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Capítulo 2- um salvamento bem ousado

Cláudia  colocou bastante força e quando sentiu sua perna desprender ela a puxou rapidamente de debaixo do banco.

-Você já escalou alguma vez?

Ela perguntou ao sobrevivente e ele respondeu que não.

_pois hoje será a sua primeira oportunidade de escalar e sua única possibilidade de sobreviver.

Falou ela, tirando seus equipamentos de segurança e colocando no sobrevivente enquanto lhe explicava a situação onde se encontravam:

-Acima de nós são apenas 4 metros de altura, você terá que escalar, mais isso não é o único problema, o terreno está escorregadio devido a chuva, os galhos não vão aguentar o nosso peso e se isso acontecer ,abaixo de nós são mais de 10 metros de queda, ninguem sobreviverá a isso se acontecer, eu sei que é cruel eu dizer isso para voce devido a situação em que está, mais teremos que deixar os corpos de seus companheiros no carro.

Esperando uma reação mais desesperada Claudia se preparou para discutir com o cara caso ele não entendesse a gravidade da situação, porem ele não esboçou nenhuma reação e apenas disse:

-eu entendo.

Talvez ele tivesse entrado em estado de choque, Claudia entendeu sua situação e não disse mais nada sobre isso.

-Vamos, eu vou sair primeiro e voce pise aonde eu pisar, teremos que andar pelos galhos e qualquer movimento em falso, já era.

Assim ela fez, saiu do carro com o máximo de cuidado, o sobrevivente levantou com dificuldade e deu somente três passos e disse:

-Eu não voou conseguir escalar, meu ombro esta bastante ferido, não terei forças para isso, minha perna esta doendo muito, mal conseguir dar esses passos...vá sem mim, ninguem irá te culpar se eu não sobreviver, voce não merece morrer para salvar a vida de um desconhecido.

-Nem pensar! eu não irei te abandonar aqui, isso jamis acontecerá, se eu não te salvar, serei mesma que irei me culpar pelo resto da minha vida, deve haver outro jeito, deixe-me pensar um pouco.

Falou ela decidida, pensou alguns segundos e teve uma ideia.

_Eu tenho experiências em escaladas, portanto conseguirei subir rapidamente apesar das condições do solo, já escalei chovendo, então os pingos de chuvas não vão me atrapalhar, escute o que voou fazer: eu vou subir e puxarei a sua corda, você só terá que tomar cuidado para não se machucar mais, não ira precisará fazer muita força, acha que consegue? entende dos riscos?

O homem ficou bastante impressionado pela ousadia e discernimento e calmaria com que Cláudia lhe dava mesmo nessa situação de perigo, ele então balançou a cabeça em confirmação. Assim ele começou a subir, depois de alguns minutos ela conseguiu alcançar o topo do penhasco,correu até o seu jipe, entrou e girou a chave e começou a puxar a corda. Quando viu que ele chegava ao topo também, foi em sua direção o puxou para cima, o tirando de vez do penhasco.

-vamos, deixe eu te ajudar a caminhar até o meu jipe.

Falou ela, segurando a cintura do homem e passando a outra mão sobre os ombros dele e foram em direção ao seu jipe, ela guardou a corda e dirigiu rumo a sua fazenda.

-Calma, logo chegaremos em minha casa, lá poderei cuidar dos seus ferimentos, eu não tenho experiência em cuidar de humanos feridos, eu sou veterinária e cuido somente de animais, mais eu prometo que não te deixarei morrer, além disso, é inviável te levar até a cidade, a mais próxima fica acerca de 30 km para trás , enquanto que a minha casa só fica ha 10 km daqui para a frente.

-Qual é o seu nome?

Ela perguntou se dando conta de que ainda não havia perguntado o nome do homem que ela acabara de salvar do penhasco.

-Cesar augusto, obrigado por me salvar, qual é o seu nome?

_Claudia Serrano, este é o meu nome, agora descanse, tente não fazer muito esforço, logo chegaremos, aqui na minha bolsa eu tenho um xale, amarre sua perna ferida para não perder mais sangue.

Disse ela enquanto mexia em sua bolsa e pegava o xale florido e o entregando. Ele pegou o xale e amarroou a perna.

Claudia dirigia o mais rápido que podia, pois o terreno estava enlameado, a chuva teimava em cair. Ela sabe que o carona esta em grave perigo, ele perdeu muito sangue e para piorar suas roupas estavam encharcadas, podendo dar hipotermia.

-Aguente firme, só tem mais alguns quilômetros, veja ali, é a porteira da minha fazenda.

Disse Claudia apontando para as duas enormes porteiras de madeira que davam entrada para a sua propriedade na fazenda, dali para a sua casa eram apenas mais 3 km de estrada.

Ela dirigiu esses km e parou em frente a uma suntuosa casa de fazenda. Ao longo de suas propriedades, grandes vinhedos se estendiam, se tornando uma grande e lucrativas dona de uma das melhores sacras de vinho de toda a região.

Já em frente a porta, ela buzinou forte e isso não era algo que ela costumava fazer, então de dentro da casa saíram dois homens,um mais velho com seus cinquenta e pouco anos, outro mais novo no auge dos seus trinta anos. Outra mulher ficou a porta, essa é sua segunda mãe, ela foi sua babá e hoje é mais que uma simples empregada.

_Patroinha, o que aconteceu?

Perguntou o mais velho dos homens, ao ver Claudia descer do jipe e ir em direção~ao banco do carona.

_Me ajudem aqui, vamos levar esse homem ferido para dentro.

-Minha nossa senhora, o que aconteceu patroinha?. Perguntou o homem novamente, ainda mais assustado.

-Depois eu explico, ele precisa de cuidados urgente.

Os dois homens levaram o ferido para dentro e Claudia foi logo atras.

-o que está acontecendo? quem é esse rapaz e como ele ficou ferido?

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