Letícia
— Quem você pensa que é para pedir para a minha irmãzinha ir em um presídio para visitar o seu irmão, Cobra? Não, não, não! - afirmo.
— É ela quem tem que decidir isso, coração, e não a gente. - ele fala com a voz suave, tentando me convencer.
— Cobra, não. Eu não vou deixar... Isso é muita humilhação por um cara que sequer merece. - cruzo os braços e o encaro completamente decidida. — O Victor a traiu. Isso foi uma puta de uma sacanagem.
— Me deixem a sós com a minha irmã, por favor. - Isabella pede com educação. — Nós vamos nos entender sozinhas. Não precisamos de interferência de outras pessoas.
— Beleza, então. - Cobra e KJ respondem juntos e saem do quarto.
— Você quer ir? - pergunto quando tenho certeza de que estamos sozinhas no cômodo.
— Eu não sei. Por um lado, sim. Por outro lado, não. A verdade é que eu não sei o que fazer da minha vida. Eu o amo tanto que dói, mas ele foi tão filho da puta. - Isa fala e começa a chorar.
— Amor, vem cá. - me aproximo da minha irmã caçula e a puxo para um abraço apertado.
— Me desculpa por ser tão fraca e querer ir vê-lo mesmo depois da traição. - ela pede, claramente envergonhada. — Eu não sou tão forte como você.
Claramente a Isabella me ver melhor do que eu realmente sou.
A verdade é que eu jamais julgaria a minha irmã, porque nem moral eu tenho para isso. O Cobra me fez de idiota várias vezes e eu sempre voltava para o mesmo. Se ela quiser voltar com o Victor, eu vou entender e respeitar a sua decisão, porque o amor tem dessas coisas. Nenhum relacionamento é perfeito e eu não vou ser obstáculo na vida de casal nenhum.
— Eu vou te apoiar em qualquer decisão que você tomar. Só não quero que você vá ver o Victor, porque se sente obrigada, sabe? Você não tem obrigação nenhuma com ele. - sussurro com carinho próximo ao seu ouvido.
— Você não vai ficar brava comigo? - Isabella pergunta com uma voz tão meiga que parecia uma criança de oito anos, me fazendo rir.
— Prometo que não vou ficar chateada, só quero que me prometa que se você for visitar o Victor, você vai por vontade própria e não porque o Cobra e o KJ estão te manipulando, ok? Eles são legais, porém não deixam de serem homens e um homem protege o outro e nós, que somos mulheres, temos que apoiar uma a outra.
— Eu sei disso, Letícia. E sim, prometo, não vou deixar ninguém me manipular. Vou pensar melhor e decidir por conta própria. Obrigada por entender o meu lado.
— Tudo bem, meu amorzinho. Fica bem, viu? - dou um beijo em sua bochecha. — Qualquer coisa, estou no quarto ao lado. - minha irmã assente e eu decido deixá-la sozinha.
Saio do quarto da Isabella e ouço um barulho vindo do primeiro andar. Resolvo descer as escadas e encontro o Cobra comendo churrasco sentado na mesa da cozinha.
— De zero a dez quanto tu tá brava comigo? - ele pergunta ao me ver.
— Zero. - respondo rindo. — Eu sei que você tentou ajudar, mas a Isa é muito nova. Ela tem a mesma idade que eu tinha quando te conheci e não quero que ela cometa os mesmos erros que eu.
— Eu sou um erro na sua vida, Letícia?
— Eu não disse isso, Cobra. Não coloque palavras na minha boca, coloque sua rola. - brinco e ele me olha malicioso.
— Na sua boca, na sua boceta, no seu cu, onde tu quiser, safada. - sua voz soa tão safada que eu sinto um leve formigamento entre as minhas pernas.
— Vocês precisam parar de falar isso na frente do bebê. - KJ entra na cozinha e eu olho ao redor procurando o Júnior.
— Achei que o Júnior estava na avó. - falo me referindo a mãe do Cobra.
— Oxe, e ele tá. - KJ fala.
— Que bebê você está falando? - pergunto.
— Eu, ué. - ele responde rindo e o Cobra começa a gargalhar da minha cara.
Às vezes, eu sou tão lerda que perco a piada.
KJQuando o Cobra e a Letícia começaram a se beijar na minha frente, quase se comendo, eu vi que era hora de sair fora da cozinha e ir no quarto da Isabella para ver como ela tava. Tô preocupadaço com a mini marmita, porque apesar dela ser afrontosa na frente de todo mundo, já tinha percebido que ela é muito sensível. Uma vez ela chorou por eu ter comido o último pedaço de pizza. Tudo bem que ela disse que foi pela TPM, mas passei a pegar mais leve com o que eu falava e fazia. Odeio ver mulher chorando. É o meu ponto fraco.— Ei, minotaura! - bato duas vezes na porta. — Entra. - ouço sua voz chorosa e giro a maçaneta.
KJQuando eu dei por mim, a Isabella já tava me beijando com vontade e tesão. Uma das minhas mãos estava puxando seu cabelo e a outra estava apertando a sua cintura.Não sei que porra eu tava fazendo, mas meu pau tava duro demais para eu conseguir pensar. Sabia que existia a possibilidade de eu morrer, mas seria muito errado negar sexo selvagem pra uma mina gostosa como a Isabella. Se eu morresse, pelo menos, morreria feliz e esvaziado.De repente, Isabella sobe no meu colo e aumenta a intensidade do nosso beijo, nossas línguas se tocavam ao mesmo tempo que nossos lábios se chocavam com força. Ela roçava seu corpo no meu e caralho, como eu quero foder ela.
IsabellaMinha nossa senhora da falta de dignidade, o que eu fui fazer da minha vida? Eu quase transei com o melhor amigo do Victor e o meu cunhado ainda flagrou essa porra.Que deus tenha misericórdia da minha alma de putiane.Resolvo ligar pro Victor e dizer que vou ir sim vê-lo. Preciso resolver minha vida logo de uma vez e só conseguiria isso o encarando face a face.Pego meu celular, destravo e vou até as chamadas perdidas e ligo para o número que havia me ligado mais cedo.— Fala. - uma voz diferente do Victor soa do outro lado da linha.Por essa a idiota não esperava.Eu esqueci completamente que o celular é dividido entre vários presos.— Ah, oi. Eu queria falar com o Victor. Você po
Depois que fiz as comidas que o Victor gosta e separei alguns itens de higiene e limpeza que ele poderia precisar, eu resolvi dormir um pouco para descansar e acordei horas depois.Me levanto, vou até o banheiro e tomo um banho quente demorado e aproveito para pensar um pouco e relaxar.Eu ainda não sei o que fazer e muito menos o que falar quando estiver na frente do Victor. Planejar nunca fez meu estilo, mas confesso que tenho medo de fraquejar e deixar ele me manipular ou medo dele me dizer que tudo não é como eu estou pensando e eu acreditar nas suas mentiras. Minha cabeça está uma bagunça e eu não sei o que esperar, a única certeza que tenho é de que preciso ir vê-lo, querendo ou não.Ele ainda é meu namorado, ainda é o homem que eu amo e o meu primeiro amor, é tudo muito confuso e complicado, mas a gente precisa conversar.Ainda mais depois da burrada que fiz com o KJ, que aliás não atendeu minhas ligaçõ
VictorCara nem boto fé que a Isabella tá aqui. Achei que eu nunca mais ia ver ela, papo reto, ela tá com tanto ódio de mim depois de todas as merdas que foram falar para ela ao meu respeito que eu estava conformado que tinha perdido o amor da minha vida por causa de uma fita errada.— Me escuta. Antes de qualquer coisa, só me escuta. - peço.— Eu estou aqui para isso, Victor. Ouvir o que você tem a me dizer e depois ir embora e nunca mais voltar nesse lugar. - Isabella fala firme e eu sinto meu coração apertar só de pensar na possibilidade dela nunca mais ficar comigo.— Não fala isso, porra. Eu não fiz nada de errado, amor. Eu juro. - falo com sinceridade.— Amor? - ela pergunta dando uma risada irônica.— Sim. Você é o meu amor. - me aproximo dela e a mesma anda para atrás até
IsabellaEu não sabia se deveria acreditar no Victor, mas com certeza eu sabia que não ia aguentar dizer não para ele nesse momento. — Quer continuar? - ele questiona. - Se tu não quiser, de boas. A gente para aqui mesmo.— Ai Victor, força a barra para eu fingir que fui induzida por você. - brinco e ele ri. — Tu sabe que eu jamais te machucaria. - suas mãos acariciam meu rosto e eu sorrio.— Estou com medo de me arrepender, eu vim decidida a terminar, eu não devia fraquejar assim.— Tu me quer? - ele pergunta começando a descer a mão pelo meu corpo e
Depois do sexo, deitamos um ao lado do outro tentando recuperar o fôlego e controlar nossas respirações que ainda estavam descompassadas.— Tu ainda tá tomando remédio pra não engravidar? - Victor pergunta e eu reviro os olhos, porque sabia o quanto ele queria um filho e eu não estava nenhum pouco preparada para ter um bebê saindo pela minha vagina.No momento, só queria minha boceta sendo arrombada por paus e não por mini humanos chorões.— Sim, e eu não vou parar de tomar o anticoncepcional, porque não quero ser mãe tão cedo.— Quer ficar curtindo a vida na putaria, dando pra outros machos, né?— Você acha que se eu quiser dar minha boceta para outro homem, um filho teu vai impedir?— Esquece.— Sou muito nova para engravidar, Victor. Mesmo se acontecesse de eu ficar grávida por acidente, eu iria abortar, porque não quero estragar a minha vida. Quero fazer uma faculda
Depois que eu parei de chorar dentro do carro e já estava mais calma, o KJ me levou para a casa e quando chegamos, encontrei a Letícia sentada no sofá com o rosto inchado como se tivesse chorado a noite toda. Vou matar o Cobra. - Qual foi, marmita? - KJ pergunta preocupado e ela olha para nós dois com uma feição tão triste que parte meu coração em mil pedacinhos ao vê-la daquele jeito. Eu e ela sempre brigamos e temos nossas implicâncias até hoje, mas nunca deixamos de nos amar e cuidar uma da outra. Nunca vou esquecer que a Letícia aceitou perder a virgindade com um traficante só para colocar comida na nossa mesa. Quantas pessoas se sacrificariam a esse ponto pela família? - Eu e o Cobr