Capítulo 5
Calisto veio aqui procurar Daniela, apenas pegou carona com Ramon. Ao ver Sandra se aproximando, ele abriu a porta do carro e desceu.

– Vou indo. – Disse ele.

Depois que ele se foi, Sandra entrou no carro e se sentou em frente a Ramon. Ela estava se sentindo um pouco inquieta, porque havia percebido que Ramon provavelmente tinha confundido as pessoas.

No entanto, ela já estava sentindo os benefícios de se aproximar dele.

O diretor sempre admirou Daniela e de repente deu a ela a oportunidade de estagiar no Hospital Central do Segundo Distrito Militar, tudo por causa de Ramon.

Ela decidiu aproveitar essa oportunidade e segurar esse homem.

Era uma sorte incrível, uma oportunidade única, e ela não podia deixar escapar.

– Eu decidi. – Disse ela, levantando os olhos.

Ramon pareceu surpreso com a rapidez de sua decisão. Ele se mexeu um pouco, aparentando casualidade, mas estava curioso sobre a resposta dela.

– Eu não quero nada. – Disse ela.

Se ele estava disposto a prometer casamento, então certamente algo substancial havia acontecido entre eles.

Se ela exigisse um casamento com ele logo de cara, ou qualquer outro benefício, pareceria gananciosa demais. Ela estava recuando agora para avançar mais tarde, então disse:

– Só quero ser uma amiga comum sua.

Ramon apertou os lábios com força, seu estado de espírito era difícil de compreender, e sua voz estava calma e contida:

– Você tem certeza disso?

Sandra assentiu com a cabeça.

Ramon ponderou um pouco. Talvez o que aconteceu na noite passada tivesse sido um impulso dela, e ele não a forçaria a nada, então ele disse:

– Eu respeito sua decisão.

...

No hospital, Daniela estava na sala de descanso lendo um livro médico. Depois do expediente, ela não tinha vontade de voltar para a casa do Ramon, e também não queria voltar para própria casa.

Ela só podia passar o tempo no hospital. Já que podia estudar e ler lá, ela achava bem agradável.

Nessa hora, bateram na porta.

A porta foi empurrada e Calisto a viu, perguntando:

– Por que você está se escondendo aqui?

– Eu não estou me escondendo. – Daniela fechou o livro e o colocou na mesa, levantando-se e caminhando em sua direção. – Calisto, o que você está fazendo aqui?

– Você me ajudou, tenho que te agradecer, não é? – Ele sorriu. – Vamos, vou te levar para comer algo gostoso.

Ela balançou a cabeça, recusando:

– Não, obrigada.

– O que houve? Você está triste? – Calisto percebeu que ela estava com o humor um pouco abalado.

Daniela desviou o olhar dele e disse:

– Não é nada.

Calisto claramente não acreditou.

– Você tem algo para me dizer, ou você não confia em mim sequer?

– Não é isso. – Ela se apressou em explicar, depois suspirou. – Não poderemos ser colegas de trabalho.

– Por quê? – Calisto franzia a testa, aparentando estar um pouco irritado. – O diretor mudou de ideia, não foi? Vou falar com ele.

Daniela o segurou e balançou a cabeça.

– Seu sonho não era se tornar uma excelente médica militar? Se você nem mesmo pode ir para o Hospital Central, do que adianta falar sobre sonhos? – Calisto sentiu que isso não era típico dela.

“Todo o esforço e dedicação nos estudos e trabalho foram para realizar seus sonhos, não foram?”

Daniela baixou os olhos. Não era que ela estava desistindo de seu sonho, era a realidade que a estava dificultando.

Além disso, ela não queria causar problemas para Calisto.

Calisto molhou os lábios e disse:

– Entendo.

Daniela sorriu para ele, convidando:

– Deixa eu te pagar um jantar.

– Deixa para próxima vez. – Calisto estava com os pensamentos tão claro como um espelho, a escolhida era ela, mas agora foi trocada, certamente havia alguém manipulando por trás dos panos. Daniela queria deixar isso quieto, afinal ela não tinha muito poder.

No entanto, ele não conseguia engolir isso de boca calada.

– Lembrei que tenho algo a fazer, preciso ir.

Dizendo isso, ele se virou e foi embora.

Furioso, Calisto invadiu diretamente o escritório do diretor. Ele tinha confiança para fazer isso, não era apenas por causa de si mesmo, ele também vinha de uma família tradicional.

O diretor estava atendendo um telefonema, ao ver Calisto entrando, ele disse algo para a outra pessoa e desligou o telefone, então se levantou com um sorriso, dizendo:

– Dr. Calisto, o que te traz aqui?

– A pessoa escolhida para o Hospital Central não era a Daniela? Por que mudou de novo? Alguém te deu benefícios para entrar pelos fundos? Hoje você precisa esclarecer isso, ou eu vou fazer alvoroço para valer.

O diretor também estava se sentindo mal por isso, já que não podia fazer nada a respeito.

Ele explicou:

– Sobre isso, eu também não tive escolha. Me diga, se o Sr. Ramon me instruiu a cuidar da Dra. Sandra, o que eu posso fazer?

Ao ouvir o nome de Ramon, a testa de Calisto ficou enrugada.

– Se você não estiver satisfeito, pode ir falar com Ramon. – O diretor foi esperto, já que ambas eram pessoas que ele não podia enfrentar, ele simplesmente empurrou o problema para que resolvessem entre si.

Calisto, ainda zangado, saiu do hospital para procurar Ramon, e logo avistou Sandra saindo de um carro.

Ele caminhou rapidamente até ela.

Sandra sorriu e o cumprimentou:

– Oi, veterano.

Calisto não sabia que expressão adotar.

Ele olhou para dentro do carro por um momento e apenas respondeu com um aceno de cabeça.

Depois que Sandra foi embora, por mais que Calisto pensasse, ele ainda sentia que Daniela estava sendo injustiçada, e o pior era que essa pessoa que entrou pelos fundos tinha uma boa relação com ele.

Ramon nunca se importou com nenhuma mulher antes.

Agora, seu interesse especial por Sandra parecia ser algo além do normal.

Como ele poderia estragar a felicidade do seu amigo?

Era uma raridade Ramon se empenhar para agradar uma mulher.

– Não entendo, o que você viu na Sandra?
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