Elisabeth.Dylan estaciona o carro na garagem e imediatamente saímos, seguindo para a mansão, muito cansados. Entretanto, não me arrependo de estar cansada. Foi o melhor encontro que tive na vida, na verdade, nunca pensei que um encontro poderia ser tão legal. Nos jogamos no sofá, cansados, e deito minha cabeça em seu ombro, relaxando um pouco. ― Dylan, por que não posso fazer faculdade? ― Pergunto, após um longo período de silêncio. ― Nós não queremos que a nossa mulher seja o centro de atenções de outros homens. ― Responde, bem possessivo, fazendo-me revirar os olhos. ― Você está sendo infantil, Dylan. Quero estudar, nunca tive essa oportunidade. Agora posso ter. Eu amo vocês e isso não vai mudar, não estou atrás de outros homens e, sim, de um futuro melhor. ― Você sabe falar em italiano? ― questiona, me encarando. Suspiro. ― Não, mas posso aprender num curso. Agora é a vez dele de revirar os olhos. ― Já basta faculdade e agora curso? Se quer se livrar da gente, é só fala
Elisabeth.A luz do sol irradia e bate em meu rosto, fazendo-me despertar. Resmungo um pouco por esquecer totalmente de fechar a cortina. Solto um bocejo e me sento na cama, espreguiçando o meu corpo. Pego meu celular para ver a hora e são dez e meia. Eu dormi tanto assim? Eu realmente estou cansada por conta do passeio que dei com Dylan ontem. Se ele não tivesse sido um babaca ontem, eu teria com certeza transado com ele. Desço da cama e vou até o banheiro, ainda bocejando um pouco mais. Confiro meus cabelos no espelho e, talvez, eu esteja com vontade de pintá-los e cortar as pontas. Meus pensamentos sobrevoam e, por um instante, imagino-me ficando grávida deles um dia. Como isso seria? Do jeito que é, eu sofreria um aborto, por causa de todo estresse que passo com eles. Me pergunto como eles estão após a foto que postei ontem e solto uma risada. Se aprontei o que aprontei, é para eles nunca mais fazer o que bem entendem comigo. Eu sou uma vida, eu sou eu e decido por mim, n
Elisabeth.Ainda estou na praça, sentindo-me um pouco mais calma depois de chorar muito. Sinto meus olhos arderem um pouco, respiro fundo e fito o céu, vendo-o se abrir de novo depois da tempestade. Estar sozinha até que me tranquilizou um pouco, mas meu coração ainda dói muito por ter sido enganada mais uma vez pelos homens que amo. Por que isso só acontece comigo? Por que quando estou feliz acontece alguma coisa? Sempre me questiono e nenhuma resposta vem. Ainda não creio que eles mentiram para mim, pensei terem mudado esse hábito, mas me enganei. Feio. Também me sinto mal por aquela mulher. Ela foi iludida por todos eles, assim como eu. Querendo ou não, ela é tão vítima quanto eu. Somos duas trouxas. Respiro fundo várias vezes, tentando acalmar as batidas do meu coração e decido me levantar do banco, toda molhada, mas não estou incomodada nem um pouco. Olho em volta e ando em direção à mansão, com um pequeno problema: me sinto perdida. Pronto. Era só o que faltava! Minha vid
Elisabeth.Acordo sentindo meu corpo todo dolorido e me sinto burra por adormecer nesse chão duro. Suspiro resignada e me sento, soltando alguns resmungos ao sentir meus braços dormentes e meu pescoço travar. Por que dormi no chão mesmo? Capaz de eu acabar adoecendo por isso. Me levanto com muito esforço e caminho até o banheiro parecendo um zumbi. Olho o meu reflexo no espelho e nem me surpreendo com a minha aparência acabada. Removo minhas roupas de ontem, sentindo o cheiro de morrinha surtir delas e entro no box, já ligando o chuveiro. Minha cabeça dói e logo as lembranças do passado vem à tona, deixando-me muito mal. — Eu preciso sair daqui. Viu, Elisa, eles não te amam… Falamos isso para você… Você nem acreditou no que dissemos… ninguém te ama. Ninguém vai se importar se você morrer… Coloco as mãos no topo da cabeça, apertando com força, assim como meus olhos. — Calem a boca!Morra… ninguém vai sentir a sua falta… morra… morra… morra… Encaro meu reflexo através do
Elisabeth.Faz dois dias que não falo direito com eles. Passo a maior parte do meu tempo na biblioteca, só hoje já li mais de dez livros. Realmente amo ler, qualquer livro, isso me distrai bastante, e me esconde de todos eles. Não estou a fim de conversar, de dar ouvidos ao que quer que eles tentam dizer, me convencer. Tanto que não reparo direito quando Dylan adentra no cômodo, vindo em minha direção. ― O que você quer? ― inquiro, sem tirar os olhos do livro. ― Hoje vai ter um baile e gostaríamos que você fosse conosco. Miro-o. ― E por que eu deveria ir com vocês? ― meu tom é sério e ele suspira. ― Sabemos que erramos com você, Elisa, mas por favor, venha conosco. Reviro os olhos para o seu pedido de merda. ― Esse baile envolve crime como o outro? ― Não, não é como aquele leilão. É só um baile, onde todos podem conversar sobre qualquer assunto. Há sim pessoas perigosas no local, mas ninguém vai fazer nada com você.Bufo. ― Já ouvi isso uma vez, e olha o que me aconteceu.
Elisabeth.Suspiro quando carro para em frente ao shopping e logo descemos, mas não deixo de olhar para o motorista, que vem em nossa direção. — Você pode nos esperar aqui, já voltamos — digo e ele tenta negar. — Vai ser rápido. Sergio solta uma lufada e assente. ― Sim, senhora. Rosa e eu entramos no shopping e a peço para me levar para uma loja de vestidos. Pegamos a escada rolante de imediato, uma vez que a loja fica no andar superior. Quero um vestido bem sexy, me recuso em abaixar a cabeça para eles, já estou bem cansada disso. Ao entrarmos na loja, a atendente vem até nós. — Posso aiutare con qualcosa? — a atendente pergunta e me volto para Rosa. — Posso ajudar em alguma coisa? — traduz minha companheira, que prossegue em italiano. — Queremos ver algumas roupas. Essa língua é realmente bem interessante e charmosa. — Seguimi per favore. Nós seguimos a vendedora e procuro por algum vestido, andando de um lado para o outro pela loja, até encontrar um vestido verm
Elisabeth.Ao chegar no local, o motorista abre a porta traseira para descermos todos do carro e me surpreendo com o clima do lugar. Há várias pessoas na porta, flashs estouram sobre mim, vários repórteres tentando falar com quem quer que se aproximasse, inclusive a gente. A maioria deles sonda os rapazes enquanto atravessamos parte do tapete vermelho. Várias perguntas são sobre mim, quem eu sou e o que eu estou fazendo ao lado deles. Tanta coisa, que minha cabeça dói. Entramos na festa e há várias pessoas, fico chocada com a quantidade de gente e sorrio disfarçadamente ao perceber olhares masculinos sobre mim. — Vou matá-los por ficarem te olhando assim — Lorenzo exclama, enfurecido, mas não ligo, estou me divertindo. Vejo um homem bem arrumado vindo na nossa direção, ele é alto e parece asiático, não sei se é japonês ou chinês, então fico na minha. Ele é branco, tem olhos castanhos escuros e cabelos pretos, não posso negar que ele é lindo. ― Olá, senhores Thompson, como vocês e
DylanQuando Elisa se retira para ir ao banheiro, vejo ao longe o filho de Sebastian e fico receoso quanto a ele estar aqui por vingança à morte do pai e tente algo com ela. — Dylan, pare de ficar encarando. — Alex me repreende e solto uma lufada. — Eu não consigo, Alex. Tenho medo de que ele tente fazer mal a Elisa — dou um gole do meu vinho. — Sabemos disso, irmão. Você não é o único preocupado com essa situação, nós sabemos que ela pode estar correndo perigo, mas dessa vez vamos a proteger. — Thomas rebate, sério. — Podemos colocar alguém de confiança para ser o guarda-costas dela.— Isso pode ser arranjado. — Concordo. — Também precisamos de seguranças de confiança dentro de casa, porque ele pode colocar alguém lá dentro sem que os outros funcionários percebam. — Sim, vou falar com o Marcos para ver se ele consegue alguém de confiança para nós. — Christopher diz. Concordamos com ele.— A Elisa está demorando. — Lorenzo fala, olhando em direção ao corredor dos sanitários. —