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Capítulo 5 - Lei X Realidade

-Acredite! A polícia não poderá me ajudar muito.

-Como não? eles são a Lei!

_Nem sempre a Lei está do lado certo! È melhor não falarmos mais desse assunto.

Cláudia sentiu um arrepio na espinha ao ouvir isso e disse:

-Pronto, acabei! agora descanse um pouco, o dia está quase amanhecendo, eu vou voltar para o meu quarto, se precisar de alguma coisa, pode chamar, que alguém virá. Boa noite!

Disse ela saindo do quarto e fechando a porta, chegando em seu quarto , ela deitou-se em sua grande cama com cabeceira de cumarú, uma madeira de cor escura, ornando com a decoração do quarto, ela ama a cor preta e vermelha, dando um ar de mistério ao ambiente, alguns dizem que essas cores fortes não combinam muito com ela, já que sua aparência é de uma pessoa meiga e delicada, no entanto, ao mesmo tempo que ela aparentasse isso, era também muito forte, corajosa, teimosa e decidida. Seus pais a criaram para que fosse independente, seu pai queria um filho varão, mais quando soube que viria uma menina, ele não importou, amaria do mesmo jeito, sua esposa teve complicações no parte de Cláudia e acabou por não poder engravidar mais, Damian então cuidou de colocar a filha a par de tudo o que acontecia na fazenda, um dia ela seria dona de tudo aquilo e deveria saber como lidar com tudo sozinha. Sua mãe Clarinda sabia que isso seria necessário, mais não deixou de lhe ensinar a delicadeza e a meiguice feminina, isso não foi nenhum sacrifício para Cláudia, ela sabia que era necessário para sobreviver nesse mundo que é extremamente machista. Ela sempre gostou da fazenda, dos animais , a paixão é tamanha que fez com que ela se formasse em veterinária para cuidar da saúde dos animais de sua fazenda e até de outras, também fez curso de administração voltada para cuidar de assuntos do campo e da sua fazenda.

Seus pais morreram , mas seu legado foi deixado e está sendo bem cuidado. Eles morreram em um acidente de carro, em uma noite chuvosa, ouve um deslizamento de terra e seu carro foi soterrado com os dois dentro, ele estavam indo ao encontro de Cláudia, era sua formatura e ela estava esperando-os na cidade do Novo Horizonte. Naquele fatídico dia, sua alegria se tornou tristeza e ao invés dela só receber o diploma, recebeu também, atestados de óbito dos seus próprios pais.

Foi difícil para ela superar tudo, seus amados pais partiram juntos e a deixaram para trás sozinha, foi isso que ela sentiu durante anos, mais com ela estava Maria, sua babá e segunda mãe, ela foi bem cuidada e isso a fez aceitar os desígnios de Deus. Após a perda, ela passou a cuidar ainda mais da fazenda, encarou tudo de frente, sendo corajosa e forte como seu pai lhe ensinou e ao mesmo tempo delicada e meiga como sua mãe lhe ensinou também.

Quando ela viu aquele carro no penhasco e que talvez nele estivesse alguém vivo, ela decidiu que ajudaria, mesmo se arriscasse a sua própria vida. Ela pensou que talvez aquilo fosse uma maneira de se redimir , já que no dia do acidente de seus pais ela não pode fazer nada.

Assim ela fez e ajudou o único sobrevivente daquela tragédia, César Augusto, o homem que apareceu do nada em sua vida. Claúdia se esforça muito para que onde estejam, seus pais sempre se orgulhem dela. Maria ou Bah, como ela carinhosamente a chama é amada por Claúdia, Antônio é casado com Maria, eles têm dois filhos, Josué e Laura.

Josué permaneceu na fazenda, enquanto sua irmã, foi morar na cidade, ela nunca gostou do campo.

Maria e Antonio se conheceram na fazenda Sol Nascente, se apaixonaram, casaram e tiveram seus filhos, mais nunca pensaram em abandonar aquele lugar. Eles trabalhavam para os pais de Claúdia e depois que eles partiram continuaram trabalhando para ela, tendo a gratidão dela e a admiração.

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