava na casa do Clarck, naquela mansão em El Portal. Era uma construção imponente, com suas paredes brancas de concreto, janelas amplas que refletiam a luz da lua, e um enorme portão de ferro que nos separava do caos lá fora. A sala de estar tinha aquele ar de luxo casual, sofás de couro preto, uma lareira apagada e uma mesa de vidro repleta de garrafas de whisky, cigarros e cartas de baralho espalhadas. Tudo parecia tão normal naquela noite, tão… tranquilo. Eu estava sentado em um dos sofás, observando o Clarck. Ele andava de um lado para o outro com o celular na mão, a expressão tensa, o maxilar travado. Aquele silêncio pesado no ambiente já dizia tudo. Algo estava para acontecer. Algo gra
Não demorou muito para Taylor chegar. Como eu já esperava, ele também não tinha encontrado sinal deles. Aquilo estava começando a me deixar inquieto. Eles haviam sumido sem deixar uma única pista, sem pegadas, sem rastro de pneus ou qualquer coisa que indicasse como haviam escapado. Era como se o chão os tivesse engolido. — Nada? — perguntei, me apoiando na lateral do carro enquanto Taylor saía do veículo. — Nem uma sombra — respondeu ele, jogando as mãos para o alto, frustrado. — Vasculhei os becos, o morro, até aquela praça perto da rodovia. Nada. Suspirei, esfregando o rosto com as mãos. — Isso não faz sentido, Taylor. Ninguém desaparece assim. Eles não podiam simplesmente... evaporar. Taylor assentiu, puxando o celular do bolso. — Então, qual é o plano? Lembrei das palavras de Selena e expliquei: — Vamos deixar as equipes continuarem as buscas. Qualquer coisa, por menor que seja, qualquer pista, eles nos ligam. Enquanto isso, nós vamos para o hospital. Chris está l