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Capítulo 4-Segredos

Quando ela saiu do quarto, estando agora sozinho, ele discou alguns números de telefone e uma pessoa ao outro lado da linha atendeu:

-Alô !

_Paulo, sou eu,Cesar Augusto!

-Chefe, o senhor está bem, o que aconteceu, estávamos vasculhando a cidade e não encontramos o senhor.

-Eu fui emboscado, atiraram contra o meu carro e depois o arrastaram com nós dentro até um penhasco. Eu conseguir sobreviver, mais os outros não, eu fui baleado no ombro, tive um ferimento na perna e alguns hematomas, mais estou vivo, armaram para mim.

-Será que foi serviço dos homens de Matteo?

-Sim, eu acredito que talvez tenham sido eles, mas não tenho certeza, quero que investigue direito isso, quem fez isso terá que pagara caro, meus seguranças e meu motorista viraram cadáveres, não deixarei que os culpados saiam impunes.

-Como sobreviveu? Aonde o senhor está? Eu irei imediatamente buscar o senhor?

_Eu estou bem melhor agora!Uma moça me salvou e cuidou dos meus ferimentos, vou passar a noite aqui, uma forte chuva fez com que a estrada ficasse alagada. Eu vou passar o endereço e amanhã de manhã você vem me buscar, seja discreto, ninguém daqui sabe quem eu sou.

após dizer isso, ele desligou, apagou o registro de chamada e foi tentar dormir, mas só depois de tomar mais alguns goles do liquido alcoólico que tinha na garrafa deixada por Claudia, para amenizar um pouco das dores que ele estava sentindo, após fechar os olhos ele disse:

-Que mulher!

Referindo-se a Cláudia,obviamente. Enquanto isso em seu quarto, Cláudia tomou um banho, vestiu seu pijama e deitou-se.

-Que homem misterioso!

Falou Cláudia fechando os olhos, mesmo sabendo que seria difícil dormir naquela noite.

Embora não o tenha perguntado, um turbilhão de perguntas rodeavam a sua cabeça: “Quem seria aquele homem? porque estaria tão ferido?Será que alguém tentou mata-lo? quem eram aqueles que morreram dentro do carro? Porque ele não esboçou nenhuma reação?como o carro ficou naquele estado?seria aquele homem alguém perigoso?

-Não pode ser, estou pensando demais!

Disse ela revirando-se na cama e tentando afastar esses pensamentos inoportunos. Cochilou um pouco e acordou, olhou no despertador em cima da sua cômoda perto da cama e marcava 11: 00 da noite, se levantou e foi até o quarto aonde estava o ferido.

Ela bateu na porta que Antônio e Josué estavam.

-Patroinha, o que faz acordada uma hora dessa?

-Ele chamou alguma vez?

-Não patroinha!

Respondeu o homem mais velho chamado Antonio.Em seguida, Josue apareceu e a questionou:

_Não acha que está se preocupando demais com um desconhecido?

Cláudia apesar de meiga e delicada,não gosta que questionem suas decisões, por isso respondeu firmemente:

-Eu sei o que estou fazendo! não cabe a você e nem a ninguém, questionar isso. Podem voltar a dormir, irei vê-lo ,para checar como ele esta.

Depois que falou isso, ela rodou a maçaneta da outra porta e entrou no quarto aonde Cesar augusto estava acomodado, ele dormiu pesadamente, embora parecesse que estava em um mar de tormentos, pois mexia e remexia na cama e o suor descia pelo seu peitoral que subia e descia rápido. Claudia caminhou até a cama e pousou uma das mãos na testa dele.

-Meus deus, você esta ardendo em febre!

Falou ela, sentindo o calor emanando da testa dele e aquecendo a mão dela. Ela molhou uma toalha e colocou sobre a testa dele, foi até a gaveta e pegou um termômetro e colocou debaixo do braço de Cesar Augusto, esperou o sinal sonoro do termômetro medindo quarenta e dois graus de febre.

-Estou com sede!

Disse Cesar Augusto abrindo os olhos lentamente, Claudia pegou a jarra com água que ela havia deixado mais cedo e encheu o copo com e o entregou para que matasse a sua sede, ele sentou-se na cama para melhor beber, ela tirou a toalha molhada da testa dele e ajeitou-lhe os travesseiros para ele ficar um pouco mais confortável.

-Você esta ardendo em febre! eu tenho antitérmico ali na cômoda , eu vou pegar para você tomar.

-Eu não vou tomar remédio!

_como é que é?

-Eu não vou tomar remédio nenhum!Eu não gosto !

Falou Cesar Augusto contrariando Claudia.

-Você não está em posição de recusar tomar remédio, esta com febre alta, por si só é perigosa e ainda mais em sua condição.

-Não adianta insistir!Eu não tomarei remédio nenhum.

-Ok! Eu não posso lhe obrigar a fazer o que não quer, só que terá que tomar um banho frio, para ver se essa febre baixa um pouco, eu vou pegar outra muda de roupas, uma mais adequada ao frio, você irá precisar, essa bermuda que está vestindo é ideal para o calor e não para o frio.

-Eu acho que seu namorado não irá gostar que eu esteja usando as roupas dele.

Claudia fez um pequena pausa, analisando a situação e depois respondeu:

-Não são do meu namorado!Eram de meu falecido pai!

Ela respondeu e fez outra pausa, só que breve, falar de seu pai lhe causava dor, ainda era muito recente, depois mudando de assunto disse:

-Eu não tenho namorado!

E depois saiu. Cesar augusto ficou se sentindo um tremendo idiota naquele momento.Depois ele tirou as roupas e foi até o banheiro, com dificuldade, já que sua perna estava doendo.

-Ela não tem namorado! Que bom!.

Disse ele sentindo seu corpo uma sensação de alivio, não sabendo se era devido a água fria que descia pelo seu corpo nu ou se pelo fato de saber que Claudia não tinha namorado.

Claudia entrava no quarto com a muda de roupas, quando escutou um som forte de algo caindo no chão, esse som veio do banheiro.

Ela jogou as roupas em cima da cama e foi correndo até o banheiro, quando entrou viu Cesar Augusto nu caído no chão.

-Você está bem? se machucou mais? o que aconteceu?

Perguntou ela indo na direção dele e o ajudando a se levantar, molhando suas roupas , já que o corpo de Cesar Augusto estava muito molhado, ela ficou tão preocupado com ele, que não se deu conta de que o estava abraçando e ele estava completamente pelado.

-Estou bem, eu apenas escorreguei, mais não me machuquei mais.

Claudia ainda o segurava firme, frente a frente com ele, ela vou descendo o olhar pelo corpo dele e suas bochechas imediatamente ficou vermelhas ao se dar conta de que ele estava nu. Ela virou-se de costas para ele e disse:

-Me desculpe, eu não tinha intenção de te ver desse jeito, eu só fiquei preocupada e não pensei em mais nada no momento, eu lhe trouxe roupas, esta em cima da cama, agora eu vou sair para que termine seu banho, tenha cuidado para não cair de novo, eu vou esperar la fora, ali tem toalhas limpas, pode usar qualquer uma.

Disse ela apontando para aonde estava as tolhas e depois saiu rapidamente do banheiro e depois do quarto, envergonhada com as mãos no rosto pensou:

-Que vergonha! E-Eu vi ele daquele jeito, o que ele vai pensar de mim?

Cesar Augusto, por outro lado, achou a reação dela muito fofa e até deu um sorrisinho de lado.

Antonio e Josué dormiam profundamente e sequer notaram a movimentação do quarto a frente. Quando césar Augusto terminou de tomar banho, pegou uma toalha e enrolou em volta da sua cintura, pegou outra e saiu enxugando o cabelo molhado, em seguida pegou as roupas que estavam em cima da cama e vestiu com cuidado.depois de vestir-se, ele disse:

-Você ainda está aí? eu já me vesti.

Ela ao escutar isso, entrou um pouco mais calma.

-Você pode se deitar!Eu vou trocar as bandagens, essas estão molhadas.

Ele atendeu ao seu desejo e deitou-se. Enquanto ela trocavam as bandagens, ele começou a olha-la discretamente, depois disse-lhe:

-Eu caí em uma emboscada, alguém armou para mim, alguns homens desceram de um carro e atiraram contra o meu carro e não satisfeito com isso, depois arrastaram o carro até aquele penhasco. Acredito que eles tenham certeza de que eu estou morto. E estaria se você não tivesse aparecido e me tirado de lá, você salvou a minha vida, sem você eu estaria morto. Eu não sei como te recompensar por isso. Estou em grande divida contigo! Obrigado por salvar a minha vida!.

-Não precisa me agradecer por isso, eu só fiz o que qualquer um faria na mesma situação, agora porque alguém atentaria contra a sua vida? e porque?.

Perguntou Cláudia um pouco assustada.

-Esse mundo é repleto de pessoas más, que não precisam de muito para desejar a morte de alguém....Não se engane Cláudia, nem todo mundo agiria da mesma forma que você, nem todo mundo arriscaria a própria vida para salvar a vida de um total estranho. Você é diferente de todas as mulheres que eu já conheci.

Claudia não deixou de sentir o seu coração palpitar rapidamente, ouvir aquelas palavras e elogios de Cesar Augusto deixou seu coração agitado.

-Você tem que procurar a polícia e contar-lhes o que aconteceu!.

Falou ela mudando um pouco de assunto.

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