Elisabeth.Ele me leva até o Box e começa a dar banho em mim, de um jeito calmo e gentil.— Obrigada por estar cuidando assim de mim, Chris. — Fecho os olhos, absorvendo a sensação deliciosa de estar com a maravilha das duas mãos dele passeando pelo meu corpo molhado. — Não tem que me agradecer, Elisa. Você é nossa mulher, é nosso dever fazer isso — beija minha clavícula e sorrio, enquanto ele continua ensaboando meu corpo todinho até enxaguar. — Vamos sair? Você já está limpa — agora beija minha testa e me pega no colo, imediatamente desligando o chuveiro. Envolvo seu pescoço em meus braços enquanto ele me carrega para fora do banheiro, deixando-me gentilmente de pé diante a cama, indo pegar uma toalha. Eles realmente mudaram durante esses anos. Parecem mais maduros, não sei. — Aqui. — Ele se aproxima com a toalha em sua mão. — Me deixe cuidar de você — e começa a me secar. — Chris, por que vocês estão sendo mais gentis comigo? — Pergunto e ele suspira, me encarando. — Sabe
Elisabeth.Rapidamente vou ao meu quarto para trocar de roupa, afinal, preciso me vestir melhor para essa ocasião. Estou tão feliz que vou conhecer essa cidade! Caminho até o closet e me perco ao escolher um vestido em meio a todos os outros. Um mais lindo que o outro. Minha vida não poderia estar mais difícil. Vasculho e vasculho até encontrar um vestido roxo, que me parece perfeito. Ele é curto, a barra esbarrando nos joelhos e um decote em V que ressalta os peitos. É, acho que vai dar certo. Enfim, deu. Olho-me no espelho e gosto do que vejo. A cor é linda e destaca perfeitamente em minha pele. Escolho também um par de sapatilhas roxo e deixo meus cabelos soltos. Pronta, passo perfume e coloco meu celular dentro de uma bolsinha de lado. Saio do quarto e rumo para o andar de baixo, encontrando Dylan à minha espera. — Pronta, meu amor? — Pergunta, admirando-me de cima a baixo. — Sim, amor. Quero conhecer essa linda cidade.— Você vai amar. — Ele entrelaça nossos dedos. — A pr
Elisabeth.Dylan estaciona o carro na garagem e imediatamente saímos, seguindo para a mansão, muito cansados. Entretanto, não me arrependo de estar cansada. Foi o melhor encontro que tive na vida, na verdade, nunca pensei que um encontro poderia ser tão legal. Nos jogamos no sofá, cansados, e deito minha cabeça em seu ombro, relaxando um pouco. ― Dylan, por que não posso fazer faculdade? ― Pergunto, após um longo período de silêncio. ― Nós não queremos que a nossa mulher seja o centro de atenções de outros homens. ― Responde, bem possessivo, fazendo-me revirar os olhos. ― Você está sendo infantil, Dylan. Quero estudar, nunca tive essa oportunidade. Agora posso ter. Eu amo vocês e isso não vai mudar, não estou atrás de outros homens e, sim, de um futuro melhor. ― Você sabe falar em italiano? ― questiona, me encarando. Suspiro. ― Não, mas posso aprender num curso. Agora é a vez dele de revirar os olhos. ― Já basta faculdade e agora curso? Se quer se livrar da gente, é só fala
Elisabeth.A luz do sol irradia e bate em meu rosto, fazendo-me despertar. Resmungo um pouco por esquecer totalmente de fechar a cortina. Solto um bocejo e me sento na cama, espreguiçando o meu corpo. Pego meu celular para ver a hora e são dez e meia. Eu dormi tanto assim? Eu realmente estou cansada por conta do passeio que dei com Dylan ontem. Se ele não tivesse sido um babaca ontem, eu teria com certeza transado com ele. Desço da cama e vou até o banheiro, ainda bocejando um pouco mais. Confiro meus cabelos no espelho e, talvez, eu esteja com vontade de pintá-los e cortar as pontas. Meus pensamentos sobrevoam e, por um instante, imagino-me ficando grávida deles um dia. Como isso seria? Do jeito que é, eu sofreria um aborto, por causa de todo estresse que passo com eles. Me pergunto como eles estão após a foto que postei ontem e solto uma risada. Se aprontei o que aprontei, é para eles nunca mais fazer o que bem entendem comigo. Eu sou uma vida, eu sou eu e decido por mim, n
Elisabeth.Ainda estou na praça, sentindo-me um pouco mais calma depois de chorar muito. Sinto meus olhos arderem um pouco, respiro fundo e fito o céu, vendo-o se abrir de novo depois da tempestade. Estar sozinha até que me tranquilizou um pouco, mas meu coração ainda dói muito por ter sido enganada mais uma vez pelos homens que amo. Por que isso só acontece comigo? Por que quando estou feliz acontece alguma coisa? Sempre me questiono e nenhuma resposta vem. Ainda não creio que eles mentiram para mim, pensei terem mudado esse hábito, mas me enganei. Feio. Também me sinto mal por aquela mulher. Ela foi iludida por todos eles, assim como eu. Querendo ou não, ela é tão vítima quanto eu. Somos duas trouxas. Respiro fundo várias vezes, tentando acalmar as batidas do meu coração e decido me levantar do banco, toda molhada, mas não estou incomodada nem um pouco. Olho em volta e ando em direção à mansão, com um pequeno problema: me sinto perdida. Pronto. Era só o que faltava! Minha vid
Elisabeth.Acordo sentindo meu corpo todo dolorido e me sinto burra por adormecer nesse chão duro. Suspiro resignada e me sento, soltando alguns resmungos ao sentir meus braços dormentes e meu pescoço travar. Por que dormi no chão mesmo? Capaz de eu acabar adoecendo por isso. Me levanto com muito esforço e caminho até o banheiro parecendo um zumbi. Olho o meu reflexo no espelho e nem me surpreendo com a minha aparência acabada. Removo minhas roupas de ontem, sentindo o cheiro de morrinha surtir delas e entro no box, já ligando o chuveiro. Minha cabeça dói e logo as lembranças do passado vem à tona, deixando-me muito mal. — Eu preciso sair daqui. Viu, Elisa, eles não te amam… Falamos isso para você… Você nem acreditou no que dissemos… ninguém te ama. Ninguém vai se importar se você morrer… Coloco as mãos no topo da cabeça, apertando com força, assim como meus olhos. — Calem a boca!Morra… ninguém vai sentir a sua falta… morra… morra… morra… Encaro meu reflexo através do
Elisabeth.Faz dois dias que não falo direito com eles. Passo a maior parte do meu tempo na biblioteca, só hoje já li mais de dez livros. Realmente amo ler, qualquer livro, isso me distrai bastante, e me esconde de todos eles. Não estou a fim de conversar, de dar ouvidos ao que quer que eles tentam dizer, me convencer. Tanto que não reparo direito quando Dylan adentra no cômodo, vindo em minha direção. ― O que você quer? ― inquiro, sem tirar os olhos do livro. ― Hoje vai ter um baile e gostaríamos que você fosse conosco. Miro-o. ― E por que eu deveria ir com vocês? ― meu tom é sério e ele suspira. ― Sabemos que erramos com você, Elisa, mas por favor, venha conosco. Reviro os olhos para o seu pedido de merda. ― Esse baile envolve crime como o outro? ― Não, não é como aquele leilão. É só um baile, onde todos podem conversar sobre qualquer assunto. Há sim pessoas perigosas no local, mas ninguém vai fazer nada com você.Bufo. ― Já ouvi isso uma vez, e olha o que me aconteceu.
Elisabeth.Suspiro quando carro para em frente ao shopping e logo descemos, mas não deixo de olhar para o motorista, que vem em nossa direção. — Você pode nos esperar aqui, já voltamos — digo e ele tenta negar. — Vai ser rápido. Sergio solta uma lufada e assente. ― Sim, senhora. Rosa e eu entramos no shopping e a peço para me levar para uma loja de vestidos. Pegamos a escada rolante de imediato, uma vez que a loja fica no andar superior. Quero um vestido bem sexy, me recuso em abaixar a cabeça para eles, já estou bem cansada disso. Ao entrarmos na loja, a atendente vem até nós. — Posso aiutare con qualcosa? — a atendente pergunta e me volto para Rosa. — Posso ajudar em alguma coisa? — traduz minha companheira, que prossegue em italiano. — Queremos ver algumas roupas. Essa língua é realmente bem interessante e charmosa. — Seguimi per favore. Nós seguimos a vendedora e procuro por algum vestido, andando de um lado para o outro pela loja, até encontrar um vestido verm