Vício em Amar:  Mimada pelo presidente que fugiu do casamento
Vício em Amar: Mimada pelo presidente que fugiu do casamento
Por: Dennis Riquez
Capítulo 1
Daniela Vieira se casou, mas o noivo nunca apareceu desde o início até o fim.

Os enfeites brancos e dourados colados na parede do quarto, as cores chamativas dos balões flutuando no teto, tudo isso era como tapas em seu rosto.

Era humilhante! Ela não podia aceitar!

Mas o que mais poderia fazer?

Desde o nascimento, o controle da sua vida estava nas mãos dos outros, incluindo o casamento.

Casar-se com a família Mendes também foi apenas por causa da ganância de seu pai.

Seu avô já foi motorista de Cassiano Mendes, o velho patriarca da família Mendes. Em um acidente, ele morreu ao salvar Cassiano.

A pequena empresa que a família dela administrava estava endividada, à beira da falência. Seu pai, astuto, sabia que, se pedisse dinheiro à família Mendes, essa “dívida” seria esgotada. Então, ele teve uma ideia egoísta e propôs que ela se tornasse esposa de Ramon Mendes, neto de Cassiano.

Assim, com a riqueza da família Mendes, eles poderiam oferecer um dote generoso.

Eles também se tornariam parentes da família Mendes.

A família Mendes, por causa dessa “dívida de vida”, não podia recusar.

Esse casamento deixou Ramon extremamente insatisfeito, então ele não apareceu no casamento, que contava apenas com as duas famílias. Além disso, ele exigiu que Daniela não se apresentasse como sua esposa em público.

Ninguém perguntou a ela se ela queria ou não.

Ela abriu os olhos brilhantes, seus cílios curvados tremendo levemente. Havia um toque de teimosia escondido neles.

Justamente quando ela não sabia como passar essa noite de núpcias, recebeu uma mensagem de um colega pedindo ajuda para cobrir seu turno.

Ela pegou um táxi até o hospital.

O vestido de noiva foi trocado por um jaleco branco.

Com um baque bem forte, a porta da sala de plantão foi aberta com força.

Antes que ela pudesse levantar a cabeça, ouviu-se um estalo e as luzes da sala se apagaram.

Daniela ficou tão horrorizada que seus pelos se arrepiaram.

– Quem está aí...

Antes que ela pudesse terminar a frase, foi pressionada contra a mesa. Os objetos na mesa caíram com um estrondo no chão, e uma faca afiada foi colocada em seu pescoço. Uma voz a ameaçou:

– Não fale!

Na penumbra, ela só podia ver o rosto do homem coberto de sangue e seus olhos penetrantes.

Um forte cheiro de sangue pairava no ar, ela sabia que o homem estava ferido.

Talvez por causa de sua profissão, ela desenvolveu uma calma diante das situações.

Ela tentou levantar a perna suavemente, tentando atingir as fragilidades do homem, mas ele percebeu assim que ela se mexeu e usou as próprias pernas para imobilizar firmemente suas pernas inquietas.

– Tenho certeza de que vi ele vindo nesta direção.

Passos se aproximavam da porta.

A julgar pelo barulho, eles logo abririam a porta.

Desesperado, o homem abaixou a cabeça e beijou seus lábios.

Daniela resistiu e empurrou facilmente o homem, que não a feriu com a faca em sua mão.

Ela ficou atônita por um instante.

Nessa hora, houve o som de um clique, a maçaneta da porta foi girada.

Decidida, Daniela ergueu a cabeça e o beijou, envolvendo o pescoço do homem com seus braços.

Sua voz tremia, mas ela tentava parecer calma ao sussurrar:

– Eu posso te ajudar.

O nó da garganta do homem se moveu para cima e para baixo, e no segundo seguinte, ele passou de passivo a ativo. Sua respiração quente e profunda chegou aos ouvidos de Daniela, sua voz baixa e sensual:

- Eu vou me responsabilizar por você, com certeza.

Não, ele entendeu errado. Ela só queria encenar uma peça.

No momento em que a porta foi empurrada, ela imitou um som que havia ouvido na televisão, um suspiro reprimido e sedutor, que cativou o homem.

E também fez o coração dos que estavam do lado de fora da porta se agitar.

– Eita porra, estão se pegando no hospital? Que excitante.

A porta foi empurrada de leve, revelando uma pequena fenda, e a luz do corredor penetrou, iluminando Daniela. O homem a segurava firmemente e bloqueava a visão das pessoas do lado de fora. Na penumbra, apenas as figuras entrelaçadas eram visíveis.

– Definitivamente não é o Ramon, ele está tão machucado, não teria energia para isso.

– Essa garota sabe como gemer.

– Porra, vamos embora logo. Se não o acharmos, estaremos ferrados!

Houve som de pessoas se mexendo. Os passos se afastaram.

O homem percebeu que o grupo lá fora havia ido embora, mas ele descobriu que não conseguia mais se controlar, consumido por um desejo nunca antes sentido por essa estranha mulher.

Talvez fosse a atmosfera, talvez a posição dos dois estivesse muito sugestiva, o impulso reprimido dentro de Daniela, que ela nunca ousou mostrar, explodiu naquele momento.

Sua vida, controlada pelos outros, era pura escuridão.

Ela decidiu resistir à essa escuridão se entregando à loucura!

Daniela não resistiu muito, e se entregou diretamente ao homem.

...

Depois da relação, o homem beijou levemente sua bochecha, sua voz rouca estava repleta de satisfação:

– Eu vou vir te procurar.

Dito isso, ele saiu rapidamente dali.

Daniela demorou um pouco para se levantar, sua cintura doía por ter se apoiado na beirada da mesa por tempo demais.

Nesse momento, o telefone que estava prestes a cair na borda da mesa tocou.

Ela estendeu a mão e o pegou, do outro lado veio uma voz urgente:

– Dra. Sandra, tem um paciente ferido em um acidente de carro aqui no centro de emergência, está gravemente ferido e precisa de atendimento de emergência, venha logo.

Daniela ajustou sua voz e respondeu calmamente:

– Está bem, estarei aí em breve.

Ela colocou o telefone de volta no lugar, ficando atordoada por vários segundos. Momentos atrás, ela...

O estado desgrenhado de suas roupas e o desconforto em seu corpo deixaram claro para ela que aquilo não tinha sido um sonho, era algo que realmente tinha acontecido na sua noite de núpcias, e ainda foi com um homem desconhecido...

Era a coisa mais rebelde que ela já tinha feito em sua vida!

Mas esse não era o momento para pensar nisso. Ela vestiu suas roupas e se apressou para o centro de emergência.

Assim, ela passou a noite ocupada, atendendo pacientes.

Ao retornar para a sala de plantão, tudo ainda estava em caos.

Parecia que sua mente voltava para o que aconteceu na noite anterior, suas mãos se apertaram levemente.

– Dra. Daniela, obrigada por me cobrir o plantão. – Sandra Rocha disse sorrindo ao se aproximar.

Daniela forçou um sorriso e respondeu:

– Não há de quê.

– Terminei o que precisava fazer, você pode ir descansar agora. – Sandra observou a bagunça na sala e arqueou as sobrancelhas. - O que aconteceu aqui?

Daniela virou o rosto, tentando disfarçar a ansiedade em seus olhos. Ela respondeu:

– Eu derrubei algumas coisas acidentalmente. Já que você está aqui agora, eu vou indo para casa.

Sandra achou que ela estava um pouco estranha, mas não deu muita importância. Ela entrou na sala e começou a arrumar as coisas espalhadas pelo chão.

Nessa hora, o diretor do hospital apareceu na porta acompanhado pelo Nilton, o assistente de Ramon.
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