Ela mordeu o lábio inferior, tentando manter algum resquício de controle, mas a forma como ele a tocava a deixava sem qualquer defesa. — Eu… — Ela hesitou, e Álvaro pressionou o quadril contra o dela, fazendo-a soltar um gemido baixo. — Diga — ele ordenou, a voz rouca, carregada de desejo. — Eu te quero… A confissão saiu em um sussurro, mas foi tudo o que ele precisava ouvir. Num movimento ágil, ele a virou na cama, ficando por cima novamente, os olhos cravados nos dela enquanto afastava o que restava de suas roupas. O que aconteceu a seguir foi inevitável. Um encontro de corpos e almas, onde o desejo falou mais alto que qualquer ressentimento. Álvaro a tomou como se quisesse gravar
O silêncio que se seguiu foi carregado de tensão, quase palpável. O peito de Álvaro subia e descia, os olhos frios como gelo cravados em Isabele, que, por sua vez, se recusava a desviar o olhar. Ela apertava os lençóis contra o corpo, como se a fina barreira de tecido pudesse protegê-la do homem à sua frente. — De novo esse maldito vídeo… — Ele passou a mão pelos cabelos, exalando impaciência. — Quer saber? Não vou perder meu tempo negando isso mais uma vez. Pense o que quiser. A frieza em sua voz cortou Isabele como uma lâmina afiada. — E quer saber de uma coisa? — Ele deu um passo à frente, estreitando os olhos. — Fico feliz em saber que fui o único homem que esteve dentro de você, que te possuiu. Porque adoro saber que só eu sei o quant
Inspirando fundo, ela fechou os olhos e jurou, mais uma vez, que aquilo não voltaria a acontecer. Mas quantas vezes já tinha feito esse juramento? Quantas vezes prometera a si mesma que resistiria a Álvaro e, no fim, acabava se rendendo ao toque dele? Dali em diante ia ser diferente. Tinha que ser. Com essa decisão martelando em sua mente, Isabele recolheu suas roupas e foi para o banheiro. Ligou o chuveiro e deixou a água quente escorrer por seu corpo, tentando lavar não apenas o cheiro dele, mas também as lembranças do desejo e a paixão que compartilharam a momentos atrás. Quando saiu, secou-se rapidamente, vestiu-se e ajeitou o coque alto que refez , deixando alguns os fios soltos que emolduravam seu rosto. Retocou o batom com precisão, um gesto pequeno, mas que lhe devolvia um pouco da firmeza que Álvaro sempre tentava
O ar fresco do lado de fora ajudou a clarear um pouco a mente de Isabele, mas não o suficiente para acalmar a raiva que a consumia. Ela se desvencilhou do toque de Álvaro e lançou um olhar furioso para ele. — Vai ser sempre assim? — disparou. Ele franziu o cenho. — Assim como? — Você vai sempre me constranger na frente dos outros com esse seu teatrinho ridículo de Don Juan de quinta? Álvaro parou de andar e virou-se completamente para ela, os olhos faiscando com um brilho desafiador. — Se você continuar me desafiando e me desmerecendo na frente dos outros, sim. — Ele deu um passo à frente, obrigando-a a inclinar a cabeça para encará-lo. — E, para sua informação, eu dispe
Isabele gelou. — O que quer dizer com isso? — Que eu vou ficar aqui até partirmos juntos. Ela deu um passo para trás, como se ele tivesse acabado de ameaçá-la. — De jeito nenhum! Eu não quero você aqui, me vigiando o tempo todo! O sorriso de Álvaro se alargou. — Ou é isso, ou eu levo Davi comigo agora e nós dois te esperamos lá. Isabele sentiu um misto de raiva e desespero. — Você é insuportável! — Eu sei — ele disse, sem a menor vergonha. Ela cruzou os braços, tentando parecer indi
A noite caía lentamente sobre o apartamento , e Álvaro tentava, a todo custo, manter o controle sobre sua mente inquieta. Desde que chegara a Goiás, cada dia ao lado de Isabele era uma batalha travada entre seu desejo insaciável por ela e a necessidade de provar que poderiam ser mais do que dois corpos em combustão. Ele queria mais. Queria que ela admitisse que ainda o amava, que ainda o desejava, que essa guerra de orgulho entre eles era apenas uma fachada para esconder a verdade. Mas justo quando tudo parecia caminhar na direção certa, quando sentia que finalmente estava reconquistando seu lugar ao lado dela e de Davi, seu telefone tocou. Álvaro atendeu o telefone no segundo toque, sem esconder o incômodo ao ver o nome de Luana na tela. Ele sabia que mais cedo ou mais tarde ela ligaria, mas não esperava que fosse
Ele apertou os punhos, sentindo o temperamento explodir. — Você sabe muito bem que isso não é uma opção,eu não vou voltar sem você e o meu filho. Ela riu, um riso sem humor. — E por quê?Porque precisa tanto antecipar essa volta ? Álvaro inspirou fundo antes de soltar a bomba. Ele apertou os punhos, sentindo o temperamento explodir. — Luana está grávida. O silêncio que se seguiu foi denso como uma tempestade prestes a desabar. Isabele piscou lentamente, como se não tivesse entendido direito. Então, seu rosto se transformou, a expressão passando da confusão para a incredulidade e depois para a fúria. O silêncio que se seguiu foi denso como uma tempestade prestes a desabar. Isabele piscou lentamente, como se não tivesse entendido direito. Então, seu rosto se transformou, a expressão passando da confusão para a incredulidade e depois para a fúria. — O quê?! Álvaro manteve o olhar fixo nela, sem desviar. — Ela está grávida. De 8 semanas. O peito dela subia e desc
Isabele sentiu seu sangue ferver. — Você é um arrogante convencido! Ele deu um passo à frente, reduzindo a distância entre eles, a presença dele sufocante, avassaladora. — Não é convencimento, Isabele. É só ter consciência da verdade. O mesmo sentimento que eu tenho por você, você tem por mim. Nós dois sabemos que essa relação entre nós sempre será assim… sempre estaremos em guerra. E eu não me importo, desde que você esteja ao meu lado… e na minha cama. Antes que ela pudesse reagir, Álvaro segurou sua cintura e a puxou para ele. O choque do contato fez Isabele prender a respiração. Ela tentou empurrá-lo, mas ele foi mais rápido, inclinando-se e capturando seus lábios em um beijo feroz, exigente. Ela resistiu. Por um segundo, se debateu, os punhos pressionando o peito dele. Mas, como sempre, a química entre eles era explosiva, viciante. Seu corpo traiu sua mente, e ela se entregou, retribuindo o beijo com a mesma intensidade, puxando-o para mais perto, os dedos cravando-se no