Nada na vida é por acaso, Cláudia sabe disso, daquele fatídico encontro, nasce uma grande e avassaladora paixão, repleta de enganos, desilusões e tristezas.
César Augusto foi cercado por três carros a caminho de sua casa, seria uma armadilha do seu inimigo para tirar-lhe a vida. Seu carro foi alvejado por tiros, se não fosse a forte blindagem, ele e todos os passageiros teriam morrido na hora, como uma armadilha do seu opositor e do destino, seu carro virou sucata e foi arrastado até um penhasco em uma estrada quase que abandonada, naquele dia, uma forte tempestade se alastrou e a chuva teimava em cair, enquanto que ele ferido ,lutava por sua vida.
Um dia chuvoso fez com que Cláudia mudasse sua rota de volta para a sua fazenda Sol Nascente. Devido aos fortes ventos e a enxurrada, um grande árvore tombou tomando a estrada , a obrigando a ir pelo caminho da montanha, seu Jipe, fiel companheiro, conhecia bem aquele terreno íngreme e de solo arrenoso, embora não gostasse daquele caminho a noite, não restou outra opção a não ser se ariscar por aquele traiçoeiro caminho.
A chuva caía forte, os pingos tomavam conta do para-brisas do carro, relâmpagos clareavam a estrada mais forte que o próprio farol do belo automóvel.
-Que tempestade terrível,tenho que ter mais cuidado, pode haver deslizamentos nessa área.
Cláudia sabia dos perigos daquela região, pois parte dali pertencia a ela, desde pequena viveu com seus falecidos pais, agora que eles estão mortos, tudo pertence a ela. Mal terminou de falar e em uma curva, um clarão forte de um relâmpago seguido pelo estrondoso som do trovão fez com que algo fosse refletido; um carro preto abaixo do penhasco, a fazendo frear bruscamente. Ela ficou alguns segundos apertando forte o volante, tentando se acalmar do susto que acabou de levar.
Um pouco mais calma, vestiu sua capa de chuva e desceu do seu Jipe, ficando no meio da chuva e se aproximando do penhasco.quando avistara melhor o carro, ela gritou alto para que mesmo com o barulho da chuva que caia , desse para alguém dentro do carro escutar.
-Tem alguém ai? Oiie?
Esperou por respostas, mais como não obteve naquele momento ia virando de costas, quando escutou um som de buzina vindo de baixo aonde estava o carro preto. Seu coração palpitou forte e ela virou na direção do som.
-Está ferido? se estiver , der uma buzinada longa e se não estiver , buzine duas vezes seguidas.
Claudia disse e obteve como resposta uma buzinada longa.
_Consegue se mexer?
E ela novamente obteve uma buzinada longa se referindo ao sim.
_No meu Jipe tenho cordas e equipamentos para escaladas, vou lá pegar e lançarei uma corda para que você se segure .
Cláudia sabia que não tardaria até o carro despencar do penhasco, já que o carro estava apenas suspenso por alguns galhos de arvores e eram somente este que o impedia de cair.
Assim ela fez, foi o mais rápido possível até o jipe, pegou os equipamentos e lançou a corda para baixo em seguida ela perguntou:
_Você consegue amarrar a corda envolta de você?
E ela obteve como resposta duas buzinadas seguidas, o que significava que não era possível que o tripulante do carro conseguisse .
_Então, eu vou descer até aí para te ajudar!
Claudia sempre fez escaladas, na sua fazenda tinha belas grutas e montanhas, o que era ideal para praticar o esporte radical, em decorrência disso ela adquiriu bastante experiência ao longo dos seus 28 anos de idade. No entanto, dado a sua experiência, ela sabia a gravidade da situação, fortes chuvas naquela região sempre indicada deslocamentos e qualquer passo em falso custaria a sua própria vida.
Ela colocou os equipamentos de segurança, amarrou a corda no jipe e desceu devagar até onde o carro estava suspenso, este estava a cerca de 4 metros abaixo dela . O terreno estava escorregadio dificultando a descida, mais quando seus pés finalmente tocaram o capota do carro ela ficou em pé com cuidado, analisando se os galhos suportariam o peso extra, quando viu que poderia suportar por um tempo, ela disse :
-tente abrir a porta para eu colocar a corda dentro do carro, tem quantas pessoas ai dentro com você?
_4 pessoas.
-4 pessoas? então será um pouco mais complicado, terá que subir uma por uma.
-Não é necessário!
Falou a voz masculina de dentro do carro.
-Porque não?
Houve uma pequena pausa para que ele respondesse e quando respondeu disse:
-Os outros estão mortos.
Ao ouvir isso, foi inevitável, Cláudia não sentir um frio na espinha,tentou parecer
o mais calma possível quando viu a porta se abrir e ela jogar a ponta da corda para dentro do carro.
-Então amarre a corda em você.
-Não consigo, meu ombro direito esta preso e a minha perna também. Não consigo me mover muito, a porta eu abrir porque estava destravada.
A situação só piorava e ela estava ciente disso, era uma corrida contra o tempo para salvar a vida daquele homem desconhecido.Com destreza, ela conseguiu entrar pela porta do carona, onde exatamente estava o cara, ao adentrar dentro do veículo, ela analisou a situação, o motorista estava morto com a cabeça encostada no volante, um corpo estava do lado direito do sobrevivente e outro do lado esquerdo, ambos estavam mortos, tinham várias marcas de tiros principalmente na cabeça e o cara que estava vivo, também estava gravemente ferido, seu ombro direito estava ferido e preso, a perna estava presa e sangrando também.
Cláudia parou para olhar o rosto do cara, seus cabelos eram levemente escuros e lisos, barba bem feita e bem aparada, corpo robusto e bem vestido. O homem também nesse tempo parou para olhar-la, aparentando surpresa, pois em sua mente a sua salvadora era uma mulher bastante forte e com feições masculinas , no entanto em sua frente estava uma mulher delicada e não muito alta , ela tinha apenas um metro e sessenta e oito, cinquenta e oito quilos bem distribuídos ao longo do seu corpo.
_Eu vou tentar suspender um pouco o banco, assim que sentir sua perna livre puxe bem rápido, não temos muito tempo, temos que sair daqui o mais rápido possível.
Alertou ela ao ouvir o ranger dos galhos, alertando que logo cederiam e o carro cairia penhasco abaixo.
Cláudia colocou bastante força e quando sentiu sua perna desprender ela a puxou rapidamente de debaixo do banco. -Você já escalou alguma vez? Ela perguntou ao sobrevivente e ele respondeu que não. _pois hoje será a sua primeira oportunidade de escalar e sua única possibilidade de sobreviver. Falou ela, tirando seus equipamentos de segurança e colocando no sobrevivente enquanto lhe explicava a situação onde se encontravam: -Acima de nós são apenas 4 metros de altura, você terá que escalar, mais isso não é o único problema, o terreno está escorregadio devido a chuva, os galhos não vão aguentar o nosso peso e se isso acontecer ,abaixo de nós são mais de 10 metros de queda, ninguem sobreviverá a isso se acontecer, eu sei que é cruel eu dizer isso para voce devido a situação em que está, mais teremos que deixar os corpos de seus companheiros no carro. Esperando uma reação mais desesperada Claudia se preparou para discutir com o cara caso ele não entendesse a gravidade da situação, po
-O que está acontecendo? Quem é esse rapaz e como ele ficou ferido? -Agora não Bah, me traga água limpa, toalhas e meu kit de primeiros socorros, traga uma garrafa de bebida, da mais forte que tiver aqui e leve para o quarto de hóspede onde esta o ferido. Enquanto você me trás isso, eu vou pegar uma muda de roupas de meu pai e levarei para ele se trocar. A mulher que se chamava maria, mais era apelidada carinhosamente de Bah, vestia um longo vestido, seus cabelos longos trançados e calçavas chinelas de dormir, fez o que Cláudia havia lhe pedido. Cláudia pegou a muda de roupas e foi até o quarto aonde se encontrava Cesar Augusto. -Patroinha, o que faremos com ele? Não sabemos nada dele e aquelas feridas de balas, ele pode ser perigoso, não é melhor chamar logo a polícia e eles cuidarem dele? O que fez já foi suficiente, ele não é problema seu. Questionou preocupado o homem mais novo chamado Josué ´. -Meu filho tem razão, não é melhor... -Ele está ferido, a única pessoa que corre
Quando ela saiu do quarto, estando agora sozinho, ele discou alguns números de telefone e uma pessoa ao outro lado da linha atendeu: -Alô ! _Paulo, sou eu,Cesar Augusto! -Chefe, o senhor está bem, o que aconteceu, estávamos vasculhando a cidade e não encontramos o senhor. -Eu fui emboscado, atiraram contra o meu carro e depois o arrastaram com nós dentro até um penhasco. Eu conseguir sobreviver, mais os outros não, eu fui baleado no ombro, tive um ferimento na perna e alguns hematomas, mais estou vivo, armaram para mim. -Será que foi serviço dos homens de Matteo? -Sim, eu acredito que talvez tenham sido eles, mas não tenho certeza, quero que investigue direito isso, quem fez isso terá que pagara caro, meus seguranças e meu motorista viraram cadáveres, não deixarei que os culpados saiam impunes. -Como sobreviveu? Aonde o senhor está? Eu irei imediatamente buscar o senhor? _Eu estou bem melhor agora!Uma moça me salvou e cuidou dos meus ferimentos, vou passar a noite aqui, uma for
-Acredite! A polícia não poderá me ajudar muito. -Como não? eles são a Lei! _Nem sempre a Lei está do lado certo! È melhor não falarmos mais desse assunto. Cláudia sentiu um arrepio na espinha ao ouvir isso e disse: -Pronto, acabei! agora descanse um pouco, o dia está quase amanhecendo, eu vou voltar para o meu quarto, se precisar de alguma coisa, pode chamar, que alguém virá. Boa noite! Disse ela saindo do quarto e fechando a porta, chegando em seu quarto , ela deitou-se em sua grande cama com cabeceira de cumarú, uma madeira de cor escura, ornando com a decoração do quarto, ela ama a cor preta e vermelha, dando um ar de mistério ao ambiente, alguns dizem que essas cores fortes não combinam muito com ela, já que sua aparência é de uma pessoa meiga e delicada, no entanto, ao mesmo tempo que ela aparentasse isso, era também muito forte, corajosa, teimosa e decidida. Seus pais a criaram para que fosse independente, seu pai queria um filho varão, mais quando soube que viria uma menin
O dia amanheceu lindo, o sol já começava a raiar, como de costume o pessoal acordou cedo para lidar com as atividades do campo. Na fazenda tem muito trabalho a se fazer; ordenhar as vacas, colocar comidas para os porcos, para as galinhas, patos e colocar feno no estábulo para os cavalos. Além de cuidar dos vinhedos que se estendiam ao longo das terras da fazenda Sol Nascente. Cláudia sempre acorda cedo para supervisionar tudo junto com Antônio e Josué, Bah prepara um café da manhã bem reforçado, bolo de milho, broa, café com leite, suco e pães quentinhos, Cláudia prefere café com leite e bolo de milho ou de fubá. Mais dessa vez antes de descer para tomar o seu café, ela pegou outra muda de roupas e foi em direção ao quarto aonde César Augusto se encontrava. Quando ela entrou ele já estava sentado na cama. -Que surpresa! Falou ela olhando para ele e continuou a dizer: -O pessoal da cidade não costuma acordar muito cedo quanto a gente da fazenda. -Quem disse isso? Então sou uma exce
Cláudia sentiu seu peito encher-se de alegria, como poderia aquele homem estranho ter mexido com ela em apenas um dia? . Ela sentiu um forte desejo de te-lo por perto sempre e por impulso , ela o abraçou forte, ele ficou um pouco surpresa por isso, mas retribuiu o abraço. Depois ela soltou dele e disse: -Cuide-se! eu não quero te encontrar novamente em uma situação dessas. Disse ela sentindo o coração pesaroso. -Menina, chegou um carro aqui e tem alguém procurando por esse moço aí!. Disse maria entrando no quarto e quebrando o clima de carinho entre Cesar Augusto e Cláudia . -Obrigado pelos seus cuidados, eu tenho que ir agora!. -Você não quer tomar café da manhã primeiro antes de ir?. -Obrigado, mais deixa para outra oportunidade, eu já tomei muito do seu tempo. Disse César Augusto recusando a oferta de Cláudia. -Entendo! Então deixe-me ajudar a ir até o carro. Cláudia usava botas pretas até o meio da canela, calça jeans bem justa, blusa branca e uma jaqueta de couro por ci
No oeste do estado do Rio Grande do Sul têm uma grande aptidão ´para o plantio de uvas, as videiras necessitam de uma temperatura de aproximadamente 27 grau para a sua maturação, sendo assim, o clima de Novo Horizonte em Rio Grande do Sul é mais que adequado para a plantação e cultivo de videiras. Cláudia é proprietária de uma grande plantação de uva naquela região, sua fazenda é uma das maiores do Brasil, sua fazenda e vinícola é fonte geradora de muitos empregos para os moradores daquela região e e outros estados também. As fortes chuvas da noite anterior causou alguns estragos em sua plantação, ela e seus funcionários calcularam o prejuízo que foi causado no vinhedo. -Houve um estrago em cerca de 20% de toda a plantação de uva, algumas videiras foram bastantes danificadas. Disse ela após checar o relatório que Antônio lhe trouxe. -Sim Patroinha! mais mesmo com esses estragos seremos capazes de manter a nossa produção. Falou Antônio, ele é bastante experiente com a lida do cam
**3 ANOS ANTES**Amar e ser amado é o desejo de qualquer ser humano, alguns passam a vida sem saber o que é amar? outros são amados, mas não sabem o que é o amor! alguns têm medo de sofrer e por isso fecham as portas do seu próprio coração, porque nem sempre o amor é um acontecimento feliz. Cesar augusto descobriu isso da pior maneira.Ele amou Helen, ela foi o seu único amor, antes de conhece-la, ele era um homem cheio de luxúria. Em sua juventude, ele fez muita mulher sofrer, ele era o que podemos chamar de macho alfa, pegava todas e não se envolvia com ninguém, isso até conhecer Helen, foi amor a primeira vista e por isso ele demorou para admitir para se mesmo que amava ela. Eles dormiram juntos algumas vezes como se não quisessem nada sério um com o outro, só que foram se aproximando cada vez mais fora da cama e passaram a se assumir namorados,foi uma paixão avassaladora e por isso, um ano depois de se conhecerem já tinh